CAPÍTULO 2.8: A Confiança

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Alguns Minutos Depois do Ataque.

Messias e Sarah estavam correndo desviando das árvores para poder chegar ao centro de Rio das Flores, porque o Messias tinha um plano de pegar um carro na oficina de seu amigo para então seguir viagem até o Cemitério de São Francisco Xavier, pois o Messias há muito tempo tinha escondido armamento pesado dentro de uma capela. Mas ao correrem sem parar algo despertou a atenção da Sarah. Messias deixou cair um papel no chão, e ela pediu para que ele parasse. Ele imediatamente parou de correr, e foi ver o que era. Sarah tinha pegado no chão não um papel, mas era uma fotografia de uma mulher que ela reconhecia.

— Você conhecia a Janete? — Ela perguntou analisando a fotografia.

— Sim, nós iríamos nos se casar. — Messias disse sorrindo. Mas depois ele começou a disfarçar olhando para o chão. Ele não queria demonstrar tristeza.

— Meus pêsames. — Sarah percebeu que ele estava tentando esconder a emoção.

— Tudo bem. E você como a conhece?

— O dia da explosão apareceu em todos os jornais na TV. Era impossível não ficar sabendo. — Ela entregou a fotografia ao Messias. — As autoridades estavam investigando a causa e concluíram que foi um vazamento de gás que causou a explosão. O motivo? Bem, todos disseram que foi negligência humana.

— É sempre assim. — Messias guardou a foto. — A verdade nunca é exposta facilmente. A não ser que você faça um esforço para tentar descobrir.

— Que verdade?

— Foi o Éden que causou a explosão. Eu estava na missão para recolher informações sigilosas a respeito de algumas pessoas que trabalhavam naquele hospital. — Ele fez uma pausa, e ficou observando as árvores. — Eu e o meu grupo tinha a missão de assassinar alguns indivíduos que trabalhavam naquele local até que eu conheci a Janete. E tudo dentro de mim mudou.

— Você está dizendo que iria matar pessoas inocentes?

— O Éden faz isso todos os dias.

Sarah pegou a sua arma, e mirou em direção ao Messias.

— Eu sei que você tentou salvar a minha vida, mas eu não posso compactuar com atitudes criminosas. Me desculpe, Messias. Mas eu devo aplicar a lei em você, e preciso encaminhá-lo para algum posto policial mais próximo.

Messias ficou de costas, e não realizou nenhuma ação por alguns segundos até que ele se virou sorrindo encarando a policial Sarah.

— Você acha mesmo que eu me importo? — Messias soltou uma gargalhada. — Sério?

— Não se atreva a realizar nenhum movimento, Messias. Com a sua atitude de ter me salvado eu posso conversar com os meus superiores para diminuir a sua pena.

— Policial. — Ele começou a se aproximar. — Eu sou o tipo de pessoa que não tem nada a perder. Você sabe o que uma pessoa pode fazer quando ela não tem nada a perder?

— O que?

— Ela faz qualquer coisa, porque não tem medo de morrer.

Sarah ficou em silêncio em dúvida se atirava ou não

— Se eu quisesse te matar, eu já teria feito isso. Você está sozinha apenas com uma pistola insignificante na minha fortaleza de armadilhas. — Ele sorriu. — E se você me matar agora, quem irá lhe ajudar? — Ele abriu os braços procurando alguém ao redor. — Tem dois grupos secretos atrás de você. O Éden e a Alcateia. Dois grupos que matam sem piedade. Dois grupos que estão entre nós há décadas. Você irá dizer o que para as autoridades? Que o seu filho foi sequestrado por um bando de homens mascarados que se escondem há anos dentro do governo?

Por mais que a Sarah não queria admitir, ela reconhecia a dificuldade em fazer todos acreditarem. Ela abaixou a arma, e o encarou seriamente.

— Eu espero que a minha confiança em você não seja quebrada.

Messias riu novamente em tom de deboche.

— Você está outra vez equivocada, senhorita policial. — Ele voltou a caminhar em direção ao centro. — Maldito seja o homem que confia em outro homem. Nunca se esqueça disso.

 Nunca se esqueça disso

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