Pena de morte

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Entramos dentro do carro e dei partida. Sempre imaginei que ficaria feliz em dirigir o meu brinquedinho de novo, mas depois de tudo que houve, eu estava arrasado e sem saber o que pensar direito.

Estávamos há uma hora da praça onde o Gennaro Sherimam (presidente da Itália) irá fazer o discurso, sendo que ele se iniciará daqui há 50 minutos.

"Podemos parar para conversar?" Dayane pede, enquanto coloca a mão perto do meu pau, que logo fica ereto com o toque sútil dela.

Ok, eu posso me atrasar mais um pouco, que mal tem nisso?

"Tudo bem, mas estou atrasado e não posso demorar muito."

"Ok!" Ela responde e sorri.

Paro no acostamento para conversar com ela, Imagino que ela esteja cheia de dúvidas na cabeça e eu preciso relaxar antes para não fazer nenhuma merda depois.

Ela beijou intensamente e me abraçou forte. Sorri, pensei nesse dia várias vezes e em nenhuma delas eu imaginei ela me beijando fora do cativeiro, é uma pena que eu perderei tudo isso em questão de horas.

"Muito obrigada por salvar a minha vida, príncipe negro. Te amo muito!" Ela sorriu e eu sorri em resposta.

"Te salvei e te salvarei quantas vezes forem necessárias, meus amor." Coloquei uma mexa negra de cabelo atrás da orelha dela.

"Acho que agora não tem problema de eu saber o seu nome, né?" Ela mordeu o lábio inferior.

"Prazer, Dayane Sherimam. Me chamo Christian Ferrandini e atualmente sou o ex rei da máfia italiana." Aperto a mão dela e ela riu.

" Vamos para onde, Christian?" Senti uma satisfação na fala dela ao me chamar pelo nome e eu confesso que eu amei ouvir ela me chamando pelo nome.

"Vou te deixar em casa e depois eu vou fazer o serviço."

"Que seria?"

" Não quero te envolver nisso. Depois você vai descobrir." Falei um pouco ríspido porque queria encerrar o assunto.

" Você já me envolveu quando me sequestrou e eu exijo que me conte tudo agora!"

"Vou matar o seu tio." Disse em tom baixo e olhando para as minhas mãos porque eu não podia encará-la.

Ela começou a chorar. "Por que Christian? Nem mafioso você é!"

" Você não entende! Se eu não matar o seu tio, o mandante vai mandar me matar e provavelmente vai ser um dos meus que vai fazer o serviço. Ou sou eu ou é o seu tio!"

"Você disse que bateu no meu pai porque não me conhecia e agora?" Aquilo me tocou profundamente.

"Dayane, eu até posso matar o mandante para ele não me matar, mas o meu pessoal pode me matar por causa da grana, entendeu agora?" Estava desesperado.

" Se você matar o meu tio acaba tudo entre a gente, entendeu agora?" Começamos a chorar juntos.

"Vou ligar para um parceiro que você só viu uma vez e talvez nem lembre mais. Ele é o meu melhor amigo." Ela assentiu.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora