#24

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- Tu é que és um Diabinha Safada! – ele acusou seriamente. Arregalei os olhos com o insulto e pela falta do tom malicioso. – E não faças essa cara de sonsa, Maria Gabi! Tu é que não sais dos meus pensamentos, não me deixas concentrar em mais nada! Em todas as aulas fico de pau duro por causa de ti e essa mania de teres uma boquinha tão bonita. Que porra, pah! Quando menos quero, lembro-me dos nossos momentos, da tua pele suave, dos teus seios pequeninos, da tua bunda roliça, dos teus beijos, do teu toque... - ele falou mais calmo, quase sussurrando. – Hoje expulsei três alunos por não estar em mim, sabes quanto alunos eu expulsei em toda a minha vida? Quatro! Mas a culpa foi tua por me deixares frustrado!

O Lourenço passou as mãos pelos cabelos e suspirou pesadamente.

- Caralho, Gabi! Vê com tu me deixas! – ele praticamente colou os nossos corpos e pegou na minha mão, passando-a na sua ereção.

Reprimi um gemido, mordendo o meu lábio inferior.

- Porque é que tinhas de aparecer na minha vida este ano e não no próximo? – ele sussurrou num tom indignado.

- Porque a vida gosta de foder com tudo – sussurrei de volta enquanto ele passava os lábios pelo meu pescoço, muito levemente. Como se quisesse me beijar, mas algo o puxasse.

Ele deu uma risada contra a minha pele. A sua respiração contra o meu pescoço deixou-me louquinha.

- Gosta mesmo, não gosta? – perguntou retoricamente num tom quase triste.

- Hum, hum... - apenas consegui murmurar, sentindo os seus lábios contra os meus.

Ele passou a língua por eles e depois beijou um de cada vez.

- Alguém... - arfei não conseguindo concluir o que ia dizer. A minha mão passava pela sua ereção, de lá para cá...

Mordi-lhe maxilar e ele afunda a sua mão nas minhas nádegas e içando-me do chão, transportou-me para o capô do carro, onde me sentou e continuou a beijar-me.

- Não! – bradei quando ele tencionava levantar a minha camisola. – Estamos no meio da rua... - ele deu-me um beijo no pescoço, quase me fazendo perder o raciocínio.

- Apetece-me fazer sexo no meio da rua – ele piscou-me o olho e deu um sorriso malicioso.

- Lourenço! – choraminguei enquanto ele apertava os meus mamilos por baixo da camisola. – Se alguém nos vê, eu furo-te os olhos! – ameacei com o máximo de veemência que consegui.

- Que pouca convicção. Tens de fazer mais que isso... - ele deu uma risada.

- Vais ver se depois o saca-rolhas tem pouca convicção! – resmunguei.

- Ok, deixa lá os "sacas-rolhas", eu rendo-me – ele embrulhou-se todo com os "S".

- Não é assim que se diz...

- Fiz de prepósito – ele deu-me um beijinho nos lábios, ainda comigo sentada no capô.

- Mentiroso! – acusei saltando de lá e lançando-lhe um olhar de "rabo-de-saia".

Vi-o ajeitar o pau nas calças, enquanto eu apanhava a minha mochila do chão. Abri a porta do passageiro e sentei-me.

Olhei pela janela e encarei o Lourenço, que me olhava com as sobrancelhas erguidas, numa total expressão de interrogação.

- Eu sei que me vais dar boleia – disse num tom forçadamente inocente.

- Ainda me matas – ouvi-o murmurar enquanto dava a volta ao carro e se sentava em frente ao volante.

[concluída] Submersa pelo Desejo | Série Desejo - I |Onde histórias criam vida. Descubra agora