Capítulo Cinquenta E Sete - Não Me Abandone

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Débora

Hoje acordei mais tranquila, mais leve, mais eu.
Estou numa fase da vida em que não posso me dar por vencida. Tenho que enfrentar essas barreiras e tomar um rumo em minha vida.

Uma semana se passou.
Ainda estou interrogada com o comportamento da Martha. Ela anda esquisita, às vezes muito alegre, feliz, eufórica; às vezes triste, aflita. Ultimamente ela me proporciona um carinho, amor, amizade enorme, mais do que sempre.

O que estranhei e ainda estou estranhando, é a conversa que ela me chamou pra ter, fora de casa. Ela marcou num lugar discreto, um edifício antigo . Ela faz questão que o Daniel também esteja lá, o que é bastante esquisito.
Mandei uma mensagem para o Daniel afirmando o encontro. Ele por sua vez, concordou sem delongas.
Não sei se vou conseguir olhar para o Daniel sabendo que estou escondendo a minha gravidez. Ainda não contei - lhe nada. Não tenho pisado na empresa, nem na casa da Leonor faz uma semana desde que descobri a gravidez.

A Martha sai primeiro de casa antes de mim, para que ninguém descubra. Como ela sugeriu.

Pego num táxi, indo ao encontro dela. À noite está linda, sendo iluminada pela lua e pelas belíssimas estrelas. Agora que tenho acompanhamento médico, os sintomas da gravidez diminuíram me deixando com boa disposição

Chego no local, encontrando tudo silencioso.

Será que a Martha ainda não chegou?!

Aprecio o lugar atenciosamente. É um edifício que me parece estar abandonado, sem iluminação, sem nada.

Escuto vozes vindo do interior do mesmo, de pessoas que parecem estar discutindo. Não consigo ouvir direito o que falam.
Caminho até mais próximo do edifício.
Paro assustada depois de ver algo caindo de cima do prédio. Me parece um corpo de alguém
Fico nervosa com o que vi.
Me aproximo sem pensar duas vezes onde vou.
É um corpo de alguém!!

Do canto vejo um vulto saindo às pressas , com aspecto de uma pessoa com uma capa preta que cobria a cabeça até aos pés. Fico curiosa em querer seguir aquela pessoa, mas me preocupo mais com quem caiu do alto.

Corro apavorada em querer socorrer essa pessoa.

Meu Deus!
É a Martha!!
Não, não pode ser!!!

Ajoelho colocando-a no meu colo.

- Martha! Fala comigo, por favor. Digo desesperada encharcada de lágrimas em vê - lá machucada, com o corpo e o rosto sangrando.

No seu pescoço estava escorrendo sangue. Seu braço esquerdo estava deformado, virado em posição contrário do habitual. Suas pernas, uma com o fémur a espreita. Nem sei como descrever, só sei que ela está deformada, muito machucada

- -bo - ra querida! Gagueja fraca tossindo sangue da boca

- Não, não fale nada. Você vai ficar bem. Falo enquanto disco o número da ambulância no meu celular

- Me perdoe filha. Eu ficaria muito feliz se você me perdoasse! Se esforça em falar me encarando firme

- Eu te perdoo Martha, por tudo. Mas você vai ficar bem! Encaro-a de volta segurando seu rosto

- Me promete que você vai descobrir a verdade, que você vai ser feliz com o Daniel e com o seu bebé. Me emociono ainda mais em ouvi - lá falar

- Eu prometo! Mas você vai ficar bem. A ambulância vai chegar agora. Digo nervosa

- Esquece isso. Eu só quero que você saiba que eu te amo, minha flor. Uma lágrima escorre em seus olhos depois de ela pronunciar de vagarosamente essas palavras.

- Eu também te amo Martha! Fecha seus olhos sorrindo.
- Martha fala comigo, não me deixe. Não me abandone Martha. Entro em pânico depois de perceber que ela se foi
- Não, não vá Martha. Fica comigo! Grito chorando desesperada levantando o corpo da Martha, colocando contra o meu peito.

- Débora! O que houve aqui? Você está bem? O que aconteceu com a Martha? Diz o Daniel se aproximando preocupado

Não consigo responde - lo, de tanto desespero que me invade. Não consigo conter às lágrimas que escorrem no meu rosto, a dor que estou sentindo em vê - la assim me rói ainda mais.

- Vem Débora. Diz me afastando do corpo da Martha, permitindo que os homens da ambulância carreguem o seu corpo

- Não, não. Me solta! Me largue. Martha não. Me exalto inundada em vê -la ser colocada naquela ambulância

Daniel me abraça forte, fazendo-me sentir amparada em seus braços.





























































































😢😢😢 Gente!
Capítulo triste esse. A Martha se foi!!
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