Maldito velho senil

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No caminho eu resolvi comprar flores para a Alline e para a minha mulher porque não quero causar uma impressão pior do que eu sei que já causei.

Cheguei em frente ao restaurante e o Luigi estava parado encostado no carro do Ângelo Sherimam.

“Mas que porra você está fazendo aqui? Você deveria estar com ela, mas que caralho, Luigi!” Esbravejei.

“Desculpa, cara! Ela pediu para eu ficar aqui.” Ele respondeu calmamente, enquanto eu estou prestes a dar um tiro nele.

“Quem te dar ordem? Mas por que caralho você não me ligou?” Estava extremamente puto.

“Você quer que eu vá para lá? Ela está bem, está com os pais. Eles são tão bons, não fariam mal a ela.” Ele continuou com aquela calma irritante dele.

“Você é pago para executar e não para pensar. Fica aí com o Salvatore. Eu vou para o restaurante.”

Ligamos a escuta.

“Está me ouvindo, seu gay?”  Salvatore perguntou.

“Estou, seu babaca.” Respondi.

“Christian, vai dar tudo certo.” Salvatore disse dando umas batidinhas de leve nas minhas costas.

Sorri e entrei no restaurante.

Logo fui recebida pela hostess Beatriz.

“Eu vou jantar com o Ângelo Sherimam.” Disse.

“Ah, por aqui senhor.” Eu deixei ela passar a minha frente e segui aquele traseiro até a mesa da minha amada que bateu o pezinho discretamente ao notar o que fiz.

“Oi, meu amor! Não são rosas negras, mas espero que goste!” Disse um pouco sem graça.

“São lindas e a propósito, você está lindo hoje!” Ela olhou para o buquê, sorriu, olhou novamente para mim e me comeu com os olhos. Senti vontade de arrancá-la de lá e comê-la em qualquer lugar.

“Ah, essas aqui são para... -pausei- eu falo você ou senhora?

Tenho medo de falar senhora e ela querer me matar como a Meirieli, tenho medo de falar você e ela achar que é falta de respeito, já que não nos conhecemos.

“Fala senhora. Esses políticos não a devem tratá- la como - você - " Salvatore disse ao perceber a minha indecisão.

“ ... Senhora.” Sorri e entreguei as flores.

“É isso aí que você está ficando?” Alline me olhou de cima a baixo com cara de nojo e a minha vontade foi de pelo menos responder algo à altura, já que não posso matá-la.

“Christian, não responde. Respira fundo e ignora.” Salvatore disse e foi exatamente o que eu fiz.

“Os senhores já sabem o que vão pedir?” A garçonete Ana Paula perguntou.

Todos nós pedimos, mas quando chegou na vez da Dayane a Aline caiu para trás: “Lasanha.”

A garçonete se retirou e a Alline sentiu a liberdade de perguntar: “Minha querida filha, pediu demissão ou foi demitida? Porque só sendo assim para você pedir algo tão calórico, né?”

“Christian malha comigo todos os dias. Eu não tenho tendência a engordar, malhando todos os dias como eu malho, não vejo mais motivo algum para me privar dos prazeres da vida.” Dayane sorriu e eu sorri de volta igual a um babaca apaixonado só por vê-la sorrir.

Alline fez um sinal para a hostess Beatriz se direcionar a nossa mesa.

Ela foi até a nossa mesa,sorriu e olhou para a mãe da minha mulher, como se esperasse que ela disse algo.

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