Capítulo Vinte - Preciso Falar Com Você

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Débora

Estou tão feliz. Pela primeira vez falei com meu pai e me senti muito bem. Há tantos anos que isso não acontecia, mas hoje aconteceu.
Preciso contar tudo pra a Luara e a Martha, devem estar me esperando na cozinha.

Chego na cozinha encontrando Martha fazendo seus deveres.

- Martha, onde está a Luara? Chamo sua atenção

- A sua mãe chegou aqui e expulsou a Luara. Fala sem ânimo

- Ela não deveria ter feito isso! A Luara é minha amiga e ela não tem o direito de decidir com quem eu devo andar. Digo furiosa
- Vou falar com ela, deve estar arrasada pelo tratamento da mamãe com ela. Digo saindo da cozinha

Pego minha bolsa, prendo meu cabelo e saio sem que o motorista perceba.

A casa da Luara é bem perto do condomínio em que vivo, portanto nem precisei de um táxi, apenas caminhei.

Chego em casa da Luara onde sou bem recebida com sua mãe e sua avó.
Peço desculpas pelo comportamento de minha mãe e como sempre ela me entende.

Fico mais um pouco falando da conversa que tive com meu pai e dos próximos planos.
Me despeço da sua avó. A sua mãe está dormindo, eu não quero incomoda-lá. Ela é médica e está trabalhando em turnos.

Desço do apartamento junto da Luara que me acompanha pela estrada, mas depois ela regressa. Sigo a viagem sozinha. Pego no meu celular, conecto os meus fones de ouvido, coloco This Is What You Came For - Rihanna e Calvin Harris.

Caminho sem direcção exata me deixando levar pela onda da música. Sinto alguém me tocando e me viro assustada.

- Que susto você me deu, Daniel! Falo ao vê-lo tirando os fones dos meus ouvidos

- Desculpa, eu não queria te assustar. Diz sorrindo de lado
- Mas que bom que eu te encontrei, eu preciso falar com você. Fala num tom sério

- Eu também preciso falar com você, mas fala você primeiro. Encaro ele

- Quê isso, primeiro as damas. Diz soltando um sorriso leve

- Está bem, eu falo. Retribuo o sorriso
- Lembra que você me falou que não queria trabalhar como professor numa faculdade, mas sim exercendo seu papel de gestor em uma empresa?

- Sim, me lembro porquê? Indaga curioso

- É que meu pai, está precisando de alguém que o ajude a gerir bem a empresa. E eu sugeri você!

- Sério Débora, você fez isso? Indaga surpreso com as sobrancelhas erguidas

- Sim. Amanhã mesmo ele quer te fazer uma entrevista. Digo alegre

- Ahh, que bom. Diz me abraçando forte que até tira meus pés do chão me fazendo flutuar de tão feliz que ele está.
- Obrigado. Eu agradeço muito. Fala separando nossos corpos.

- Não precisa me agradecer. Você também me ajudou muito no momento em que eu mais precisei de ajuda. Digo segurando sua mão e encarando-o

- Pois é! Diz cruzando seus olhos nos meus.

- Então, até amanhã. Digo nervosa por conta do seu olhar que me deixa arrepiada e me afasto dele

- Até amanhã! Diz ele sorrindo

Sigo meu caminho andando feito uma boba apaixonada sem me importar com quem estou cruzando.



































































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