Minha Vida Em Horizonte

Capítulo Oitenta E Três - Vou Acabar Com Aquela Mulher!

Débora

- Mas porquê ela faria isso!? Indago espantada entrando no quarto do hotel, junto com o Daniel

- A única pessoa com motivos de te trancar no banheiro é ela! Daniel diz nervoso fechando a porta do nosso quarto

- Eu não entendo essa Jessy. Ahh. Suspiro aflita me sentando na cama

- Meu amor, você não tem que se preocupar com isso.
Ela não vai estragar nem atrapalhar nosso momento... Me segura pelos ombros, me encarando firme

- Mas ela já está atrapalhando. Eu fiquei em pânico forçando aquela maçaneta, principalmente porque aquele banheiro não é muito frequentado e eu gritava e ninguém me ouvia. Falo atrapalhada lacrimejando

- Esquece isso, finge que nada aconteceu. Estou aqui tá! Me abraça forte

- Esquecer? Eu não vou conseguir esquecer.
Essa mulher não presta. Se ela conseguiu me trancar num simples banheiro, ela conseguirá fazer outras coisas, piores que essa. Digo separando nossos corpos
- Ah, eu vou acabar com aquela vadia!!
Me levanto furiosa da cama em direção à saída sentindo raiva me roendo por dentro

- Controle - se Débora. Partir para a violência não vai adiantar nada. Me pára após me segurar pelo braço
- Calma amor, respire, relaxe, resfrie a cabeça, tá. Diz encarando meu rosto

- É difícil Daniel. Porquê as pessoas não querem nos ver felizes, porquê? Digo com lágrimas transbordando

- É assim que é a vida. Nem todo mundo nos quer o bem.
Nem todo mundo fica feliz com a nossa felicidade.
Mas você sabe que o nosso amor é mais forte que tudo.

- Pois é. Juntos nós vamos enfrentar tudo.

Não pensava que até na lua de mel teria alguém nos atrapalhando.
Essa Jessy é louca mesmo. Ela é da aquelas mulheres que faz de tudo para conseguir o que quer.

Tomo um banho bem gostoso e relaxante com o Daniel na suite linda desse hotel.
Depois disso nos embrulhamos na cama macia, desfrutando do aconchego maravilhoso e cheiroso do meu marido.

- Bem vindos de volta!
Luara diz sorridente se aproximando da gente

- Obrigada amiga. Abraço ela alegre, de seguida abraçando minha mãe, tia Ísis, que estão aqui no apartamento nos esperando

- Que bom que vocês estão de volta. Tia Ísis diz nos encarando
Deixa eu preparar qualquer coisa que vocês devem estar com fome. Sorrimos

- E a gente está mesmo tia. Daniel fala firme

- Pois é. Também, quem não resiste aos seus pratos. Gargalhamos

Eu adorei estar em Sri Lanka e nas ilhas Maldivas.
Amei visitar a exótica e tropical ilha do Sri Lanka, com suas cidades místicas antigas, e as fascinantes areias brancas e águas azuis das ilhas Maldivas, um verdadeiro paraíso. Foi um dos momentos inesquecíveis da minha vida.

- É muito estranho essa Jessy aparecer pra vocês, dizendo que já sabia que falam a mesma língua, querendo ficar próxima de vocês, assim do nada. Diz a Luara sentando no sofá ao meu lado

- É, eu também achei. Depois do que ela armou para mim, fiquei sem nenhuma dúvida. Encaro a Luara pensativa

- Vamos deixar isso.
Me conta coisas boas ... Como foi lá em Sri Lanka? E nas ilhas Maldivas?! Indaga com uma empolgação que me contagia

A Luara ficou a tarde inteira aqui no apartamento. Conversei muito com ela, como sempre. Uma vez que ela trabalha com o Daniel na empresa, foi mais fácil dar todo relatório do que ficou acontecendo na sua ausência.

Eles trabalhavam enquanto eu e a minha mãe arrumávamos minhas e as roupas do Daniel no nosso closet, e a tia Ísis preparava o jantar, que foi degustado maravilhosamente em família

- Débora filha, desculpa eu não queria te incomodar... Eu queria compartilhar com você algo que está me incomodando. Fala minha mãe entrando no meu quarto

- Pode falar mãe. Digo preocupada encarando ela

- Não queria te preocupar, mas tem a ver com a Martha. Senta na cama onde eu me encontro já sentada
- Eu prometi que não ia te esconder mais nada, e eu não vou mais fazer isso. Me encara nervosa

- Fala logo mãe. Está me deixando preocupada. Digo aflita

- Está bem, está bem... Respira fundo, enquanto eu a encaro ansiosa
- É o seguinte, eu já sei quem matou a Martha. Eu descobri a pessoa que atirou ela daquele alto prédio.

- O quê? Como assim...

- Foi a Meredith que empurrou a Martha naquele trágico dia.
Foi a Meredith que ficava ameaçando e discutindo com a Martha até no próprio dia do incidente.

- Não, não... Não é possível!
A Meredith foi longe demais. Mas como você descobriu isso?

- Foi o Reges quem me contou. Depois que a Martha saiu naquela noite, de seguida você, a Meredith também saiu. Só que tempo depois, ele viu a Meredith entrando apavorada na casa, se esquivando para que ninguém a veja. Ele achou estranho por vê - lá assim e por perceber que você e a Martha estavam demorando voltar.
Depois do acontecido, do funeral, o Reges inconformado e destruído com a Martha da sua amada, com motivos para suspeitar da Meredith, deu uma revirada nas coisas dela encontrando uma capa preta enorme bem suspeita, e uma caixinha de papéis que até agora estão com ele.

- Eu tou surpresa, entediada, nem sei o que dizer... Gaguejo atrapalhada

- Ah, e não só, o Reges me falou também que dentro daquela caixinha tinha muitas cartas em nome de Ellen para George. Com certeza eram da mãe do Daniel para o seu pai, e claro, não chegaram na mão do George porque a Meredith não permitia.

- Como ela pôde fazer isso. Ela é uma bandida, assassina... Tem que ser presa de imediato. Grito alterada me levantando da cama

- Calma filha, nós vamos resolver isso, ela vai pagar por tudo que fez. Eu mesma vou faze - lá pagar. Deixe comigo. Me encara séria e decidida

A Meredith matou a Martha!
Eu não estou acreditando...
A mulher que eu pensava que fosse minha mãe, tirou a vida da mulher que foi minha mãe de verdade!!

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