Bônus Dayane

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Lembro-me de quando o vi pela primeira vez. Não, não foi quando ele me perguntou aonde ficava a padaria, foi no restaurante.

Aquele dia tinha tudo para ser terrível: uma seção de fotos ao lado de um modelo babaca, o Onur terminando comigo pelo Whatsapp e um jantar com alguém que eu amo, mas que no momento não podia me escutar.

A hostess Beatriz nos indicou uma mesa e eu revirei os olhos em protesto assim que vi que o secretário do Pietro Bianchi estava jantando bem na minha frente.

Eu nunca gostei do Pietro, mas jamais imaginei  que ele poderia estar armando isso para o meu tio.

Foi então que eu vi o Christian Ferrandini. Ele conversava baixo, tão baixo que eu não consegui ouvir nada, mas tudo que eu posso dizer é que ele era e ainda é o homem mais lindo que eu já vi na vida.

Quando o meu coração disparou, eu imaginei que já fosse a carência me afetando, então eu tratei de comer o mais rápido possível e de voltar a brigar com o Onur Tuna e me lamuriar com a Maria Eduarda.

Nem sei como ela consegue me aturar quando estou mal. Eu não sei o porquê, mas me senti vigiada durante aquele jantar, como se alguém não tirasse os olhos de mim e eu sei que o meu pai estava concentrado devorando a comida.

Dias depois fiz um novo ensaio e estava feliz porque dessa vez foi ao lado da minha inseparável amiga Maria Eduarda.

Nós duas saímos do prédio juntas e ela falava muita bobagem para me fazer rir e me fazer esquecer da surra que o Christian deu no meu pai e o término do meu namoro com o Onur e mesmo ela sendo tão legal comigo, não me senti bem ao vê-la beijando o William Levy e me lembrar disso me deixa bastante envergonhada. Como eu sinto falta dela!

Vi o Christian olhando uma vitrine de loja e o meu coração disparou novamente e eu imaginei que fosse destino e quando ele perguntou sobre a minha padaria favorita, eu resolvi dar carona para conhecê-lo melhor porque eu queria saber se a gente combinava.

Se eu nunca o tivesse visto e se eu não sentisse atração por ele, não seria louca de convidá-lo para entrar no meu carro.

Eu não preciso nem dizer que quando o Jamie Dornan de olhos cinzas me deu uma piscada tão sexy, após perguntar  onde ficava a padaria, foi o suficiente para torcer a minha calcinha de tão molhada que ela ficou, né?

Tudo estava indo muito bem até que eu ouvi a notícia que o Onur já estava com outras e comecei a chorar na frente dele porque naquele momento ele era apenas uma atração forte, mas o Onur era o meu amor, o cara que há uns dias atrás era capaz de me olhar nos olhos e dizer que me amava!

Eu desabafei com o Christian para me sentir melhor e ele disse tudo que eu não queria ouvir naquele momento, me fazendo sofrer mais do que eu já estava. Eu me lembro exatamente do que ele me disse: “ Não fica assim. Pensa que pelo menos ele virou pegador! Imagina se ele estivesse namorando com outra, não ia ser pior? E você é bonita, logo arruma outro cara.”

Eu chorava compulsivamente e ele aproveitou esse momento para me apagar.

Lembro de ter acordado duas vezes ao lado de um homem que eu não pude ver o rosto por causa da “meia”.

E, infelizmente, eu não consigo me lembrar quem daqueles que visitavam o Christian no cativeiro era o que ficou comigo no porta malas.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora