CAPÍTULO 2.17: Princesa Diana

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13 de Agosto de 1993, Rio de Janeiro.
Praia de Copacabana.

Laura estava aproveitando que Bartholomeu poderia estar fora de alcance por enquanto sem descobrir que o Messias ainda estava vivo, e se hospedou em um hotel perto da praia para conseguir conversar com ele.

— Eu preciso saber uma coisa. Uma mulher te procurou esses dias?

— Sim, foi por causa dela que eu estava naquela festa improvisada com aqueles mascarados que você matou.

— E quem era ela?

— Sarah Rusticher. A esposa do Bartholomeu.

— Eu sabia. — Laura ficou andando de um lado para o outro.

— Sabia o quê?

— Tudo sobre essa mulher desapareceu. Todas informações sobre ela foram retiradas em todos os sistemas do governo. Ela se tornou inexistente.

— Então, provavelmente ela foi dessa pra melhor pelo visto. — Messias expressou tristeza ao imaginar que ela poderia estar morta.

— Você sabe o que ela estava procurando?

— Sim. O filho dela que Bartholomeu sequestrou. E ainda tem mais. O grupo Alcateia estava também na cola dela. A mulher era azarada, coitada.

Laura ficou pensativa sobre tudo que estava ouvindo.

— Mas por que essa preocupação?

— Existe algo estranho acontecendo. — Laura começou a sussurrar. — Eu consegui invadir os sistemas do Éden e encontrei um arquivo secreto sobre planos para acontecer em 2017. Parece que após este ano tudo mudará.

— Mas como o Éden pode prever algo em um futuro tão distante?

— Eles não estão prevendo, Messias. Eles estão planejando. É um plano de longo prazo. E inclui muita coisa. Sabe O Terceiro Contato?

— Sim. Ninguém sabe ainda quem é.

— Eu descobri que tem um Quarto Contato. E esse contato o Éden não quer que ninguém saiba. Só duas pessoas sabem da existência desse indivíduo. O Instrutor, e o Bartholomeu.

— Isso é realmente estranho. — Messias concordou com o rosto entristecido.

Laura compreendia que a tristeza do amigo era algo mais profundo. Ela sabia da Janete, e também sabia que o Messias estava sofrendo por dentro.

— Bom, eu planejei tudo sobre a sua nova estadia. Porque eu vou precisar da sua ajuda se algo acontecer mesmo em 2017 ou antes disso. Portanto, eu elaborei todo o esquema para que o Éden nunca consiga te achar. Você ficará em um manicômio que fica aqui no Rio de Janeiro. E toma isso. — Ela ofereceu um psicotrópico. — Isso irá aliviar as suas dores internas. Provavelmente te deixará um pouco mais doido, mas isso lhe ajudará no disfarce. Eu preciso de você vivo.

Messias sorriu para Laura.

— Será que vamos nos ver outra vez em uma outra loucura? — Ele encarou a imensidão do mar.

— Eu sinto que sim, meu amigo. — Ela bateu nas costas dele sorrindo. — Eu sinto que sim.

20 de Agosto de 1993, Londres, Inglaterra.
Palácio de Kensington.

O mordomo da família real estava indo em direção ao quarto da Princesa Diana entregar um envelope. Ele bateu na porta, e ela permitiu que entrasse. Diana estava sentada na cama de cabeça baixa bastante pensativa sobre a sua separação com o príncipe Carlos, filho da Rainha Elizabeth II.

— Princesa, com licença. Mas deixaram essa correspondência para a vossa senhoria.

— Mas, você sabe quem foi, Ricardo? — Ela ficou curiosa por receber algo inesperado.

— Não. Foi o pequeno príncipe que me deu dizendo que deram a ele. — Ricardo mencionou o filho mais novo da princesa.

— Tudo bem. Muito obrigado. — Ela sorriu.

O mordomo se retirou fechando a porta do quarto. Ela tentou ver se tinha algum selo, mas não encontrou no envelope. Muito menos o remetente. Ela abriu e dentro tinha uma fita VHS com uma etiqueta escrito em inglês. "Você é o Terceiro Contato."

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