Capítulo dez - Não, Obrigada

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Débora

O caminho pra casa da Luara foi diferente, recusei ir com o Reges, e ele nem insistiu.

Os estudos foram óptimos, deu pra perceber a matéria e até me interessar por ela.

Demos uma pausa pra relaxar. A dona Dália ( avó da Luara) preparou um lanche pra gente: biscoitos, suco de melancia que eu adoro, sanduíches, enfim monte de coisas deliciosas.

Falamos de coisas muito agradáveis com a dona Dália, ela é tão agradável e sempre está de bom humor.
Admiro tanto a família da Luara.

A sua mãe, Amanda , é uma médica jovem linda, teve a Luara muito cedo, ela é tão amorosa com a mãe, com a filha e até mesmo comigo; a dona Dália é uma professora de uma creche, perdeu o marido ( pai da Amanda), ajudou a criar a Luara sozinha com sua filha e até agora vivem as três sozinhas. Mas se amam tanto e cada uma entende o lado da outra.

Quem me dera ter uma família como da Luara!

- Bom, eu estou adorando estar aqui com vocês, mas tenho que ir, antes que minha mãe cuspa de novo aquelas palavras dolorosas pra cima de mim. Sorrio tranquila

- Está bem querida, volte sempre. Essa casa está sempre de portas abertas pra você, . Dona Dália fala segurando minha mão.

- Pois é, você é de casa amiga. Fala a Luara vindo em minha direcção me apoiando em seus braços.

É incrível como elas gostam de mim e eu delas. Os meus pais, nem um simples abraço de boa noite me dão.

- Obrigada gente, vos amo ! Falo retribuindo o abraço.

Saio de casa da Luara, caminhando até uma loja onde irei comprar meus materiais pra desenvolver minha arte. Não importa o que meus pais vão falar o que importa é fazer o que acho melhor pra minha vida.

Entro na loja bem simples, não sou de gastar muito dinheiro, levo tudo o que preciso, desde tintas até pincéis. Vejo alguém de costas pra mim, que reconheço imediatamente

Daniel!

Ele vira me encarando
- Débora, tudo bem? Indaga ele sorrindo

- Tudo bem, e você? Respondo toda nervosa

- Também estou bem. Desculpa perguntar, mas o que faz aqui? Pergunta ainda com o mesmo sorriso

- Eu vim comprar materiais de pintura.

- Wau!
- Você é pintora? Indaga ele surpreendido

- Sou sim.
Mas ainda não sou reconhecida.

- Eu gosto e aprecio muito a arte. Fala ele

- Ah, se quiser eu posso te mostrar os meus quadros. Falo animada

- Você quer me mostrar seus quadros? Indaga ele um pouco admirado

- Sim, mas se você não quiser ver não tem problema. Falo sem ânimo

- Claro que quero ver. Verei num dia desses

- Está bem. Falo triste com sua resposta.
- Eu tenho que ir.

- Você não quer ajuda com as sacolas? Indaga ele

- Não, obrigada. Digo com um tom frio

Saio da loja imediatamente, pegando um táxi para me distanciar ainda mais dele.


































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