Capítulo treze - Não Sabia Disso

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Débora

- Hum. O chá está muito bom. Falo dando mais um gole

- Você gostou? Fala pegando sua xícara de chá direccionando a boca

- Sim, eu gostei. É chá de o quê? Indago curiosa

- É de camomila. Ajuda a melhorar a gripe

- Você tem muito conhecimento sobre as coisas naturais, não é?

- Pois é. Aprendi com minha tia.
Perdi minha mãe muito cedo, com apenas doze anos. Não conheci meu pai, ele abandonou minha mãe ainda grávida. Cresci apenas com minha mãe e minha tia que me ensinaram a ser o homem que sou hoje.

- Ah, sinto muito. Falo triste olhando pra seus olhos que estão me olhando também
- Você ainda lembra dela?

-Me lembro sim do seu rosto. Ela era uma mulher linda, carismática, atenciosa e amorosa. Eu não me esqueço do seu sorriso lindo e contagiante que me encantava todos os dias. Esse sorriso foi se diminuindo aos poucos quando ela adoeceu de repente. Os médicos diziam que não tinha cura e se mesmo operando, não adiantaria nada, tinha dias contados pra sair desse mundo. Ela tinha tumor no cérebro no estado avançado.
- Eu me lembro como se fosse ontem quando ela se foi em meus braços bem na minha frente.
Ela estava muito fraca, respirando por máquinas, o brilho dos seus olhos se diminuiam a cada dia que passava, mas nesse dia estavam mais apagados; a sua voz saía com dificuldades, mas nesse dia ela forçou em querer me dizer as suas últimas palavras. Diz ele com os olhos encharcados de lágrimas

Aproximo dele e dou um abraço bem demorado, fazendo com que ele se sinta acolhido por mim.

- Olha Daniel, eu estou aqui se você precisar da minha ajuda. Digo ainda com os nossos corpos entrelaçados.

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