O dia amanhece e Célia acorda, mas Jacob não está no quarto, mas a mesa está posta para o café da manhã e se levanta e vai até a beirada da cama e veste a camisola de seda e se senta a mesa e se serve de café e leite e come um pedaço de pão fresco e se delicia com o sabor e sorri, sentia falta da comida do Brasil, queria tanto comer um feijão e um arroz fresquinho e se levantou rápido, tinha que dar tempo para ir fazer compras e levar algo da li, tinha visto um mercado perto, se arrumou e saiu, mas não usou o lenço no cabelo, estava calor demais para isso, o segurança a seguiu e ela o fez empurrar o carrinho e comprou feijão, arroz, leite condensado e chocolate em pó e sorriu, passou no caixa e pagou, mas teve dificuldades para entender aquele valor e comentou algo em turco com o segurança que lhe respondeu com um bico e a moça do caixa a olhou desconfiada e maravilhada e Célia apenas sorriu encabulada, pegou as compras e voltou para o hotel.
Célia entra no salão e Jacob está andando de um lado para o outro com o celular na mão e ao vê-la ele a pega pelo braço e fala alto e em turco com ela que se encolhe, ele mostra o véu em suas mãos serradas e ela pega sem questionar e o segue para o elevador, todos ficam olhando aquele casal, meia hora depois todos deixam o hotel, Célia segue o marido a traz já com o véu na cabeça, para no meio do caminho e espera o marido pagar a conta e entram no carro.
- Que vergonha você me fez passar!... - Diz ela dentro do carro. - Essa cidade é quente e você me faz usar o Al-Amira, pelo amor de Deus!... Estamos no Brasil e aqui não é preciso!
- Vai usar onde eu quiser e quando eu mandar usar é para usar!... - ele serra os dentes. - E que merda é essa toda que comprou?
- Feijão brasileiro, Arroz Brasileiro e leite condensado e chocolate em pó!... Devia ter comprado mais! - Ela suspira chateada e os dois se calam.
Célia estranha que para num pequeno aeroporto do outro lado da cidade e descem e ele praticamente a puxa para entrarem logo no pequeno jato e assim que entra ela se surpreende e leva a mão na boca e começa a chorar, não acreditava no que via.
- Mamãe!... Mamãe!...- Ela cai de joelhos e abraça Soraia que sorria e olha para Jacob e se levanta rápido e o abraça. - Você é maravilhoso!... Como posso agradecer o que fez por mim e por ela!?... Te devo muito Jacob!... - As lágrimas escorrem sem esforço e ela o abraça com força e volta para o lado da mãe e beija sua mão.
Jacob se ajeita na poltrona satisfeito, e prende o cinto e a manda fazer o mesmo e Célia se senta ao lado da mãe e olha para o marido e sorri entre lágrimas agradecida.
- Como conseguiu trazer minha mãe para cá!?
- Sua mãe morreu essa madrugada Beguzar!... O médico que cuida dela assinou o laudo e tiramos ela de ambulância de lá e... - Ele não diz mais nada.
- E qual é o nome dela agora!?
- Mary Haydd... Minha mãe!... - ele apoia o cotovelo no braço da poltrona e apoia o queixo.
- Sua mãe é viva!?
- Sim!... Mas é só para poder entrar com ela no país... Assim que estiver em casa aí ela volta a se chamar Soraia, mas vou ter que providenciar um documento falso para ela, estará ilegal em Istambul... Não se preocupe com isso... Só quero ver você feliz e poder ter sua mãe ao seu lado até seus últimos dias!
- Obrigada Jacob!... Não queria que se complicasse por minha causa... - Ela acaricia o cabelo de sua mãe. - Espero que seja a ultima vez que age ilegalmente!... - Ela sorri agradecida.
A viagem foi tranquila e Soraia não deu um pingo de trabalho, suas roupas foram trocadas para um vestido longo e Célia penteou seus cabelos e os prendeu em forma de coque e pôs a Al-Amira em seus cabelos e a maquiou, Soraia sorriu a se ver no espelho, mas não falava muito, estava sonolenta, Célia estava feliz em ter a mãe com ela.
![](https://img.wattpad.com/cover/97163360-288-k902681.jpg)
VOCÊ ESTÁ LENDO
Célia (Volume 2)
RomanceCélia acorda em um quarto luxuoso e completamente diferente de sua casa, custa a se lembrar do que aconteceu e se depara comum o Homem que quase a levou a morte. Célia é obrigada a aceitar seu destino para manter sua família viva.