#31

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- Anda, Lourenço, dá-me o meu telemóvel! – ordenei assim que toda a gente saiu da sala de aula.

Aos poucos os corredores iam ficando vazios e a escola esvaziava, por ser hora do almoço.

- Falta a palavra mágica – Lourenço recostou-se na sua cadeira da secretária e arqueou uma sobrancelha.

- Enfia-a no cu! Idiota...

Ele soltou uma gargalhada demasiado gostosa para eu conseguir continuar a raciocinar com clareza. Apetecia-me beijá-lo, beijá-lo muito!

- Temos um almoço marcado.

- Não quero almoçar contigo, seu mentiroso! – Inclinei-me sobre a secretária e semicerrei os meus olhos na sua direção. – Tu mentiste-me! Disseste que eu tinha descido muito no teste! Por causa de ti pedi explicações ao Rui! – O Lourenço continuava com um sorriso convencido nos lábios. – Que merda, Lourenço, és um idiota! E ainda foste ajudar a vaca da Suzete!

Ele levantou-se do seu lugar e aproximou o seu rosto ainda mais do meu, mas não me beijou.

- Um idiota que tu não vives sem, né?! – Dito isto deu a volta à secretária e foi fechar a porta da sala, com a chave. – Agora já podes fazer a tua ceninha de ciúmes.

- Que merda foi aquela de me teres tirado o telemóvel? Eu estava a mandar-te uma mensagem, a ti! - reforcei a ideia. 

- As regras são iguais para todos! E que merda foi aquela de estares no canto sozinha com o merdinha? – ele inquiriu no mesmo tom que eu.

- Foi por tua causa! Se não tivesses feito aquele filme todo, eu nunca lhe teria que pedir explicações e assim também não teria de acabar com elas!

- Acabas-te as explicações com o merdinha? – o Lourenço inquiriu, num tom ameno, pousando o indicador por baixo do meu queixo e passando o polegar nos meus lábios.

Foco, Gabi. Foca-te no facto de ele ter tocado naquela coisa!

- Porque é que não vais ajudar a vadia da Suzete, outra vez? - perguntei num tom embirrento.

O Lourenço deu um sorriso divertido. Os seus olhos brilharam e ele deu uma ligeira gargalhada.

- Cheira-me a ciúmes... estou certo? – ele usou a minha própria frase contra mim.

- Ciúmes?! Faz-me rir, Lourenço! – ironizei. – Tiveste a olhar para bunda cheia de celulite dela!

O Lourenço desmanchou-se numa gargalhada demasiado pura. Ele riu tanto que lhe vieram as lágrimas aos olhos. Apenas fiquei a olha-lo, com cara de poucos amigos e sem entender onde estava a piada.

- Achas mesmo que eu olhei para o cu dela? Se ainda fosses tu, ali de quatro... - ele parou repentinamente de rir e sussurrou ao meu ouvido. – Eu até fotografava a cena!

O meu corpo ficou em chamas com as suas palavras e foi impossível segurar aquela vontade de o beijar. Passei as minhas mãos para a sua nuca e uni as nossas bocas famintas.

Ainda estava chateada, mas também estava excitada ao extremo. Chupei-lhe o lábio inferior e ele gemeu quando a minha mão se alojou no seu pacote e apertou suavemente. Ele encostou-me à secretária e içou-me o suficiente para me sentar na mesma.

Desabotoei o botão das suas calças e depois desci o fecho das mesmas. A minha mão entrou nos seus boxers e retirou o seu pau para fora, já duro.

Comecei a manejá-lo, enquanto o Lourenço desabotoava as minhas calças. Quando finalmente conseguiu, e devo salientar que demorou mais que o esperado, fez com que o meu bumbum se levantasse ligeiramente da secretária, para poder baixar as minhas calças.

[concluída] Submersa pelo Desejo | Série Desejo - I |Onde histórias criam vida. Descubra agora