Capítulo Setenta E Cinco - Está Com Deus.

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Débora

Escutando a Leonor falando me dá uma pena enorme dela, de tanta coisa que ela passou.

Desde o dia que eu a vi na academia, senti algo no meu peito, como se tivesse me marcando de alguma coisa. Naquele dia não entendi nada, mas agora tudo está explícito. Eu estava próxima da minha mãe sem saber.

Por isso que eu e ela nos dávamos sempre bem, eu acreditava e confiava nela, ela também.

- Eu sei que foi tarde de mais para que essa notícia aparecesse, mas Débora eu sempre te amei, desde o dia que eu te vi pela primeira vez na prisão, na academia... E eu ficava muito feliz em saber que você se sentia muito bem ao meu lado.

- Não foi tarde, mas também não foi cedo. Sorrio me aproximando dela
- Você não tem culpa, a Martha também. A única culpada de tudo é aquela bruxa esnobável da Meredith. Pára de chorar. Você já chorou muito nessa vida. Falo com as mãos no seu rosto que enxugavam suas lágrimas

- Agora você vai sorrir, porque eu compreendo você, e quero começar uma nova vida ao seu lado

- Sério filha. Me encara espantada como se nunca iria ouvir aquelas palavras da minha boca

- Sim, eu te perdoou. Nos abraçamos forte
- Eu te perdoou mãe. Sussurro ainda entrelaçada a ela

- Você não sabe o quanto eu esperei ouvir isso de você. Choraminga me encarando

- Você vai ouvir isso para sempre, mãe. Você é minha mãe, eu sinto isso. Sorrio a encarando
Além do mais, você demonstrou e demonstra o seu amor por mim diferente da Meredith que sempre me humilhou, me machucou... Fala tristonha

- Eu sei filha... Eu sei. Mas acabou, passou. Me abraça novamente

- Desculpa atrapalhar o vosso momento.

- Quê isso amor, você nunca atrapalha. Interrompo - o segurando ele

- Eu quero te pedir desculpas dona Leonor! Eu implicava muito com a senhora, via como uma má influência para Débora, não gostava da sua presença.
Mas eu me enganei, e vejo que a senhora não é nada do que eu pensava, e mais uma vez a Débora está certa. Diz sorrindo encarando a Leonor

- Faz anos e anos que eu não me sinto tão feliz. Sorri emocionada

- Pois fique sabendo que daqui para frente você vai se sentir assim. Falo

- Também, com a alegria contagiante que a Débora como a senhora tem, não há quem fique triste. Sorrimos

- Eu quero que aquela alegria que sempre trazia há anos atrás exploda e brilhe no seu rosto, deixando assim de estar apagada.

Conversamos com a minha mãe sobre muita coisa, da sua vida no passado, seu marido meu pai, sua vida artística, tudo que a gente não sabia.

Realmente, ela não matou meu pai. Eu não duvidava disso, mas o Daniel sim.
Depois dessa explicação, acho que o Daniel vai acreditar nela.

Ela me mostrou as únicas fotos que tinha de mim quando criança. A emoção tomou conta de nós naquele momento. Minha mãe me viu crescer atrás das grades.

Hoje, vou visitar a Martha. Preciso me expressar, falar com ela.

- Vamos, meu amor! Daniel diz do lado da sala

- Estou vindo. Falo alto organizando minha bolsa

- Tem certeza que não quer ir com a gente, mãe. Encaro-a

- Sim, podem ir. É um momento só vosso com ela, e eu não quero atrapalhar.
Vou num outro dia.

- Está bem. Então até já! Digo alegre saindo da porta agarrada pelo Daniel

Depois dos meses que se passaram sem a Martha por perto, me confirmei e tomei minha vida como ela sempre queria que eu fizesse. Ela não ficaria feliz em me ver dia e noite chorando e lamentando sua morte.

Pois ela me acompanha a cada dia que passa, eu sinto a presença dela na minha vida.

O cemitério é grande e vasto, e hoje há um funeral por aqui que me faz lembrar o da Martha. Não consigo conter as lágrimas que já escorriam.
O Daniel me consola, me fazendo ficar calma.

Nos dirigimos à campa onde o corpo da Martha descansa, depositando as flores preferidas dela.

- Eu já entendi Martha, eu descobri a verdade que você queria que eu descobrisse.
Eu cumpri o que prometi, e agora eu vou ser feliz.
- Eu ficaria ainda mais feliz se você estivesse por perto. Mas tudo bem, eu sei que você está com Deus, em paz. Enxugo as lágrimas colocando a última flor

Daniel me abraça depois de colocar também a flor que sobrava em suas mãos

- Vai ficar tudo bem, meu amor. A Martha e a minha mãe não nos abandonaram. Elas estão sempre por perto de nós. Me encara o Daniel, e voltamos a nos abraçar

É tão bom me sentir acolhida, compreendida, principalmente quando é com quem amamos.



















































































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