Capítulo Cinquenta E Três - Vocês Estão De Brincadeira

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Daniel

Observo a Débora saindo correndo da sala furiosa. Não consigo encarar a verdade

- Vocês só podem estar de brincadeira.
Você não pode ser meu pai!? Falo me sentando numa das poltronas, com lágrimas escorrendo meu rosto

- Eu lamento informar, meu sobrinho. Ele é o seu pai. A sua mãe sempre foi sincera, diferente desse homem aí. Fala aflita se aproximando de mim

- Eu não sabia, Daniel. Levanta o George de sua cadeira vindo em minha direcção

- Não adianta mentir George. A Ellen estava todo momento mandando cartas para você, e você nem uma respondia. Agora não adianta se fazer de coitado. Tia Ísis encara o George furiosa

- Daniel, eu também estou surpreso, como você e a Débora. Eu nem sei o que dizer, eu... Gagueja atrapalhado

- Você não sabe o que dizer. Se você tivesse assumido seus actos nada disso estaria acontecendo. E agora, a mulher da minha vida é a minha irmã!! Grito bravo me levantando da poltrona para o encarar firme

- Eu sei. Mas não podemos confirmar nada sem ter certeza.

- Você ainda dúvida!? Não tem vergonha na cara não, depois de tantas promessas e juras de amor que você disse pra ela, ainda acha que ela ia te trair. A minha irmã sempre foi fiel, ela te amava como nunca.

- Eu sei. Será que eu posso falar com a Ellen? Ela está aqui na capital? Nos encara o George aflito

- A minha mãe não está mais entre nós. Digo triste enxugando as lágrimas

- O quê? Como assim...

- É isso que o Daniel disse. A Ellen morreu a 15 anos atrás. Meus olhos jorram lágrimas depois de ouvir minha tia pronunciar essas palavras

- Quer saber, eu estou muito bem sem o senhor, não preciso de você! O encaro firme e aborrecido

Saio daquela sala furioso deixando os dois a sós. Me deparo com um monte de funcionários deste departamento amontoados na porta do escritório.

Eles disfarçam - se ao me ver sair, mas os murmúrios são ainda maiores. Com certeza eles devem estar aqui por terem ouvido a nossa gritaria.

Não consigo acreditar que um dos maiores empresários deste país e do mundo, George Wendell, é meu pai.
Ele é o homem que fez minha mãe sofrer tantos anos.

Eu que pensei que ele fosse um homem sucedido, admirável, bondoso. Afinal, ele não passa de um egoísta, interesseiro, cafajeste, que é capaz de abandonar tudo por conta de dinheiro.

Me sinto um idiota em defender e acreditar na imagem dele. Agora eu sinto raiva, rancor, ódio, e mais coisas que eu nem sei explicar.

Ainda não consigo entender, o porquê dele continuar negando a recepção das cartas da minha mãe; meter na minha cabeça que a Débora é minha irmã. Porquê tinha que ser ela, justo ela, a minha noiva, a mulher da minha vida

Como será que a Débora está?
O que vai ser das nossas vidas!?

Pego meu carro, metendo o pé na estrada. Dirigo em direcção ao lugar onde me comunico com a minha mãe. Ela me ajuda a compreender a vida, me ampara, me aconchega e me dá forças para continuar em frente.

Passaram 15 anos após o seu desaparecimento físico, mas na minha vida nem um dia passou. Ela sempre estará presente no meu coração.

Navego pelo vento e pelo som das ondas do mar. Me entrego ao silêncio do dia, sentindo minha alma relaxada.
































































Incríveis
O nosso Danébora está destruído 😭😭
E agora?! O que será desse casal amável
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