Capítulo Setenta E Três - Ah, Como Dói!

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Leonor

- Débora me escute! Digo fraca por conta do choro seguindo ela que descia voando das escadas

- Deixa ela ir, ela precisa de um momento com ela mesma. Fala o Reges se aproximando de mim

- Agora você vai explicar direitinho o que vocês acabaram de falar. George diz bravo encarando a Meredith

- Explicar o quê? O que você quer que eu explique!? Que eu roubei o bebé?
Eu roubei sim, e daí? Encara o George fervendo de fúria

- Você ainda pergunta? Não sabe o tamanho da gravidade que isso implica. Você pode ser presa!

- Ah, não me faça rir. Gargalha irónica
- Vocês não tem provas. Não vai adiantar nada, será vossa palavra contra minha.

- Eu vou embora. Não quero mais ouvir sua voz Meredith.
Mas isso não vai ficar assim, você vai pagar pelos seus actos. Encaro-a enxugando minhas lágrimas.
Solta ela uma longa gargalhada falsa

- Não me faça explodir de rir. Continua sua gargalhada
- Só porque você pagou os seus, pensa que eu vou fazer o mesmo?!

- Eu já disse que não matei meu marido. E não duvido que tenha sido você a fazer isso para me incriminar, e me tirar do seu caminho.
Você é uma louca, invejosa, estúpida que fica prendendo o George em seus pés, e decidindo tudo na vida dele.
Encaro ela com frieza, saindo furiosa pisando duro o chão

- Quer que eu te acompanhe pra casa? Indaga o Reges me encarando

- Não, obrigada.
Você já me ajudou muito, você e a Martha. Nem sei como vos agradecer. O encaro receosa

- Quê isso. Nós também nos apegamos muito pela Débora, e esse era o mínimo que eu podia fazer, já que a Martha vivia ameaçada para fazer isso.

- E você não era ameaçado por ela?

- Não, a Meredith nem fazia ideia que eu sabia de tudo

Caminho pelos arredores do condomínio em direção à saída do mesmo.
Não vou me dirigir agora à casa da Débora. Ela deve estar confusa e precisando reflectir.

Não queria que a verdade aparece nessas circunstâncias, foi longe demais.
Queria que tivesse acontecido antes, antes do relacionamento da Débora com o Daniel, antes de tudo.

Queria presenciar cada momento, cada passo que minha filha deu e continua dando em sua vida.
Também, a Meredith vivia ameaçando a Martha, e eu presa não podia fazer nada.

Será que a Débora vai me perdoar
Por tanto tempo que eu permaneci calada
Não sei!!

Ah
Como dói!
Como dói, ver sua filha crescer através de fotos, vídeos, desenhos que a Martha sempre me mostrava no presídio;
Como dói, não poder estar perto dela, acarinhar, acompanhar a sua fase da adolescência, sua vida amorosa e sexual ;
C

omo dói, não poder ajuda - lá a tomar decisões;
Como dói não poder lhe ouvir falar do seu primeiro namoro ;
Dói muito...

Eu acompanhei seu crescimento de maneira diferente, atrás das grades.

Nunca vou esquecer do seu primeiro aniversário, seu primeiro desenho, seu primeiro sorriso. A Martha sempre fazia questão de fotografar, filmar tudo que acontecia com a Débora pra me mostrar.

Senti uma dor enorme em saber que a Martha partiu deste mundo.
Ela foi a única pessoa que acreditou e me ajudou muito. Se não fosse por ela, eu nem sei o que seria da Débora e de mim.

Não duvido que tenha sido a Meredith que empurrou a Martha do alto para baixo daquele prédio em construção. Mesmo o assassinato do meu marido, foi ela quem fez.

A Meredith sempre teve inveja de mim, do meu marido, minha família, minha felicidade.
Nós crescemos juntas, no mesmo bairro, frequentamos a mesma escola
Em todas as instituições que nós íamos juntas eu era a mais preferida, mais amada, eu era mais amigável, também, com o meu sorriso alegre e contagiante que eu trazia me tornava a pessoa mais próxima de todos.
















































































Olá amores 💜💜💜
Não esqueçam do nosso combinado 😀😀
😘😘😙

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