Jacob se espreita entre a porta da cozinha com a sala de jantar e olham aqueles dois homens sentado com sua esposa agindo naturalmente como se fossem velhos amigos, Célia é a única que não fala muito e mal come o que tem sobre a mesa, para ele se sentia a vontade com aqueles dois, fechou a porta e olhou para o grupo sentado em volta da mesa na cozinha, por ele mandava acabar com aqueles dois e enterrar o corpo em qualquer lugar da floresta, sua raiva foi aumentando e começou a andar de um lado para o outro e voltou para a porta e novamente olhou, Célia não está mais com eles e respirou aliviado.
Firat está ao telefone, Célia atende e o deixa a par do que está acontecendo, Jacob está entre os seguranças vestido com barba e cabelos feitos, ninguém até agora o reconheceu e ele se mantém longe dos policiais que o conhecem de todos os jeitos e formas, os dois falam sobre os negócios e precisava ir a Nova York dentro de dez dias para o fechamento de uma fusão entre a Kassim Enterprise e a Salim Internacional, enquanto Célia discute sobre os tramites legais apenas Sammy entra em seu escritório e se senta no belo sofá de couro marrom de frente para a lareira e observa Célia a conversar, era inteligente demais e cautelosa, se manteve passiva e de olho no computador e falava sobre as ações na bolsa de valores, vendas e compras e o quanto deveriam aplicar, a conversa com Firat demora em torno de trinta minutos e se despedem em turco, Célia digita algumas coisas no computador e o olha ali sentado a observado, desliga a tela do computador e se levanta e se senta a sua frente e o observa.
- Espero que não esteja chateado por não poder voltar para o Hotel!... - Célia puxa o controle do som e liga, uma musica suave e clássica começa a tocas, os dois ficam se olhando e aproveitando o calor da lareira e Sammy quebra o silencio.
- Por que pediu a Renato a descobrir sobre Célia Squiavo, dizendo que queria descobrir se era sua irmã, se já sabia disso?
- É simples!... - Célia o encara. - Quero saber sobre minha mãe e onde mora... Quero ir vê-la!... - Ela pigarreia e cruza os dedos. - Até os dezesseis anos eu acreditei que ela e minha irmã estavam mortas... Quero ver minha mãe... Quero saber por que me deixou para traz Sr. Sammy!... Eu tenho esse direito... Yan me informou de que ela saiu de casa quando morava com ele... Quero trazê-la para cá e que fique comigo.
- Sinto muito Sra. Haydd!... - Sammy faz um bico desanimado. - Mas sua mãe faleceu há um tempo... Em uma clinica de repouso para idosos.
Célia o olha, não existia sorriso, nem uma expressão de dor e sim de duvida e tombou a cabeça para ele e disse com a voz embargada.
- Não sobrou ninguém!... Estou sozinha!
- Você tem um cunhado e um sobrinho!
Célia sorri triste e olha para as mãos e respira fundo e se cala.
- Por que essa propriedade e outras estão no nome de Célia Kassim?
- Está enganado Senhor Sammy!... - Célia Franze o cenho e o encara surpresa. - Não existe Célia Kassim desde os nossos dois anos de idade, minha irmã e minha mãe foram dadas como mortas em um acidente de carro, então não tem como estar no nome dela, aqui temos que se apresentar ao cartório com documentos em mãos para comprovar que é você mesmo que adquiriu a propriedade, está mansão foi comprada a dois anos por mim e está devidamente registrada em meu nome.
Célia se levanta e vai até estante e abre uma porta e abre o cofre e retira de lá de dentro a documentação da propriedade. - Está escrito em Turco, mas se quiser te dou uma cópia para pedir que traduzam.
- Eu fiz a pesquisa e foi assim que achei essa casa, e tem outras propriedades em Nova York, Geórgia, França aqui mesmo... - Sammy pega o documento nas mãos e o olha. - Quero uma cópia.
Célia pega o documento na mão e vai até a copiadora sem expressar nenhuma preocupação e tira cópia e o entrega e volta a se sentar.
- Enquanto a outras propriedades Sr. Sammy, também estão em meu nome, acho que ouve algum problema no sistema, pois não tem como constar o nome de Célia, ela está devidamente morta junto com minha mãe no Cemitério de Istambul que é até perto do hotel onde você está hospedado!
- Se soube que sua irmã estava viva aos seus dezesseis anos, por que não denunciou?
- O senhor acha que uma adolescente que foi maltratada pelo pai a vida toda queria a irmã de volta em casa!?... - Célia o olha com raiva. - Meu pai dizia o tempo todo que Célia era o seu orgulho, estudante aplicada, linda, inteligente e que eu não chegaria nunca aos pés de minha irmã!... Me entregou a um casamento sobre contrato e fui dependurada por horas, quase tive as mãos arrancadas... E sabe quem mandou que fizessem isso comigo?
Célia tem os olhos cheios D'água e aperta as juntas dos dedos se sentindo nervosa e o encara, Sammy engole em seco, mas não responde.
- Foi meu próprio pai!... Ele disse para Jacob me dar uma bela lição!... Depois engravidei e ele me fez tirar meu filho e me mandou para Geórgia para não ter mais que olhar para a minha cara!... - Célia seca as lágrimas com raiva, a musica agora era triste e uma voz cantava uma opera triste. - Por alguma razão Jacob me achou, fugi pelo país, não queria voltar, queria me tornar uma cidadã americana, trabalhar e estudar... Mas tive que voltar a força e me casar.
- E por que está com ele até hoje?... Sei que a vida de vocês dois nunca foi boa e nunca morrei de amores por ele.
- Aí que se engana Sr. Sammy!... Eu e Jacob temos as nossas diferenças e existem muitas mágoas entre nós... Voltei a nossa vida de casado depois que prometeu em mudar... E ele tem feito um bom trabalho... Mas Jacob é meu primeiro amor... Desde os meus quinze anos... Ele era um homem completamente diferente do que é ou foi!... Era inocente, triste, faminto... Assustado.
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Célia (Volume 2)
RomanceCélia acorda em um quarto luxuoso e completamente diferente de sua casa, custa a se lembrar do que aconteceu e se depara comum o Homem que quase a levou a morte. Célia é obrigada a aceitar seu destino para manter sua família viva.