Célia (Volume 2)

Célia vai ao Brasil para ver a Mãe

Renato recebe uma proposta para trabalhar em Nova York, falava muito bem o inglês e ganhou uma bolsa para fazer pós-graduação e se mudou, Sandra se casou com um colega de universidade e estava muito feliz e finalmente se sentia em paz com alguém ao seu lado que amava seus filhos e a respeitava e cuidava muito bem dela e mandaria os filhos passar as férias com ele assim que fosse possível, há primeira semana foi difícil à adaptação, achar um bom apartamento e se instalar e se acostumar com o frio e a chuva que caiu constantemente naquela semana, mas gostou do trabalho e das pessoas de sua equipe.

Célia e Jacob fazem o mesmo trajeto que fizeram quando foi busca-la, entrado no país pelo Paraguay e Jacob usou o documento falso, já Beguzar usou o dela mesmo e seguiram para o interior de São Paulo e entraram na bela clinica, Célia sorriu ao ver o quanto a mãe era bem tratada e recebia os melhores tratamentos, mal conseguia falar o português, entedia o que falavam, mas não conseguia formar frases, mas seguiu para o quarto para ver a mãe, entrou e fechou a porta e se aproximou da cama.

Soraia está muito magra, pálida e com alguns dentes faltando, olhava para o teto sem reação e Célia se aproximou e tirou o véu e os óculos e se sentou na beirada da cama com os olhos marejados e pegou na mão da mãe.

- Oi mamãe!... - Diz ela em português arrastado e sorriu triste.

Soraia desviou o olhar do teto para ela e sorriu.

- Minha filha!... Por que demorou tanto!?... Seu pai estava perguntando por você!

Célia desaba a chorar e Jacob se mantém na porta e olha para o chão, por algum motivo se sentiu culpado por ter tirado Célia do seio da família e ter separado mãe e filha.

- Ele já me viu mamãe!... Pediu para vir ver a senhora!... Vejo que está bem!... -Ela funga e enxuga o rosto. - Está feliz em me ver?!

- Claro!... - diz ela com o queixo tremido. - Te amo tanto filha!... Quando morreu minha vida acabou!... E agora você está aqui e é um sonho tão bom!

- Sim!... Esse sonho é maravilhoso não é!?... Também estou feliz em poder vir aqui e poder te ver mais uma vez!... Amo você mamãe!... Nunca se esqueça disso!... Um dia vamos nos encontrar novamente e vamos nos abraçar e matar a saudades e esclarecer muitas coisas!

- Quem é que está com você!?... - Soraia aponta para a porta, ela via o vulto de Jacob.

- É meu marido Mãe!... Jacob!... - ela estende a mão para Jacob se aproximar.

- Finalmente se casou mocinha!... Que maravilha!... - Ela sorri contente.

Célia faz uma cara e começa a rir e balança a cabeça.

- Vai me dizer que achava que eu era gay!?... - Ela ri e Jacob só escuta, não entendia o português e ela explica em turco para Jacob que ri.

- Achei!... Você não larga aquela menina!... Ela esteve aqui outro dia e falamos muito de você!

- Sandra esteve aqui?- Célia olha para Jacob e repete em turco.

- Esteve!... Sempre vem visitar e ficamos por horas conversando!... Ela me disse que te amava muito, mas cometeu loucuras e perdeu sua amizade e que se sente tão mau por isso!... Fiquei com dó dela!

- Quem mais vem aqui mãe?!... - Célia entorta a cabeça.

- Não existe mais ninguém filha!... Todos se foram!... Gaby, Mario, seu pai, Jean...

- Jimmy?... Yan?... Eles não vêm te ver?!... Seu neto não vem ver a avó!?

- Jimmy!... Quem é Jimmy?... - Soraia franze o cenho e a olha.

- Seu neto mamãe!... - Jacob Poe a mão no ombro de Célia e balança a cabeça negativamente.

- Não tenho neto filha!... Você nem tem namorado!... - diz Soraia há encarando desconfiada.

- Tudo bem!

Célia fica um bom tempo com a mãe e massageia seus braços e conta os lugares lindos que visitou e que sempre anda de iate e tem tudo que precisa, riu ao contar sobre mingau e Nina, e que estava grávida Soraia sorriu contente e fez planos e depois de um tempo e cansada dormiu deixando Célia e Jacob ali no quarto observando.

- Podíamos leva-la com a gente!?... Eu cuidaria dela!... - Célia está triste.

- Não vai aguentar a viagem Célia!... Nem você está aguentando!... Chegou aqui reclamando de cólica e teve que ser medicada... Ela é idosa e não anda mais e precisa de cuidados, fraldas, comida na boca... Aqui ela tem de tudo!... Você não pode se esforçar, passar nervoso e ficar ansiosa... Pense no bebê!

- Eu me sinto tão mal em vê-la assim, abandonada!... - Célia passa a mão em seus braços.

- Coloque o lenço e vamos comer alguma coisa e depois voltamos!... Você precisa se alimentar!