O Sequestrador

Algo em comum

Sim, Salvatore fez de propósito, eu vou matar esse viadinho. Como eu vou ficar o dia todo com essa mulher vestida dessa forma?

Retirei os aparatos dela.
" Você quer que eu peça para que preparem uma mala com os trajes adequados?" Uma parte de mim queria que ela dissesse sim, mas a outra estava torcendo muito para um não da parte dela.

"Não. Qualquer coisa você me empresta algum casaco."

"Ok." Respondi.

"Dá para me explicar quem aquela mulher pensa que é para me dar um tapa?" Ela me perguntou toda cheia de autoridade. Isso é excitante.

"Eu te mandei falar o menos possível justamente por isso. Coloca uma coisa na sua cabeça: ninguém aqui vai te tratar do jeito que eu te trato, principalmente ela. A sua sorte, é que este foi um caso isolado e provavelmente você não a verá mais."

"Se você gosta tanto de mim assim, por que não me liberta?" Ela me perguntou.

"Porque eu tenho amor a minha vida e porque eu tenho certeza que não irá acontecer nada com você após este sequestro."

Eu não tenho dúvidas que a minha mãe me executaria ou mandaria algum deles fazer o serviço, caso a Dayane saísse antes da hora deste cativeiro. Mas estas duas não são as duas únicas razões para eu mantê-la presa: eu estou gostando da companhia dela e porque vou ganhar muito bem quando o serviço for executado, mas isso são detalhes que ela não precisa ficar sabendo.

Ela colocou a mão na boca como se quisesse abafar um grito. Como ela ainda não tinha percebido que eu posso morrer se eu falhar?

"Você nunca vai usar essas coisas em mim, não é?" Ela apontou com as mãos trêmulas para a mala preta que contem os objetos de tortura.

Sorri. "Já usei em muitas pessoas, mas se eu quisesse já teria usado em você. Eu não vou te torturar e ninguém vai porque eu não vou permitir."

"Você realmente passou mal?" Ela me perguntou com uma expressão de preocupada.

Gostei de ver que ela se preocupa comigo. "Sim, mas já estou bem. Vamos tomar café da manhã? Eu estou morrendo de fome."

"Eu também." Ela sorriu.
Comecei a atacar tudo que via pela frente, enquanto ela ainda estava ainda na primeira torrada, o que aliás era o que menos me atraia dentre tudo que está na mesa.

"O que foi? Não está gostando?" Perguntei sem entender nada.

"Sou modelo, não posso comer muito. Não posso engordar."

Revirei os olhos. "Você é magra e eu duvido que fique gorda. Pode comer á vontade."

Mas não adiantou, tenho certeza que ao longo do dia, ela vai comer quando estiver com fome.

Fui na cozinha jogar os pratos e os copos de plástico no lixo e a encontrei sentada no chão, como ela é linda! Aquelas cadeiras são tão desconfortáveis que realmente é melhor sentar no chão.

"Dark, quantos anos você tem?" Ela perguntou.

Ela não tem noção de como eu odeio essa pergunta.