CAPÍTULO 1.36: A Serpente

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Laura correu puxando uma 9mm apontando no coração do Bartholomeu. Ela deu dois disparos e ele caiu no chão segurando as espadas. Ela parou de imediato aproximando-se dele para observar se ele estava realmente morto. Nicolas percebeu algo estranho e quando pensou em gritar já era tarde. Bartholomeu abriu os olhos assustando a Laura. Ele rodopiou a espada na sua mão esquerda ferindo-a pela cintura fazendo ela cair de lado. O corte da espada foi tão profundo que o sangue começou a jorrar causando uma imensa dor. Nicolas correu até o seu pai que se preparava para dar um golpe final em Laura quando deu um impulso e chutou o ombro do Bartholomeu o fazendo cambalear. Bartholomeu estava usando um colete à prova de balas, e por isso continuava vivo. Nicolas não estava armado, e foi para cima do Bartholomeu mesmo assim. E atrás deles uma guerra acontecendo a todo o vapor. Os membros do Éden eram tão suicidas que eles não estavam preocupados em atacar em campo livre com os três helicópteros de guerra disparando com as suas metralhadoras. Eles conseguiram atingir tão brutalmente um SuperCobra o fazendo cair e explodir no meio do cemitério, e uma bola de fogo subiu. Nicolas esquivava dos ataques do Bartholomeu. Ele conseguiu golpeá-lo no tórax e um soco no rosto, mas foi atingindo duas vezes nos braços e na perna esquerda. Os cortes causavam uma dor intensa. As lâminas das espadas eram bastante afiadas, e Bartholomeu atacava sem piedade com intuito de querer matar. Os helicópteros pareciam vespas no céu atacando os homens mascarados. Dos sete só sobraram quatro, mas eles eram muito valentes. Quando o inesperado aconteceu. Pela estrada que dava acesso ao cemitério estavam chegando cinco vans pretas com sete homens em cima de motos todos mascarados. Das vans saíram 10 homens em cada uma deles desceram do carro atacando os SuperCobras. Eram reforços do Éden para atacar os helicópteros. Laura que estava no chão segurando o ferimento assistiu aqueles homens de preto se aglomerarem no campo livre do cemitério e começou a temer pelo pior. Todos eles apontando para cima e disparando com violência toda a munição que eles possuíam contra os helicópteros.

— Mas que merda! — Ela acionou o alerta a Chernobyl pelo relógio inteligente pedindo reforços.

De longe as balas iluminavam o céu que já estava escurecendo. O fogo do helicóptero que caiu iluminava todo o resto.

Nicolas caiu com mais um corte que o seu pai provocou e agora em seu rosto. Sagrando da cabeça aos pés, Nicolas se mantinha em pé lutando bravamente sozinho contra Bartholomeu.

— Desista, garoto! — Bartholomeu rodopiava as espadas. — Eu sou o instrutor, e não há como me deter.

— Você é um desgraçado! — Nicolas cuspiu sangue. — Parabéns, você conseguiu criar um monstro.

Nicolas começou a se aproximar do Bartholomeu fechando os punhos com toda a força.

— E a sua própria criação te levará a morte.

Ele correu girando o seu corpo para golpear o seu pai com a perna direita, mas foi surpreendido com a lâmina que cortou profundamente as suas costas. Nicolas caiu sentindo uma dor insuportável.

— A sua hora acabou. — Bartholomeu se aproximava do Nicolas que estava caído no chão se contorcendo. — E mesmo que você conseguisse me vencer, o Éden não acabaria por aqui. Um do seu grupo deverá me substituir. E em todo esse tempo você era o plano.

Nicolas tentou se levantar, mas voltou a cair no chão, pois a dor era imensa. No meio do campo os mascarados do Éden conseguiram fazer cair mais um helicóptero onde mais uma bola de fogo surgiu nas alturas. Um SuperCobra que ainda estava no ar lutava bravamente tentando eliminar o maior número daqueles psicopatas. Bartholomeu sorria com a cena e voltou a encarar Nicolas.

— Eu não deveria dizer, mas como você vai morrer de qualquer jeito. Existe uma máquina chamada: "O Cataclisma". A maior arma já criada pelo Éden. Será o avanço incrível contra tudo e todos. É tolice acreditar que o Éden é tão pequeno assim se resumindo apenas em você.

Bartholomeu estava de frente para Nicolas que não conseguia se levantar.

— Você ajudou muito me mostrando o verdadeiro. Me mostrando o único que será a minha continuação. — Bartholomeu levantou às espadas. — E agora você é um inútil. Eu tenho nojo de você.

Um assovio despertou a atenção do Bartholomeu. Ele procurou o que era e encontrou quem tinha feito aquele som. Um homem alguns metros longe estava sorrindo. Ele tinha um cabelo branco e uma barba grande. Ele estava segurando um Rifle.

— Não pode ser! — Bartholomeu estava perplexo com o que viu.

— É agora, Veronica. — Messias ajustava a pontaria. — Pegue a serpente.

Ele apertou o gatilho e a bala cortou o ar chegando na testa do Bartholomeu e atravessando o seu crânio. O instrutor caiu segurando as suas espadas e com os olhos abertos. De longe estava chegando mais SuperCobras para o combate em campo. Muitos mascarados já estavam mortos, mas existiam uma pequena parcela lutando até não sobrar mais munição. Laura tentou levantar segurando o ferimento. Ela nem tinha percebido o Messias, e nem o instrutor cair no chão morto.

— Se eu tentar lhe ajudar você não vai cortar a minha cabeça? — Messias sorria tentando ajudar Laura a se levantar.

Ela levou um susto e em seguida pulou em cima dele o abraçando tão forte que o fez ficar assustado. Uma atitude estranha vinda da tão durona Dama de Vermelho.

— Eu sabia que você iria arrumar um jeito. Seu louco.

— Laura, eu só quero saber de uma coisa. — Ele olhava para os lados procurando alguma coisa. — Onde está a Janete?

 — Onde está a Janete?

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