30- Vercy beginning

17 1 0
                                    


Vero POV

O meu aniversário foi uma autentica confusão, inicialmente foi a Luísa que conhecia a Laur, depois a Luísa armou um escândalo e a Camila e a Lauren formam embora. Fiquei sem a minha melhor amiga.

-Luísa, acho que está na hora de ires embora, depois falamos.

-Mas Vero!

-Para ti é Verónica! A Lauren é a minha melhor amiga, sabes!?

-E que tem? – Perguntou-me incrédula, nem queria acreditar nesta miúda. Empurrei-a para fora do restaurante. – Não te atrevas a aparecer á minha frente, ou a aparecer na vida da Lauren, se não... não falo por mim.

Ela pareceu se ir embora, como tinha acontecido a muitos dos meus convidados, esta noite estava arruinada. Dizem que todos fazemos a cama em que nos deitamos, mas eu não merecia isto.

Fui expulsa do colégio, depois fui expulsa do meu primeiro colégio interno e depois pedi, a emancipação, agora eu estava por minha conta. A Lauren não sabia nada disto, queria contar-lhe, mas talvez a vida dela esteja muito complicada e ela não tenha espaço para mim. Suspirei, estava triste, vinte e três anos, de merda. Feliz aniversário Vero, sozinha. Como desde o início.

Flashback on

Estava em frente á escola, á espera que o meu pai me viesse buscar, estava a chover, e mais uma vez ele estava atrasado. Apanhava com a chuva na cara, uma vez que eu não trazia guarda chuva, fazia parte do meu disfarce para ser popular e pensarem que eu era uma "bad girl", mas no fundo... eu era como todas as garotas. Sensível e indefesa com medo da rejeição. Comecei a chorar, não dava para reconhecer as minhas lágrimas, misturavam-se com a chuva. De que é que eu estava á espera? Não ia cair nenhuma solução.

-Estás bem, Verónica? – Que voz era esta? Estava a ouvir vozes? Sim eu estava a ficar maluca. – Aloh! – Pôs me uma mão á frente do rosto á espera da minha reacção.

-Hum... Quem és tu? – Perguntei á garota que se encontrava á minha frente com o guarda chuva, branquela com olhos azuis.

-Lauren, sou da tua turma!

-Não me lembro de ti, branquela! – Ela deu um paço á frente, abrigando-me da chuva exterior. – A minha mãe está ali, anda que deixamos-te em casa!

-Não é preciso, eu tou bem... -Menti de todas as formas

-Vero! – Deu-me uma alcunha fofa. – Sei que não estás! – Deu-me um abraço, ia rejeita-la e empurra-las mas depois o calor humano estava demasiado bom. As minhas lágrimas começaram a cair sucessivamente, notei que molhei a camisola á moça.

-Desculpa. – Disse entre soluços.

-Não te preocupes, eu não vou sair daqui, só por me teres molhado a camisola. – Sorriu-me.

Flashback off

Foi assim... a primeira vez que conheci a Lauren, eu tava mal, ela animava-me, ela sempre estava para mim em todos os momentos, tanto maus como bons. Ela era a irmã que nunca tive... comunicávamos nos só com olhares. Era estranho, mas era a pura das verdades.

Este momento lembrava-me simplesmente o passado, quando conheci a Laur, pois estava outra vez á chuva, sozinha. Ainda por cima infeliz, porque haveria alguém de estar feliz ao estar á chuva. Claro que não...

-Olá! – Disse-me uma garota, não falei ou sequer olhei para ela. Tinha medo que fosse alguma conhecida e eu estivesse a humilhar-me. – Estás bem? – Agarrou-me nas mãos, senti um súbito arrepio em todo o corpo. Ela... Finalmente cruzei o meu olhar com o dela. Esta loira, era-me familiar, mas de onde?

-Lúcia? – Perguntei duvidosa, era impossível ser ela, a última vez que a vi foi quando fui expulsa do colégio interno... ela foi a razão pela minha expulsão.

-Ah... Vero, para de andar á chuva! Anda, vamos embora! – Agarrou-me a cintura puxando-me para mais perto dela. Como eu senti tanto falta dela. Dei por mim a chorar nos seus ombros.

-Desculpa. – Mais uma vez esta cena lembrou-me quando estava á chuva com a Lauren, será que isto era um sinal, para não perder a Lucy de vista? Sim! Eu realmente nunca mais a iria deixar. – Como é que...

-Esquece anda, vamos para a minha casa, eu faço-te um chá e assim descansas um pouco.

-Só não me deixes sozinha, por favor! – Supliquei-lhe.

-Eu não vou Vero, não te preocupes.

Acompanhei-a até o seu carro e no caminho para a sua casa havia um silêncio, não estranho ou constrangedor, mas sim um silêncio confortável. Estavamos a disfrutar uma, da companhia da outra. 

Camren - LTMNOnde histórias criam vida. Descubra agora