Célia chega em casa

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Engin olha para traz, a porta da cabine está aberta e ele volta o olhar para ela e concorda.

- Acha que são da INTERPOL ou FBI!?

- Olha só para eles Engin!... Eu não acho!... Tenho certeza, só não me levanto daqui e vou verificar por que estou cansada, mas acho que no aeroporto terá um grupo nos esperando e disfarçados... Se sairmos de carro vão saber onde moramos!... Isso e um problema!... - Célia puxa o ar pela boca. - Às vezes tenho vontade de entregar Jacob para eles, acho que seria mais justo em mantê-lo vivo e pagando por seus crimes, mas por outro lado a morte é um favor para todos nós!... - Célia fecha os olhos e passa a mão na barriga. - Deus!... O que eu estou falando!?... Ele é o pai da minha filha!... - E novamente cai num choro compulsivo.

Engin não diz nada, apenas se encosta na poltrona e fica em silencio, não sabia o que dizer, era seu trabalho manter Beguzar em segurança e tinha ordens expressas de executar Jacob a qualquer momento ou sobre ordens da organização, o piloto escuta Beguzar chorando e olha para traz e depois olha para o copiloto e volta para os instrumentos do avião, era a segunda vez que a via chorando, teria que por em seu relatório para Sammy assim que pousassem, Engin aproveita o silencio e manda uma mensagem pedindo o Helicóptero para serem conduzidos para casa, aviam dois suspeitos dentro da aeronave e estavam desconfiados, Firat foi avisado e logo providenciou o aparelho, faltam duas horas para pousarem.

A transferência foi rápida, apenas Engin embarcou com Célia, o restante dos seguranças ficaram para traz e o piloto informou sobre o fiasco da operação, Beguzar não passaria pelo saguão do aeroporto, Sammy ficou uma fera, teriam que descobrir onde morava e mandou que a equipe se espalhasse pelas cidades próximas e a procurassem e resolveu viajar para lá, estava decidido em trancafiar Jacob de uma vez por todas.

O Helicóptero desce no jardim da propriedade e Célia salta e corre para dentro de casa, precisava fingir ser a esposa saudosa e preocupada e atravessa a sala rapidamente e segue para o quarto de Jacob, estranhou que não veio recebê-la e assim que pôs a mão na maçaneta ele chama.

- Beguzar!... Estou aqui no seu quarto!... - Diz ele parado.

- Jacob!... O que faz aí?... - Ela se aproxima dele. - Você está bêbado? - Ela pega em seu rosto e acaricia, mesmo não o amando mais, sentia carinho por ele.

- Bebi!... Só assim para suportar sua ausência!... - Ele pega em seu pulso e a Poe para dentro do quarto.

- Vamos devagar Jacob!... Você sabe que estou grávida!... - Célia sente pavor, mas precisa manter descrição, não podia demonstrar medo para ele.

- Quero te ver!... Só isso!... - Ele se afasta e a olha da cabeça aos pés. - Você está linda e a barriga está grande!... - Ele leva a mão a ela e acaricia e o bebê se mexe e os dois dão risadas. - Que delicia!... Agora dá para sentir melhor!

- Sim!... - Ela sorri.

- Tire a roupa para mim?!... Quero te ver por completo!... - Pede ele com os olhos em chamas.

 Célia não quis questionar em recusar e lentamente tira a roupa, por um instante se sentiu constrangida como se fosse à primeira vez, Jacob está tão bêbado que nem percebe seu rosto angustiado e puxa o ar pela boca e se aproxima e a deita na cama e sobe sobre ela sem apertar sua barriga ficando com os joelhos flexionados e a beija com vontade e agarra em seus cabelos e pela primeira vez diz sem ser forçado.

- Eu amo você Beguzar... Não suporto ficar sem você nesta casa!... Prefiro morrer a ficar sem você!... - Ele a olha nos olhos e estão emocionados e Célia se entrega aquele carinho e o abraça e acaricia seus cabelos, sentiu dó dele, era um homem perdido, assustado e sem rumo e futuro e os dois choram abraçados.

- Precisamos conversa Jacob!... - Ela puxa seu rosto e funga.

- O que aconteceu?... - Ele a olha desconfiado.

 

Célia (Volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora