Célia (Volume 2)

Célia vai a Marina ver Jacob

Célia se serve, come devagar como de costume, sua vontade era de chorar, mas é tirada daqueles pensamentos doloridos com Engin se aproximando e falando em seu ouvido, que o olha.

- Ele está aqui ou no Iate?

- No iate!... Pede para que vá para lá, é urgente!

Célia pede licença e se levanta e puxa o segurança para um canto.

- Disse que estava jantando?

- Sim!... Mas disse que estava sozinha!

- Obrigada meu amigo!... Prepare o carro, saímos em vinte minutos!

Célia volta para a mesa.

- Terei que sair agora, surgiu um pequeno problema... Meu iate chegou à marina e parece que estão tendo problemas...

- Deixe que eu a leve?

- Não precisa!... Meu motorista já está me esperando!... - Ela estende a mão para ele.

- Vamos nos ver mais vezes!? -  Yan segura sua mão.

- Mando um e-mail para você!

Célia pega a bolsa e acena para o garçom por na conta de seu quarto e sai calmamente do restaurante, mas antes de atravessar a porta, ela o olha sorrindo e sai.

Yan ao vê-la sair desfaz o sorriso e suas palavras ecoam em sua mente - "Você não deu nem segurança para sua esposa que foi pega por Jacob..." - Empurrou o prato e ficou bebericando seu uísque e pensou em Jimmy e como era alegre e risonho assim como a mãe, chamou o garçom e pediu a conta não iria deixar que Beguzar pagasse e pediu ao garçom.

- Quando a Sra. Haydd chegar leve outro prato deste que pediu, ela saiu sem jantar e precisa se alimentar!... - Yan passa o cartão e sai logo em seguida.

***

Jacob anda de um lado para o outro dentro do Iate, estava nervoso e preocupado, Célia caminha pela Marina e antes de entrar ela segura o braço de Engin fazendo-o parar.

- Fique por perto, se ele tentar algo saque a arma e o contenha!... Entendeu Engin!... Se ele está aqui não é por que está com saudades!

- Fique tranquila senhora!

Célia entra no Iate e é recebida pelo outro marinheiro chamado Selim, os dois conversam um pouco, Célia olha em volta para ver a movimentação, se tinham companhia policial e dois barcos a frente visualiza algo brilhar como uma lente e sorri, da uma volta no Iate para ver se tudo estava em perfeitas condições e entra assim que especiosa as cordas, casco, roldanas, Jacob está parado na pequena sala com as mãos na cintura e ela faz um sinal para ele ficar calado, vai até o som e liga e coloca seu CD preferido de musica clássica e vai até ele para abraça-lo, Jacob espera que se aproxime e agarra em seu pescoço.

- Você está me traindo Beguzar!?...

Ele aperta seu pescoço e Célia segura suas mãos para tentar puxar, o cheiro de álcool a deixa enjoada, Jacob tinha bebido.

" Cleck" -  Escuta a traz dele.

- Solte-a Sr. Jacob!... Tenho ordens de atirar se não a soltar!

Jacob alivia a pressão em seu pescoço e olha para Engin sobre os ombros e ri e a solta, Célia vai ao chão puxando o ar e se arrasta para se apoiar em algo e tosse sem parar, a cólica volta e Poe a mão na barriga.

- Você é muito espertar Beguzar!... Está virando a cabeça dos meus seguranças contra mim!

- É você que está fazendo isso Jacob, não sou eu!... - Célia fala com dificuldade, as lágrimas escorrem. - Achei que tinha vindo para cá por sentir falta da gente!... Mas vejo que continua o mesmo e não se importa conosco!...

Jacob se agacha e a olha com um sorriso ameaçador e Célia continua.

- O Iate está cercado Jacob e se você fizer um movimento errado ou aparecer lá fora, vai ser pego, e eu liguei o som e falamos baixo justamente para não levantar suspeita, mas se tentar algo... Eu juro que grito!

- Está me traindo Beguzar?... Está negociando com a organização?... - Ele tomba a cabeça e estreita os olhos. - Você quer o controle não é?

- Não quero o controle desta merda e você sabe muito bem disso e eu fiz um acordo com você!... Eu entregaria a organização para quem quiser comandar e nós dois saiamos limpo desta... E criaríamos nossa filha na honestidade! - Célia limpa o rosto, mas as lágrimas continuam rolando. - Eles não confiam na gente Jacob, muito menos em mim e isso ficou claro!... Temo pela vida e minha filha... - Célia respira fundo. - Se eu morrer não tem tanta importância, mas ela?... É só um bebê.