Yan anda de um lado para o outro dentro de seu quarto, estava preocupado com Beguzar, mesmo seus sentimentos estarem misturados, sentindo revolta, magoa, tristeza e carinho, sim, ele tinha um carinho por aquela mulher que não conseguia explicar, só com Célia sentia isso quando a conheceu, tudo começou com carinho e admiração e como era inteligente e amável, precisava vê-la, não iria sossegar, mas nem sabia onde estava e não tinha com quem deixar o filho e logo um pensamento veio à tona, Sammy disse que ela tinha marcas no pescoço.
- "Jacob Está aqui!... Ele fez isso!" - Pegou o celular. - Sammy!?... Jacob está aqui em Nova York!
- É o que achamos também!... Estamos emitindo uma ordem para vasculhar o iate, foi depois que saiu de lá que passou mal!... E se não tinha nenhuma marca no pescoço quando jantou com você... É provável que entrou clandestino no país.
- Quero ir com você Sammy!... Quero olhar na cara dele quando o prender!... Não me negue esse direito!
- Não se envolva nisso Yan!?... Deixe a policia fazer seu trabalho?
- Por favor?... Eu quero estar lá para vê-lo sendo preso!
- Yan!... Podemos entrar em confronto e trocas de tiros e você é um civil... Não vou colocar sua vida em risco!
- Tudo bem!... - ele funga, sua raiva era grande. - Me de o endereço do hospital, me coloque lá dentro para vê-la?
Sammy bufou, percebeu que não daria folga e lhe deu o endereço e o nome de quem procurar, Yan correu para o telefone e ligou para a vizinha do andar debaixo que sempre ficava com Jimmy quando surgia uma emergência, e saiu assim que ela entrou.
Adam está na porta dos fundos esperando por Yan que para o carro rapidamente e entra as pressas dentro do hospital e seguem para o vestiário dos enfermeiros que monta um crachá para ele enquanto caminham, Yan não diz nada e assim que entram no vestuário ele recebe uma roupa verde e se troca rápido e colocam uma barba semi serrada nele.
- Esse treco pinica!... - Diz ele se olhando no espelho.
- Mas é por pouco tempo, vai entrar, vai vê-la e vai sair!... Não pode ficar mais que cinco minutos, o quarto dela está sendo vigiado e cada vez que um entra, um fica de olho na porta, vou fazer você ir com o médico até ela, assim não vão levantar suspeitas.
- Tudo bem! - Yan respira fundo e segue Adam.
Os dois sobem até o sétimo andar se encontram com o médico e seguem para o quarto de Beguzar, Engin encara os dois, Yan vira o rosto para não ser reconhecido e meche com uma enfermeira que passa para despistar e não ser reconhecido e entra a traz do médico, Engin ainda os observa pela fresta da porta, mas logo fecha ao ver o médico examinando sua barriga e apertando.
Célia se meche sentindo dor, mas não abre os olhos, apenas geme e franze o cenho e segura a mão de quem a apartava.
- Nilufer... - Diz ela em um sussurro.
Yan a olha e sente compaixão por aquela criatura, seu pescoço tinha marcas de dedos e se revoltou e passou a mão em seus cabelos, sua vontade era de pegá-la no colo e leva-la embora com ele, sequestra-la como fizeram com sua esposa, mas não era forte o bastante para manter todos longe, logo iriam descobrir e Jimmy também corria riscos.
- Como está o bebê!?... - pergunta Yan fungando.
- Bem!... Está encaixadinha e tem um bom batimento cardíaco!... O sangramento parou e agora é mantê-la em observação.
- Tem previsão de alta!?
- Amanhã vamos reavaliar... Mas acho que deveríamos mantê-la aqui até domingo!
- E ela disse sobre o que aconteceu?... Por que está com essas marcas no pescoço?
- Não disse!... Chegou com muita dor e sangrando... Mas a policia está lá fora e espera que acorde para contar... É o nosso dever em acionar as autoridades quando alguém chega com marcas de agressão, o segurança só fala turco... Não entendemos nada do que diz.
- É!... Eu sei!... - Yan suspira e passa a mão em seus cabelos mais uma vez.
- Vamos?... Temos que sair agora!... Aguarde por noticias em casa e fique tranquilo, ela está bem e o bebê também!
- fizeram ultrassom?... Tem alguma imagem que eu possa ver!? - Yan se sente ansioso, parecia que era seu bebê que estava ali dentro dela.
- Você é o pai?!... - o médico sorri animado.
- Não!... Mas gostaria de ser!... - Ele sorri.
- Venha!... Vamos pegar o prontuário dela e ver se consigo algo para você!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Célia (Volume 2)
RomanceCélia acorda em um quarto luxuoso e completamente diferente de sua casa, custa a se lembrar do que aconteceu e se depara comum o Homem que quase a levou a morte. Célia é obrigada a aceitar seu destino para manter sua família viva.