Capítulo Quarenta E Dois - Eu Tenho Orgulho Dela

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Débora

- Seja bem vindo Daniel. Sorrio empolgada dando um rápido selinho em seus lábios
- Vem, vamos entrar. Todo mundo está a sua espera e ansioso pra te conhecer.

Entro com ele na mansão e vamos diretamente a cozinha. Eu quero que ele conheça a Martha primeiro, de seguida irá conhecer o resto do pessoal da casa.

- Daniel, essa é a Martha. É ela que eu queria que você conhecesse especialmente.

- Prazer Daniel. Diz a Martha sorrindo

- Prazer é todo meu senhora, em conhecer a pessoa que a Débora tanto fala. Sorri ainda com a mão entrelaçadas com a dela.

- Esse é o Reges, o motorista da casa; ao lado a Petra, a governanta ; a Cindy, faxineira ; e por último o jardineiro, Theo.

Vamos pra sala, os meus pais devem estar nos esperando. Chegamos lá, encontrando apenas o meu pai sentado num dos sofás da sala de visitas. Ele nos saúda alegre, feliz, diferente. Confesso que nunca o vi assim

Será por causa do Daniel!

Não sei, só sei que a minha mãe não está aqui. O meu receio é de ela fazer algum escândalo. De certeza que ela não gosta do Daniel, ela gosta sim do Rubens e queria que estivesse namorando com ele.

Ficamos sentados na sala por um tempo trocando conversas, risadas, falando da nossa vida e nos conhecendo melhor.
Ainda bem que minha mãe não cá está, porque se estivesse, nada disso teria acontecido.

- Boa noite gente, boa noite rapaz. Diz descendo às escadas com um sorriso que acendia seu rosto

- Boa noite senhora. Meu nome é Daniel, prazer em conhecê-la. Fala sorrindo estendendo sua mão

- Vamos pra mesa. O jantar está servido. Diz minha mãe se afastando da gente com a cabeça erguida e os olhos empinados ignorando completamente o Daniel

Seguro a mão do Daniel, o encarando com um sorriso acolhedor. Nos dirigimos a sala de refeições 2, a mais pequena e mais usada.

- O que o seu pai faz da vida? Indaga minha mãe o encarando

- Eu não sei. Fala o Daniel com o talher em direção a sua boca

- Ham. Não vai me dizer que ele não tem uma profissão fixa e é traficante de drogas. Arregala os olhos curiosa

- Não senhora. Eu não sei porque eu não conheço o meu pai, desde que eu era pequeno até agora.

- Ah, só podia. Família de gente pobre e brega! Murmura, mas mesmo assim as palavras chegam em nossos ouvidos

- E a sua mãe? Vai me dizer que ela tem um monte de filhos, cada um com pais diferentes e outros sem noção dos pais. Aliás, deve andar por aí vendendo empanadas nos mercadinhos da vossa cidade. Diz com uma gargalhada colocando a taça na boca

O silêncio toma conta da sala e os olhares vagueiam por volta da mesa. Vejo que o Daniel está com rosto abatido com os olhos infiltrados na mesa. Ele deve estar bem triste com a mente cheia de lembranças de sua mãe.

- Senhora Meredith, eu não gostaria de falar disso. Fala baixo ainda encarando a mesa.

- Tudo bem, vamos falar de outra coisa. Diz meu pai me encarando com um torto sorriso

- Porquê, está com vergonha da sua história, da sua realidade, da sua Família? Só porque você está nas empresas mais famosas do país, namorando com a filha do dono, não implica que você ainda seja um pobre, com vergonha da mãe. Diz enfrentando o Daniel

- Escute aqui senhora, eu não tenho vergonha da minha mãe, muito pelo contrário, eu tenho orgulho dela, da coragem, de todas as lágrimas que ela derramou para me ver feliz.
E se você quer saber, eu tenho ainda mais orgulho da força que ela teve para manter o seu sorriso mesmo diante da dor, do último suspiro que ela deu antes de estar onde ela está agora, no céu. Diz revoltado e muito irritado
- Pra mim já deu. Sai frustrado da mesa apressadamente

- Daniel, espera. Falo correndo atrás dele, mas mesmo assim ele continua voando sem virar pra trás me ignorando com sucesso




















































































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