Minha Vida Em Horizonte

Capítulo Quarenta E Oito - Foi Longe Demais

Débora

- Eu adorei estar com a senhora, principalmente do jantar. Sorrimos

- Que bom, que gostou Débora. Sabia que você é a primeira pessoa a me fazer sorrir depois desses anos presa.

- Bom saber. Pois fique sabendo que vou te fazer sorrir ainda mais. Encaro-a sorrindo, segurando sua mão

- Aquele não é o Daniel, seu noivo? Me viro e vejo o Daniel vindo tão rápido em nossa direcção, preocupado

- Débora, meu amor. Me abraça forte
- Onde você estava? Eu fiquei muito preocupado. Liguei pra o seu celular e nada.

- Desculpa amor. Eu fiquei a tarde toda aqui em casa da dona Leonor, e estava longe do celular que estava no silêncio por causa da academia

- Melhor a gente ir. Vamos? Me encara ele sério

- Até mais Leonor. Abraço ela sorrindo

- Até, querida! Diz com um sorriso bem largo

Subimos para o apartamento calados. O Daniel não me dirigiu nenhuma palavra, e eu também fiz o mesmo.

Ele está muito estressado, furioso nem sei com o quê. Porque comigo não é, eu não fiz nada de errado.

- Meu amor, onde você está com a cabeça para ficar por muito tempo, na mesma casa com uma mulher que você menos conhece, ainda por cima ex presidiária. Grita bravo

- Ah, por favor Daniel. Não exagere. Eu a conheço, conheci hoje. Digo tranquila, deixando meu casaco preto e minha bolsa no sofá

- Você não a conhece. Ela foi presa por assassinato, e gente não sabe o que ela é capaz de aprontar.

- Quê isso amor, você está desconfiando dela?

- Porquê não?

- Pois fique sabendo que eu gostei dela, e confio nela. Além do mais, a Martha a conhece. Dou de ombros

- E você acha que a Martha não foi cúmplice dela em alguma coisa que ela aprontou?

- Não! Chega Daniel, chega. Grito brava o encarando
- Agora você foi longe de mais, falando assim da Martha. Ela é a melhor pessoa que eu conheço em toda minha vida. Pego minhas coisas no sofá saindo dali frustrada

- Débora, espere! Corre em minha direcção.

- Me deixa Daniel! Falo nervosa e muito brava

- Meu amor me escute. Segura meu braço me fazendo o encarar

- Escutar o quê, voce falando mal da Martha?
Você me ofendeu sabia, se você ofende a Martha, toca comigo também. Digo rude o encarando

- Desculpa amor, eu não queria ofender ninguém. Eu só fiquei preocupado com você. Me encara nervoso segurando minhas mãos
- Eu não gosto de estar assim com você, eu te amo. Me perdoe!

- Eu também não gosto de brigar com você.
Eu te perdoou, você tem toda razão de ficar assim. Dou um beijo rápido nele, fazendo ele me carregar em seu colo até seu apartamento.

Tenho algumas peças de roupa guardadas aqui, para casos de imprevisto, como esse.

Depois da transa, fomos à sala juntos para assistir mais um filme. Grudamos um no outro com a tigela de pipocas em nosso colo

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