Capítulo Setenta E Dois - Eu Ia Te Contar...

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Débora

- Eu não faço ideia do que vocês estão falando!

- Ah, por favor Meredith
Não adianta mentir mais.
Você é uma mulher imprestável, ter a coragem de levar o bebé da mulher que você julgava sua amiga e entrega - lá seu morto ; comprar enfermeiros, ameaçar médicos e depois matar, e agora matar a Martha?!

- Pára de me acusar seu motorista idiota, eu não fiz nada disso que você está dizendo. Não acreditem em nada, ele está mentindo. Nos encara ainda mais nervosa
- É a sua palavra contra a minha! Encara o Reges convencida

- Com licença, desculpa atrapalhar. Mas tem uma mulher aflita aqui querendo falar com a Débora. Diz a Cindy depois de permitir a entrada da Leonor no quarto.

Observo ela entrar nervosa e vêm correndo me abraçar.
Não consigo reagir, apenas deixando ela me entrelaçar preocupada.

- O que essa assassina está fazendo aqui?! Grita a Meredith

- Eu... Eu vim ver a Débora. Gagueja após ver que não estou sozinha no quarto

- Agora que você está aqui, eu quero que você fale a verdade!
Leonor, você é minha mãe?! Encaro ela

Vira seu rosto que já escorriam lágrimas desde que ela entrou aqui, para o Reges, como se estivesse a pedir autorização para falar. O Reges afirma acenando com a cabeça

- Sim. Sim Débora! Eu sou sua mãe.
Você é a filha que tiraram de mim e trocaram com uma sem vida. Explode me encarando com os olhos que reluziam lágrimas

- Como assim, eu não estou entendendo! Intervém meu pai parvo

- Trocaram os bebés naquela maternidade, no mesmo dia em que eu e a Meredith demos entrada lá

- Eu não sabia disso. Eu não sabia dessa troca, eu também fui vítima disso. Fala a Meredith toda inocente percebendo que está encurralada

- Pára de ser cínica! Foi você que fez as trocas.
A Martha era enfermeira naquela época, e ela presenciou tudo. Grita a Leonor.
Daniel se aproxima de mim, me consolando com seus músculos

- Isso está mais que claro. Admite logo Meredith que você me odeia, que sua filha nasceu sem vida por sua incompetência

- Chega de falar da minha filha. Ela nasceu sem vida sim, por sua culpa

- Minha culpa?! Você é que sempre me invejou, desde os tempos de escola. Você sempre queria tudo que era meu, até minha filha...

- Meredith, você fez isso?! Meu pai encara ela surpreso

- Eu... Eu, eu não fiz nada. Ela é uma louca.
Acredite em mim George!!

- Você sabe George, mas que ninguém que a Meredith era minha amiga, falsa amiga. Tudo que eu tinha ela queria. Ela queria minha família, minha casa, minha felicidade.
Quantas vezes ela tentou me derrubar hein, quantas?
E porquê ela não faria isso de novo, sabendo que eu estava inconsciente naquela cama de hospital.

- Chega! Parem de se confrontar, chega!
A maior vítima de tudo isso sou eu, eu. Grito as olhando firme
Porquê vocês não me contaram nada antes? Quando pretendiam me contar?!

- Débora, eu ia te contar... Só que eu não tinha oportunidade. Encaro ela e volto ao meu estado inicial

- Por favor Daniel, me tire daqui. Me levanto limpando as lágrimas o encarando

- Débora, espere! Acredite em mim. Fala a Leonor encharcada vindo em minha direcção

- Me deixe em paz! Grito e volto a caminhar apoiada do Daniel

Enquanto o Daniel se concentrava no volante, eu ficava apenas derramando lágrimas me concentrando no que acabara de ouvir.

- Débora, não fique assim! Diz o Daniel quebrando o silêncio que havia aqui no carro

- Eu não sei como ficar Daniel, eu não sei...

- Olha, Débora! É muito difícil, eu sei.
Você sabe que eu implicava muito com a Leonor, mas agora eu entendi o porquê de vocês se darem tão bem. Depois de hoje, ela me pareceu verdadeira e sincera diferente da Meredith.

- Pois é. Também, a Leonor já tinha me contado essa história, mas eu não imaginava que a tal filha seria eu.

- Se eu fosse você, eu conversava com ela do mesmo jeito que eu fiz com o meu pai.

- Você disse "meu pai"?! Encaro - o sorrindo

- Sim. Eu o perdoei. Não há motivos para ficar guardando mágoas e ficar cavando o passado. Nós temos que enterrar o passado e cultivar o futuro. Diz saindo do elevador junto comigo

- Você tem razão!

- Está com fome? Quer que eu prepare alguma coisa?! Fala se dirigindo a cozinha

- Não, não quero comer. Digo calma

- Nem as pizzas vai comer? Indaga posicionando - as na mesa

- Também não, tou sem vontade de comer. Sorrio torto

- Hum, mesmo assim vou preparar um chá que vai te deixar mais calma e relaxada. Sorri me encarando

- Vou aproveitar tomar um banho bem quente enquanto você prepara o chá. Digo me dirigindo ao quarto

Tomo o banho mais relaxante que já fiz na minha vida. Não imagino que hoje quase sofri um aborto.
Seria um caos se tivesse acontecido. Logo que nada nos impede de ficarmos juntos.

- O chá estava bom, e as toradas então, hum, uma delícia. Falo terminando o meu chá

- Eu sabia que você ia gostar! Nossos olhos cruzam e o silêncio toma conta da gente
- Bom, eu já vou. Vira - se pronto para se levantar

- Não. Fica! Seguro sua mão fazendo - o me encarar
Não vai, não me deixa. Eu não quero que você me deixa, não quero mais.
Eu preciso de você, do meu lado, na minha vida. Me abraça o Daniel

- Eu te amo Débora! Não quero te perder, não quero mais... Sussurra no meu ouvido ainda entrelaçado nos meus braços

- Eu também te amo! Sussurro também
Nossos corpos se afastam enquanto o Daniel enxugava minhas lágrimas.
Toca meus lábios num beijo intenso e muito apaixonante. Um beijo que nós os pensávamos que nunca mais dariámos.

Saudades de mergulhar em sua boca e mostrar o quanto eu o amo!!































































Amores da minha vida😊😊
Não esqueçam do voto!
💜💜

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