Minha Vida Em Horizonte

Capítulo Trinta E Cinco - Ela Está Livre

Débora

Um mês se passou, a minha vida está mudada completamente.

As aulas na Dan's Artes estão andando muito bem, sem interferências dos meus pais; A Luara está de namoro assumido com o Sam, o que me deixa bastante feliz; A convivência com o meu pai estão cada vez melhor que me faz acreditar que finalmente ele me enxerga na sua vida ; As visitas na empresa são cada vez mais constantes, lá aproveito ter ideia do que é gerenciar uma empresa, e conversar com o Daniel.

Ele já saiu da faculdade, e agora só trabalha na empresa Wendell's.
Agora temos uma professora bastante chata e irritante no seu lugar.

- Acabaram de me ligar do presídio e afirmaram que a Leonor já está livre.

- Sério Martha?

- Sim Reges. Agora mesmo estou indo pra lá.

- E o que você vai dizer para a Sr. Meredith

- Ela me dispensou. Mas eu não disse pra onde eu iria. Ela não pode saber que a Leonor está livre.
- Melhor eu ir logo antes que ela mude de ideia

Me afasto da porta do quarto da Martha correndo para a cozinha. Me disfarço mexendo meu smartphone.

- Débora, querida. Me beija na bochecha

- Oi Martha! Sorrio irónica
- Você está pra sair? Encaro ela

- Sim. Mas não vou demorar

- Eu posso saber pra onde?

- Eu... vou para a farmácia. Gagueja nervosa

- Você pra farmácia? Porquê não diz o Reges pra ir.

- Porque ele não irá saber direito o que eu quero.
- Agora chega de perguntas. Diz se direccionando a porta

Logo que ela sai do portão principal, coloco o pé na estrada para segui - lá.
O que eles estavam conversando me deixou muito curiosa

Leonor livre!
Quem é Leonor? O que ela é da Martha e do Reges.
Porque é que minha mãe não pode saber da sua liberdade.
Será que eu tenho alguma coisa a ver com essa tal de Leonor?

Desta vez, não quis interromper a conversa. Porque mesmo assim, eles não haveriam de me contar nada. Prefiro descobrir sozinha.

A Martha sobe num ónibus. Subo num táxi, e peço para o motorista seguir o ónibus que ela está, até onde a Martha vai descer.

Enfim, chega ela num presídio feminino, muito grande e bem antigo.
É

engraçado, como a Martha não consegue mentir pra mim. Sempre que tenta o nervosismo toma conta dela e os seus olhos a denunciam.

Escondo - me atrás de uma árvore assim que percebo que ela está aflita, olhando para todos os cantos da rua.

O portão enorme abre - se, e uma mulher morena, de pele branca sai. As duas dão um abraço bem forte e colocam - se a chorar. Não ouço nada do que elas dizem, apenas vejo lágrimas nos olhos de cada uma e sorrisos estampados em cada rosto.
Essa mulher deve ter sofrido muito.

Então ela é a Leonor!
Quem será ela na vida da Martha?

Saem da rua do presídio, encontrando mais um ónibus para embarcar. Continuo no mesmo táxi.

Descem numa rua que não me é estranha.

Claro, me lembrei. É a mesma rua onde vive o Daniel!

Continuo andando às escondidas, querendo o lugar que ela irá se estabilizar.

O primeiro passo já está dado, já vi onde ela vai morar.
O segundo é pedir ajuda do Daniel, já que eles são meio vizinhos.

Acho que será fácil descobrir tudo sobre esta mulher!

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