CAPÍTULO 1.27: A Iniciação do Soldado

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Aeroporto Internacional de Tom Jobim

Gael estava aguardando o voo na sala de espera porque o avião estava com atraso. Ele pegou o celular e estava desligado. Ele tinha esquecido de carregar a bateria e estava se amaldiçoando por isso. Até porque o Gael não vivia sem o seu celular. Praticamente ele usava para conversar com todos que ele conhecia. E quando ele não tinha o aparelho disponível se sentia incompleto e com um tédio descomunal. E também ele estava sentindo falta do Nicolas, e essa dor causava um incômodo em seu peito. Ele recordou do beijo que tinha dado nele, e sentiu uma vontade súbita de voltar para os seus braços. Mesmo sabendo das loucuras que ele estava envolvido. Gael sentiu uma vontade de ir ao banheiro, mas não sabia onde ficava. Ele perguntou a recepcionista e ela indicou o caminho. E com dificuldade ele conseguiu localizar e foi lavar o rosto. Ele retirou os seus óculos, e jogou um pouco de água nas bochechas, e nos olhos. Foi quando ele sentiu uma mão colocando um pano com um cheiro forte em seu rosto, e pressionando com força. Aquela química em suas narinas o fez desmaiar em questão de segundos. O desconhecido o pegou pelo braço sorrindo. Ele estava usando uma máscara de palhaço.

Linha Vermelha, próximo à Ponte do Saber.

Laura chegou até o local do acidente conforme indicou o Messias. O Sedan foi lançado ao ar e caiu com as suas rodas para cima. Ela desceu de uma van preta junto com os seus atiradores. Ela chegou próximo do carro pegando fogo e presenciou o Nicolas desacordado no chão todo machucado.

— Peguem ele, e o coloquem no carro. — Dois da sua equipe desceram e o carregaram até a van.

Ela tentou procurar o helicóptero, e ele estava completamente destruído boiando nas águas. Laura estava desconfiada como sempre. Analisando todo o local procurando evidências de sobreviventes, e não encontrou nenhum rastro. O telefone começou a tocar e ela atendeu.

— Cadê você?

— Eu estou aqui no aeroporto, mas eu não encontrei o garoto. — Dizia Messias comendo uma batata frita.

"Eu imaginei" ela pensou.

— Tudo bem, eu estou retornando a Chernobyl com o Nicolas.

— Ele não morreu? — Messias gritou de entusiasmo.

Laura iria questionar o Messias o porquê ele não foi acolher o Nicolas, mas ela pensou que iria começar um debate inútil no momento.

— Ainda não. Enfim, retorne a Chernobyl. Porque quando ele acordar e saber que o Gael foi sequestrado. — Ela estava retornando para a van. — Fará o caos onde quer que ele esteja.

— Tudo bem, eu e a Janete estamos retornando. — Messias desligou.

"Janete?" Ela pensou. "Esse velho é louco mesmo!" Ela sorriu imaginando ele beijando o lança míssil.

Empresa abandonada em Magé.
Rio de Janeiro.

Gael acordou aos poucos daquele sono induzido. Ele tentou se mexer, mas não conseguia. Os seus braços e as suas pernas estavam presos. Eram correntes que esticavam as suas mãos e os seus pés no ar. Em sua cabeça ele conseguiu sentir algo como um capuz, ou uma máscara. "Onde eu estou?" Ele pensou.

Ele tentou gritar, mas a sua boca estava presa a um respirador

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Ele tentou gritar, mas a sua boca estava presa a um respirador. Ele ouviu passos lentos de uma pessoa. Aquele local parecia um galpão abandonado. E tinha pouca iluminação e muita poeira e equipamentos velhos por todo canto. E atrás de uma máquina saiu um homem usando uma máscara de palhaço. Ele ficou parado de braços cruzados encarando Gael por alguns segundos. O celular do Pablo vibrou, e ele verificou no visor que era um SMS e em vez de números continham várias interrogações no remetente. Era o instrutor liberando mais uma instrução. O que Pablo leu o fez sorrir de entusiasmo. Gael estava pendurado no ar com os seus braços e pernas amarrados. Em sua cabeça tinha uma máscara de gás, mas sem filtros. E nela tinha um tubo que prendia em direção a sua boca. O cano estava levando a vários outros interligados que se conectavam a vários cilindros gigantes de gás tóxico. E em um deles continha uma máquina para colocar uma senha para que assim pudesse acionar o sistema para a liberação de um gás para os tubos. Ele tentou se soltar novamente e não conseguiu, e depois de tantas tentativas começou a chorar em desespero. Pablo se aproximou e sorriu, mas Gael não conseguiu reconhecer quem era aquele que estava usando a máscara.

— Finalmente nos encontramos Gael. — Pablo se aproximou mais um pouco levantando a cabeça para encará-lo, pois ele estava pendurado. — Bem-vindo ao Éden. — Ele disse lentamente.

 — Ele disse lentamente

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