Operação cabaré

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“ Rapazes, quando entrarmos no cabaré vocês não faltarão comigo porque eu não sou o Christian Ferrandini e sim o Jamie Grey e vocês não me conhecem. Assim ninguém ligará o crime á máfia. Se quiserem foder, fodam. Mas paguem apenas por meia hora porque eu vou ter uma breve conversa com a Leila e vou fugir com ela pelos fundos e eu quero  todos vocês me dando cobertura. Se tudo der certo, vocês podem voltar para o cabaré e eu sigo com a Leila para a mansão. Atenção para os celulares. Alguma dúvida?”

“Nenhuma, chefe!” Eles falaram em coro.

Deixei o carro na parte de trás do cabaré para facilitar a fuga, mas de todo modo, estacionei um pouco longe porque tem um segurança na parte de trás do cabaré.

Mandei um whatsapp para a Dayane: “Está tudo bem aí?” A deixei sozinha e estava preocupado.

Pouco tempo depois ela me respondeu: “Está sim. Estou vendo filme com o Riccardo. Se cuida, te amo!”

Não gostei do fato dela estar vendo um filme com ele, mas pelo menos eles estão se dando bem. Tive que deixar o meu ciúmes bobo de lado.

Entrei no cabaré. Tudo estava exatamente igual desde a última vez que vim aqui, mas fui eu que mudei porque me sinto um pouco deslocado, como se o local que eu considerava como segunda casa não me pertencesse mais.

Os meus amigos foram para o salão, é engraçado perceber que por mais que tenha putas neste cabaré, geralmente vamos nas mesmas mulheres que nos satisfazem: A Kelly já deixou de servir as mesas para ficar de quatro para o Lorenzo, a Desirée já estava com o pau do Salvatore na boca e a Cachorrinha tomando na boceta e gemendo no ouvido do Paolo. Sorri ao observar a cena.

Me encaminhei até ao bar para falar com a puta louca da Regya: “Oi, Regya.” Sorri.

“Christian, o que fizeram  com você? Que cabelo é esse?” Ela arregalou os olhos e colocou a mão na boca como se quisesse abafar um grito.

“Estou fugindo da polícia. Como você me reconheceu?” Perguntei assustado. Então eu estou feio à toa?

“Seu sorriso e a sua voz...” Ela respondeu.

“Vê para mim se a Leila está livre, por favor.”

Ela fez uma rápida consulta no computador e  respondeu: “Falta cinco minutos. Por favor, não invada o quarto.”

“Cinco minutos eu posso esperar. Quero até o fim do expediente dela.”

“Ok. E quanto a gente?” Ela me olhou com os olhos cheio de malícia e esperança.

“Amanhã você não me escapa, baby!” Pisquei para ela, que acabou corando. Tive que mentir.

“Regya, cadastra como Jamie Grey. A polícia fica de olho em tudo e eu não estou usando mais o meu nome verdadeiro e se você falar para qualquer pessoa, até mesmo os seus patrões, sobre isso eu te mato. Eu nunca erro o meu alvo.”

“Pode deixar, Christian. Os meus chefes são perigosos, mas nada comparado a você.” Ela disse gaguejando.

“Ótimo. Agora me diz quem é ela?” Apontei para a mulher  que estava dando um show no palco.

O SequestradorOnde histórias criam vida. Descubra agora