A porta do elevador se abre e os dois entram, para surpresa de Célia ao ver Renato a acompanhar.
- Vou te acompanhar até seu carro!
- Se tiver carro ainda?... Bateram aqui em frente e meu segurança o levou!
- Estragou muito?
- De um leve amassado, mas quem bateu vai ter uma surpresa com o valor!... Nunca bata em uma Ferrari Renato!... - Ela ri achando graça.
- Que prejuízo!... - Renato faz uma careta. - Não gostaria de estar na pele deste sujeito!
- Obrigada por me acompanhar!... Até mais tarde em meu escritório!... - Célia sai andando elegantemente como nada tivesse acontecido.
Yan não consegue prestar atenção na reunião, se sentia tão atordoado e confuso, não era possível ter duas mulheres idênticas, já tinha caído uma vez nessa e Sammy e Jean o enganou por completo e achou que realmente estava ficando maluco, olhava para o relógio o tempo todo, queria que desce as 14horas para ir ate o endereço e ficar de frente para ela e ter certeza que não é Célia.
Célia almoça no escritório mesmo, tinha muitas coisas para por em ordem e sobre a mesa um dicionário Russo e alguns livros, um porta lápis, o computador, a agenda, enquanto comia se lembrou do rosto de Yan e como ficou perplexo, não falou uma palavra, Engin entra e lhe entrega o orçamento do conserto da Ferrari que agradeceu e assim que terminou de comer, o Skype é acionado e Célia atente.
- Oi, boa tarde!... - Diz ela amável.
- O que está fazendo? - Pergunta Jacob.
- Matando minha fome e de sua filha!... - Ela acaricia sua barriga e sorri.
- Me parece mais magra Beguzar!... Tem se alimentado direito?
- Claro que sim!
- Bom!... Como estão às coisas por aí?
- Aqui está chovendo no momento e a tarde Firat trará o contrato assinado!... - Ela da de ombros.
- Parabéns!...
Célia e ele conversam sobre alguns assuntos relacionado à empresa, ainda pede para ele não se meter, pois todas as vezes que ele interferiu teve problemas em reverter a situação e acabam discutindo como sempre, mas sentiam falta um do outro, Célia estava com a pulga a traz da orelha do que Firat disse, mas tinha que se manter neutra nesta história e descobrir aos poucos, e no momento queria cuidar de sua saúde e da gravidez, o resto deixaria para pensar depois que o bebê nascesse, se despediram e desligaram o programa.
Yan chega ao prédio de Keren e olha para cima, o frio na barriga é grande, pois da ultima vez que esteve lá, não foi tão bem recebido e acabou sendo um foragido da justiça e se assusta quando sente uma mão em seu ombro.
- Meu Deus, Sammy!... Não faça mais isso!... Da próxima eu enfarto!
- Achei melhor vir aqui e te acompanhar!... Sei o que está pensando aí parado!... Vamos entrar!
Sammy o puxa para dentro e puxa a funcional e os dois sobem, Célia é avisada de que Sammy e Yan estavam subindo, ela respira fundo, veria seu grande amigo Sammy, mas precisava manter as aparecias e foi ao banheiro e retocou a maquiagem e o batom e se sentou em sua mesa e voltou a fazer o que estava fazendo, mesmo o coração estando disparado ela procurou se manter calma, tinha que focar no desprezo e em sua vida de Beguzar.
Duas batidas são escutadas e ela se abre e os dois homens entram reparando na elegância da sala e na bela mulher sentada a traz da mesa de vidro com pernas cruzadas digitando algo no computador, ela levanta o olhar.
- Sentem-se, por favor!?... Estou terminando... Já atendo vocês... - Ela lança um sorriso rápido e volta para o computador e pede para a secretária. - Annie traga água e café para o senhores e me avise quando o advogado do Sr. Firat chegar e o leve para a sala de reunião.
- Sim Senhora!... - A jovem sai.
Yan e Sammy se olham e voltam a observar aquela mulher que digita rápido e ágil no que faz até que ela os olha e se levanta, pega uma pasta azul e vai até eles e estende a mão.
- Beguzar Haydd, muito prazer!... - Ela aperta a mão de Sammy.
- Sammy da INTERPOL!... - Ele lhe dá um sorriso vitorioso.
- Hum!... INTERPOL?... - Ela abre um sorriso achando graça. - Não sabia que o senhor ao seu lado tinha amigos tão importantes!
- Muito prazer... Beguzar Haydd!... - Célia aperta a mão de Yan e ele olha seu pulso e vê a marca.
- Yan Butler!... - Ele fica branco ao ver a marca.
- Está assustado com o que viu Sr. Butler?... - Ela mostra o pulso.
Yan engole em seco e concorda com a cabeça.
- Isso são marcas que meu marido adora deixar nas mulheres quando se recusam a dormir com ele... Mas com a gravidez isso mudou!... - Ela passa a mão na barriga e sua voz fica mais rouca ainda.
- Minha esposa tinha marcas semelhantes!
- tinha?!... - Célia franze o cenho. - Não me diga que é turco e que gosta de deixar marcas em sua esposa? - Célia fala com repulsa.
- Não!... - Ele ri desconcertado. - Americano e minha esposa era brasileira e odeio quem faz esse tipo de barbaridades.
- Era?!... - Célia se senta elegantemente e cruza o antebraço sobre o joelho.
- Sim!... Morreu há dois anos!... Me deixando com um filho pequeno!
- Ah!... Sinto muito Sr.Butler!... - Ela baixa o rosto e diz. - Às vezes tenho medo que aconteça a mesma coisa com minha filha... Acho que por isso procuro me manter longe de meu marido que é explosivo...
- Como se Chama seu marido Sra. Haydd!?... - Pergunta Sammy.
- Creio que não está aqui para fazer um interrogatório e nem chamei aqui para isso... Minha única intenção para essa pequena reunião é para discutir sobre o conserto do meu carro! - Ela pega a pasta azul e entrega para Yan, e olha para Sammy que sorria se sentindo desafiado.
- Sabe que ele é foragido?... - Sammy insiste.
- Claro que sei!... E por que acha que tenho essas marcas Senhor Sammy?... Por dois anos reuni provas para acabar com essa organização e confesso que agora grávida, as coisas se complicaram... E tenho que pisar em ovos... - Ela se levanta e pega outra pasta e entrega para Sammy. - Mande desligar as escutas dos telefones Sr. Sammy... Não dificulte meu trabalho e não ponha em risco a vida de minha filha!... Essa é a terceira gravidez e a única que por enquanto estou conseguindo levar adiante... Pelo menos passei do quarto mês!
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Célia (Volume 2)
RomansaCélia acorda em um quarto luxuoso e completamente diferente de sua casa, custa a se lembrar do que aconteceu e se depara comum o Homem que quase a levou a morte. Célia é obrigada a aceitar seu destino para manter sua família viva.