Confusão anunciada?

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"Sabia que você estava grávida!" Dayane disse para a Meirieli que sorriu em resposta.

"Posso passar a mão?" Dayane perguntou.

"Claro, vem aqui." Meirieli sorriu.

Fui na cozinha. Assim que eu entrei disse: "Que cheiro bom de pão de queijo!"

"Menino! Para de me dar susto!" Reclene deu um pulo e me bateu com a colher de pau.

"Aí, isso dói!" Reclamei e sorri.

"Parabéns pelo casamento! Eu escutei daqui da cozinha." Ela me disse e me deu um forte abraço.

"Obrigado. Queria te convidar para o meu casamento e é claro que o meu convite se estende ao Filippo, a Beatriz, ao marido dela e quem mais você quiser chamar, é só me avisar porque só vai entrar com o convite." Sorri.

"Acho que a Beatriz não vai querer ir nesse casamento não. Vocês fizeram ela ficar com o papel de maluca na delegacia." Reclene disse cruzando os braços.

"E você queria o que? Ou eu concordava com os delírios do velho senil ou eu ia preso! Esqueceu que eu matei dois? Se ela não quiser não me importo porque eu quero apenas a sua presença, não abro mão de você na festa."

"Christian, te conheço tem um bom tempo, sei o que você faz para ganhar a vida, mas você é tão bom que eu não consigo te imaginar matando. Vou ligar para o Fillipo agora."

"Reclene, você não contou o que eu faço para ele, certo?"

" Sou muito nova para morrer! Não contei não." Sorri.

Deixei a Reclene à vontade para falar no celular e resolvi ir até a sala e vi a minha mãe chorando. Senti uma mão no meu ombro.

"Porra, Reclene! Me assustou." Disse.

Ela deve ser the flash porque falou com o namorado em um minuto! Ou será que eu demorei muito analisando a cena?

"Desculpa, Christian. A Beatriz disse que ia ver e o Filippo disse que vai e está perguntando se pode deixar o buffet por conta dele. É só você dizer o número de convidados que ele faz."

"Diz que eu aceito e que dou o número para ele depois, mas eu quero que você o ajude. Prometo que te dou um extra por isso." Beijei a mão dela.

"Tudo bem. Sabe que eu não resisto a um pedido seu." Reclene corou, piscou o olho e sorriu para mim.

Aline pegou um biscoito da geladeira e sentou em cima da mesa da cozinha, sem a menor cerimônia.

"Aline, sou transparente?" Perguntei com um tom ríspido.

"Não, mas está precisando ir a praia! Passa a lua de mel com a Dayane num lugar assim, antes que você suma."

Olhei para ela e peguei a minha 38. Só porque somos quase da mesma idade, não significa que somos coleguinhas, ela trabalha para mim e precisa me respeitar por bem ou por mal.

"Quer um biscoitinho?" Aline perguntou saindo de cima da mesa.

Respirei fundo. Ninguém vai tirar a minha felicidade hoje. "Não, mas quero te convidar para ir para o meu casamento. Se quiser chamar alguém, só me avisa antes. Vai ter convite, não pode ter penetra na minha festa porque é perigoso." Falei sério, queria que ela percebesse que eu não gostei nada da cena que presenciei.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora