Trabalho de parto

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Jacob anda de um lado para o outro nervoso, a mão não sai de seu queixo, Célia se torce e se deita de lado e se agarra ao travesseiro, Jacob sai do quarto e ela se preocupa, não queria que ele bebesse, mas a dor vem novamente e ela grita enfiando a cara no travesseiro e arfa assim que passa.

Engin está em pé no corredor, Jacob passa por ele nervoso e volta e o olha.

- Acorde alguém da cozinha e mande trazer um chá para mim e para a médica. - sua voz é tremida.

- Tudo bem!

Jacob volta para o quarto, Célia fazia questão de ele acompanhar todo o processo do parto, não queria ficar sozinha.

- Pedi um chá para nós Doutora!

- Muito gentil de sua parte!... - Ela sorri e esfrega as costas de Célia.

Duas horas se passam Célia está dentro da banheira, à água está quente e convidativa, debruçada na beirada ela segura os braços de Jacob e geme e o aperta, se sentia exausta, a dilatação estava indo devagar, Jacob acaricia seus cabelos e seu rosto e a beija várias vezes, não sabia o que fazer, o que dizer, seu sofrimento era dolorido demais para se ver e Célia grita novamente.

- Ahhhhhhhhhhh!... Eu não aguento mais!... Estou cansada!... - Ela chora.

- Não desista agora Beguzar!... Você está indo bem!... - Diz Jacob a encorajando. - Quero ver nossa filha... Seja forte.

- ahhhhhh!... Eu quero que passe essa dor!... Ahhhhhhhhhhh... – Ela o aperta mais e descansa a cabeça na borda e arfa assim que a dor passa.

A médica faz um novo exame e sorri e esfrega suas costas.

- Vamos sair um pouco, você precisa descansar... Logo a bebê vai nascer!... Está indo muito bem Beguzar!... Parabéns!

Célia a olha, mas nem tinha vontade de xingá-la e com ajuda ela se levanta e Jacob a enrola no roupão e a pega no colo assim que a contração volta com força e a leva para a cama.

- Deita aqui comigo um pouco!?

 Jacob se deita e ela se abraça nele que a junta no abraço e exausta dorme, mas continua apertando os braços dele a cada contração, Sidney prepara sua pequena maleta que se transformou em uma mesinha e colocou sobre ela alguns instrumentos e o cobriu com outra toalha, Jacob não deixava de ver nenhum de seus movimentos e a seguia pelo quarto com os olhos, não gostou dela e achava que estava ali para denunciar, Célia geme e o aperta novamente, aquilo estava sendo uma tortura sem fim.

- Fique tranquilo!... Creio que mais uma hora e a bebê nasce!

- Não aguento mais ver minha esposa sofrer deste jeito!... Está exausta!... Isso parece ser uma tortura!

- Todas as mulheres passam por isso!... - Ela sorri.

Célia depois de uma hora acorda a bolsa se rompeu e molhou a cama, Jacob estava sentado no sofá com o rosto entre as mãos.

- Ahhhhhhhhhhh!... - Célia geme se sentando na cama, queria fazer força Sidney corre e a manda se deitar e não fazer força, não era a hora. - Por favor?!... Não aguento mais! - Célia se torce e se deita na cama, o suor brota por seu corpo todo e seu roupão está úmido e ela grita, Sidney a examina, faltava mais um dedo apenas para a bebê nascer.

- Falta pouco Beguzar!... Está praticamente nove de dilatação!

- Ah!... Está demorando muito!... - Célia chora.

- Vou preparar outro banho para você relaxar na banheira, a água morna ajuda e acelera a dilatação.

Jacob está ao seu lado e funga emocionado ao ver seu sofrimento, Célia deita de lado e agarra seu braço e o aperta e arfa, ele acaricia seus cabelos e a beija demoradamente.

- Shhhhhhhhhhhh!... Está acabando!... - ele lhe da outro beijo nos cabelos.

Ela geme de dor, Sidney a faz se levantar e andar até a banheira, Jacob agora está nervoso por não ter deixado que a levasse no colo, ele serra a mandíbula, Célia entra na água agora completamente nua, sentia muito calor e novamente se debruça na beirada da banheira e segura os braços de Jacob que beija seus cabelos e os acaricia.

Célia (Volume 2)Onde histórias criam vida. Descubra agora