31- Amor é calor que te consome

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Lucy Pov

Eu sabia que a Vero fazia hoje anos, mas foi pura coincidência encontra-la na rua. E ainda por cima naquele estado. Precisava de cuidar da minha garota. Tivemos tanto tempo, separadas. Deixei que o meu pai influenciasse na minha relação com ela.

Flashback On

Tinha-se passado uma semana desde que o meu pai expulsou a Vero do colégio interno, como era o director achava que podia fazer tudo, incluindo destruir a minha felicidade.

-Lúcia, que se passa? – Estava mais uma vez a pensar na Vero, não conseguia fazer outra coisa, até mesmo tendo um namorado, obrigada pelo me pai. Eu odiava-lo. Ambos, ele que sabia que era gay e mesmo assim continuava a namorar comigo e o meu pai que não me aceitava da forma como eu sou.

-Duvido que queiras saber! – Disse calma ao meu pai.

-Outra vez essa garota? Achei que já se tinha resolvido esse problema.

-Isso não é um problema! É a minha felicidade! Porque é que não compreendes? A mãe ia-me apoiar! Porque é que não me queres ver feliz? – Deu-me uma estalada, senti o meu rosto a queimar.

-Não me faltes ao respeito Lúcia.

-porque? Vais me bater até me matar? – Ficou sem reacção, eu estava tão farta desta farsa! – És menor! Eu sou o teu pai, e vou fazer de tudo para não veres mais essa garota. Ela é uma má influência! Tu não és isso!

-Isso o que? Lésbica? – Olhei para o meu pai indignada, já nem me dava ao trabalho de lhe explicar. Ele não queria aceitar, por isso negava sempre. Mas eu estava tão farta. – Sim sou!

-Vai fazer as tuas malas! Vais para a Suíça, e tão cedo não voltas!

-Pelo menos já não vou olhar mais para a tua cara!

-Lucy! – Deu um grande berro. Levantou a mão, pronto a bater-me de novo

-É isso! Bate-me outra vez! – Mas parou

Sai da sua beira, nada me ia fazer esquecer a Vero, ela foi o amor da minha vida. E atrevo-me a dizer que fomos feitas uma para a outra.

Flashback off

Deitei-me na cama com ela, sem segundas intenções, ela já não chorava, apenas tinha um olhar perdido e triste.

-Dorme bb. – Disse-lhe já na cama com ela.

-Não me deixes! – Ela disse-me quase sussurrando, não só estava a referir-se a agora, mas tenho a certeza que também estava a falar num modo em geral. Eu não o ia fazer, não a ia deixar, principalmente quando ela mais precisa de mim.

-Nunca mais. – Notei a sua respiração a ficar pesada, ou seja tinha adormecido.

Fiquei mais um pouco com ela e depois fui comer, que já estava cheia de fome. Não podia demorar muito, ia já para a beira da Iglesias. Ela fazia-me tão bem.

Decidi pegar no sms e mandar uma mensagem á sua melhor amiga da altura, não sei se ainda estavam próximas, mas parecia o mais certo a fazer-se. Vi o número através do telemóvel da Vero e mandei do meu.

Deitei-me como tencionava fazer, nem deu para esperar pela mensagem da Lauren (também já era um pouco tarde), caí num sono profundo, como não fazia há muito. Ela me fazia tão bem. Veronica Iglesias, não te vou deixar! Nunca mais!

Lauren Pov

Quando acordei olhei para o meu lado e tinha uma Camz ainda a dormir. Como esta garota dormia tanto, já não era a primeira vez que dormíamos juntas, mas mesmo assim... sentia como se fosse uma das primeiras. Precisava dela como nunca precisei de ninguém. Ela fazia-me tão feliz. Só de a olhar sorrio de uma forma estupida e ingénua.

Olhei para o meu telemóvel que insistia em piscar com aquela luz azul de notificações. Tinha uma mensagens da Vero e outra de um número desconhecido. Esqueci-me totalmente da Vero. Tenho ainda que falar com ela. Quando estou com a Camila perco a noção do tempo.

# "Desculpa o que aconteceu L" – Vero # 22:40

# "Olá, sei que não me conheces, mas temos alguém em comum, a Vero. Ela está na minha casa, não estava muito bem. Se quiseres vir ter aqui diz me alguma coisa. Ass: Lucy Vives"

De facto não sabia quem era a garota, de um tempo para cá, não tinha tempo para nada, deixei de falar para quem não devia, com os concertos, ou os "meet" ocupava a cabeça com aquelas coisas que me ocupam demais a cabeça.

Que raio fiz eu? Esquecer os verdadeiros amigos e descobrir mais que só pensam que me conhecem. Quando noutras horas eram os primeiros a me fazer sofrer.

Está na hora de levantar né!? Já passava do meio dia... nem tínhamos tomado o pequeno almoço e por esta hora nem almoçaríamos.

Beijei a face da Camila, mas nada. Fui avançando aos seus lábios, até que tive uma resposta dela com o beijo mais um sorriso inocente i lindo da minha namorada.

-És tão linda quando acordas!

-E no resto do tempo não? – Perguntou me indignada.

-Claro, mas adoro a forma como o teu cabelo fica todo bagunçado.

-Eih! – Levantou-se dando-me plena visão do seu corpo, mesmo com pijama eu conseguia ver todas as suas formas. Ela era perfeita... Foi até á casa de banho e olhava-se no espelho. Achava aquilo tão fofo. Levantei-me e a abracei por trás.

-Adoro esses teus abraços!

-Só os meus abraços? – Perguntei indignada, brincando como ela me tinha feito. Sou vingativa.

-Claro, queria o que? – Comecei a fazer-lhe cocegas, ela parecia que estava a ter um ataque, levantou as mãos em sinal de rendição, e só assim parei. Amava aquela garota. – Também amos os meus beijos. – Disse-me dando longos selinhos, conforme cada palavra que dizia.

-Acho bem! – Disse-lhe dando um longo beijo, para lhe mostrar que eu nunca a ia parar de fazer sentir-se especial porque era assim que eu me sentia por estar com ela. – Queres que te deixe em algum lado?

-Vais algum lado menina Lauren?

-Ah vou ver a Vero, ela não está bem. – Dei um leve sorriso á Camzi

-Oh! Nunca mais pensei no que aconteceu ontem, era a festa de aniversário dela. – Disse-me triste

-Ela vai ficar bem, e não é a tua culpa. – Li o seu pensamento, sabia demasiado como a Camila funcionava.

-Não sei. – Disse me indecisa. Abracei-a

Encomendamos uma pizza á escolha da Camila e apos umas horas deixei a em casa e fui para a mora que aquela garota, Lucy Vives, me disse. 

Camren - LTMNOnde histórias criam vida. Descubra agora