- Como te sentes? – O Lourenço perguntou assim que nos acomodamos nos nossos respetivos lugares no carro.
- Normal, eu acho – respondi com um sorriso no rosto.
- Normal não chega. Preciso que te sintas ótima – ele disse olhando-me intensamente. – Se eu te fizer cosquinhas, tu ris?
- Nem te atrevas, Lourenço! Cosquinhas não me fazem rir, fazem-me ter um ataque de asma e deixam-me irritada. Por isso, se me tocas com um dedo sequer para me fazer cosquinhas, eu arranco-te a cabeça! E acredita que não é a de cima...
Ele gargalhou com a minha ameaça pouco convicta. E aquilo faz com que os meus pelinhos se arrepiassem todos. Ele ficava tão irresistível enquanto a sua gargalhada reverberava pelos ouvidos...
- Não te rias de mim! – dei-lhe um murro ao de leve no braço e em contrapartida ele beijou a minha bochecha.
Ás vezes ficava frustrada apenas com aquele beijo na minha bochecha ou na testa. Mas achava fofo da parte do Lourenço não querer apressar as coisas.
Apesar de eu não estar muito bem, o Lourenço nunca mais me deixou em paz. Eu gostei disso. Todas os dias ele aparecia em minha casa, ás vezes dava apenas um "olá" e um beijo na minha bochecha. Outras levava-me a passear, íamos ao cinema e comíamos umas porcarias na rua.
Naquela noite, íamos jantar juntos. Apenas um jantar, ele frisou.
Quando chegamos ao restaurante tudo correu normalmente. Tirei o meu casaco e entreguei-o à atendente, revelando assim o meu vestido com as costas abertas. Ele era todo preto, sem decote.
- Estás disposta a que eu perca o controle, certo? – o Lourenço sussurrou ao meu ouvido, passando a sua mão nas minhas costas, fazendo com que um rasto de chamas se alastrasse por todo o meu corpo.
- Talvez – respondi inocentemente.
Ele deu aquele sorrisinho de lado dizendo: "Sou mais forte do que tu pensas". Dei de ombros enquanto éramos acompanhados até à nossa mesa. O Lourenço puxou a minha cadeira, todo galã.
Jantamos calmamente, enquanto degustávamos um bom vinho e fluía uma boa conversa. Com o Lourenço ocorria sempre uma boa conversa e tudo era agradável. E chegou a hora de irmos embora.
Talvez estivesse numa fase meio louca ou então o vinho já estava a fazer um efeito devastador ao meu corpo, sim sou bem fraca para o álcool. Mas o importante é que o Lourenço super concentrado na estrada estava a mexer com o meu libido vaginal.
Tirei o meu casaco, mas ele nem desviou o olhar. Pousei a minha mão na sua perna e comecei a fazer círculos sobre o tecido das suas calças. Reparei que o Lourenço desviou por breves segundos os olhos da estrada para os meus dedos que iam subindo aos poucos.
- Que estás a fazer, Gabi? – ele perguntou sem passar os seus olhos pelos meus.
- Não sei – dei de ombros e retirei a minha mão da sua perna, entrelaçando as minhas pernas e puxando um pouquinho o vestido para cima, de forma a mostrar mais um pouco das minhas coxas.
Mordi o meu lábio inferior, sabendo que aquilo o deixava louco, e apenas olhei para o espelho do carro, vendo o reflexo do rosto do Lourenço.
Ele olhou de relance para mim.
- Puta que pariu – sussurrou voltando a olhar para o meu corpo, desta vez mais atentamente.
Vi os seus olhos escurecerem de desejo e dilatarem.
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[concluída] Submersa pelo Desejo | Série Desejo - I |
Romance+18||Contém conteúdo considerado adulto. Personagens e acontecimentos são inteiramente da minha responsabilidade. Qualquer semelhança com a realidade é pura coincidência. ***** Já toda a gente teve aquela paixãozinha por um professor, certo? Aqu...