Lauren Pov
-Que tens feito filha? – Perguntou-me a minha mãe, o meu pai estava na outra ponta do sofá a ler jornal, com aqueles óculos estranhos. Parecendo um doutor.
-Tenho estado ocupada com a banda e em alguns eventos. – Olhei para o meu telemóvel e a Vero estava me a ligar, não era normal. Costumava me ligar mais á noite ou mais lá para o almoço. – Mãe venho já.
Fui para a cozinha atender a chamada.
-Tou? – Disse assustada
-Lauren... A Camila está na minha casa.
-Está tudo bem?
-Mais ou menos. Ela está a dormir. – Que raio se passou?
-Que se passou?
-Encontrei-a animada numa tasca qualquer. E decidi a trazer comigo e com a Lucy.
-Hum... Fizeste bem. Obrigada, vou para ai o mais rápido possível. E desculpa por estragar o vosso encontro.
-A culpa não é tua. Alias nós já íamos para casa, apenas paramos para beber um pouco. Mas se não poderes vir eu tomo conta dela. Só queria te dizer caso tu lhe ligasses e ela não atendesse.
-Não, eu preciso de ir aí e ver como ela está. E claro lhe dar um sermão. E nem quero saber se ela vai estar ressacada!
-Apenas calma. – Não, isso não ia acontecer, aquela Camila estava metida em sérios sarilhos.
-Isso veremos depois, até já Vero.
-Até já Jauregay. – Desliguei o telemóvel.
Apos a chamada da Vero tudo ficou uma confusão na minha cabeça, porque é que a Camila foi beber? E se a Vero não a tivesse encontrado? Ela podia ter ido parar ao hospital, ela ás vezes haje sem pensar nas consequências, parecia uma criança!
Não posso se quer passar um dia com os meus pais sem saber de algo. A Camz estava a pressionar me á semanas para assumirmos a nossa relação, eu queria, mas tinha medo. Medo de fazerem alguma coisa e nos separarem. Recebíamos ameaças todos os dias.
"Vocês são nojentas!"
"Camren é realmente um nojo"
"Maldito o dia em que se assumiu, você é uma P*ta"
"São a desgraça, se me apareces á frente, eu juro que te mato"
Todo este tipo de comentários afectava-me, eu só queria ser feliz, uma vez na vida. Tudo que queria era estar com a minha Camila Cabello. Talvez este seja um teste, mais um teste á nossa felicidade. Se conseguirmos ultrapassar e lutar contra isto ultrapassaremos qualquer coisa.
Despedi-me dos meus pais super rapidamente, da próxima vez levaria a Camila comigo, para que ela não fizesse mais merdas. Apresentaria lhe de uma vez por todas aos meus pais, sendo a minha namorada. Ela só veio umas duas vezes á minha casa, mas embora a minha mãe soubesse de umas quantas coisas eu não disse ainda que ela era minha... minha namorada, ou apenas minha. Quer dizer, não é como se ela fosse um objecto cujo a posse fosse minha.
Já estava a conduzir á umas quantas horas, demasiado acelerada, poderia ter um acidente, mas tudo correu bem. Estacionei no primeiro lugar que encontrei, desliguei o carro, fechei o e corri para as escadas. A minha respiração estava pesada. A Camila ia me ouvir tanto!
Toquei á campainha e não demorou muito até aparecer uma Vero, com uma expressão indecifrável.
-Olá, como estás!? – Abracei a. Já não nos víamos á uns três dias ou quatro. Mas falávamos diariamente.
-Obrigada por me ligares. – Olhei para o sofá, e vi o estado lastimável da Camila, parecia tão linda a dormir. Estava com pena de a acordar, mas ela ia ter que me ouvir.
-Lucy! – Chamou a Vero pela sua namorada. Abracei a Vives assim que a vi.
-Olha nós vamos jantar fora e depois vamos para a minha casa. – Disse a Lucy. – Assim vocês tem mais privacidade para falar.
-Voltamos amanha de manha, espero não ter a minha casa toda destruída, ouviste Jauregay!? – Disse a Verónica Iglesias.
-Sim Iglesias! Eu não vou fazer nada de muito mau.
Despediram-se de mim e eu aproximei me da Camila, e olhei para o seu peito a encher se e a esvaziar se. Ela parecia uma princesa, daquelas dos contos de fada. Queria tanto beija la, mas tínhamos problemas maiores. Apesar de tudo, eu tinha saudades da minha namorada, só tivemos juntas ontem de manha, e foi pouco. O clima entre nós estava um pouco pesado, tudo por causa do medo de nos assumirmos.
-Camila. – Disse um pouco baixo, ela nem se mexeu. – Camila! – Disse mais alto, ela suspirou. –CAMILA! – Gritei finalmente, ela abriu os olhos fazendo um bico. – Que raio foste tu fazer?
-Nada amor! – Deu me aquele sorriso que eu amava. Levantou-se do sofá e veio ao meu encontro dando me um abraço e depois beijou-me o pescoço, arrepiando me toda.
-Não podes fazer isso! – Olhei para ela séria, mas ela não parecia acreditar que eu estava zangada. Talvez por não me conseguir expressar correctamente.
-Isso o que Lolo? – Disse-me com aquela voz sexy que ela fazia. Sabia o que estava fazer. Não vai resultar.
-Beijares me, tocares me e essa voz!
-Vai funcionar? – Ela gargalhou perto do meu ouvido me fazendo estremecer. Porra, ela era boa. Será que ainda estava embriagada?
-Não, Camz! Eu estou zangada, sabes bem, que eu odeio que tu bebas. Principalmente...
-Principalmente porque eu fico com vontade de te saltar em cima é!? E tu não sabes se me consegues resistir!?
-Ah... Na não. Não é isso. – Gaguejei, não estava á espera disto
-Eu só te quero a ti, Jauregui. És a minha namorada, e espero que sejas a minha mulher. – Que? Que raio estava ela a dizer? Ela não estava bem.
-Que dizes Camila? – Olhei confusa para ela
-Casa te comigo Lolo! – Olhou-me com aqueles olhos, eu ... eu não podia. Eu não.
Estas palavras atingiram-me com demasiada intensidade. Ela estava embriagada, mas será que era isto que ela queria? Que é que isto significava?
-Estás bêbada!
-Eu amo-te, nem que tivesse em coma, eu sempre saberei que te amo, és das minhas poucas certezas. Fica comigo Lolo, para sempre. Vamos fugir para sempre. Ficar as duas juntas. E viver apenas do nosso amor. Casa-te comigo Lauren Michelle Jauregui!
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Camren - LTMN
FanfictionLauren estava a cansar-se da vida de famosa, sim era o seu sonho, mas agora já não valia a pena. A solidão estava a fazer-lhe mal, até que conhece uma de suas fãs, Camila Cabello, uma garota lidissima, que insiste em usar laços.