CAPÍTULO 1.34: A Verdade

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Em Chernobyl.

Nicolas decidiu deixar Gael na Chernobyl por questão de segurança. E por mais estranho que fosse, ele não gostou da ideia, pois ele queria ir junto com Nicolas.

— Eu vou voltar, eu prometo. — Nicolas abraçou forte o Gael.

— Tudo bem, eu só tenho medo de te perder. — Gael abaixou a cabeça.

Nicolas segurou o seu rosto e o beijou no rosto suavemente.

— Não se preocupe. — Nicolas sorria. — Você não vai me perder.

Gael estranhava sempre quando deparava-se com o sorriso do Nicolas. Ele nunca sorria, e sempre ficava com o rosto sério, e quando ele arriscava sorrir ficava bem estranho mesmo sendo um cara muito lindo.

— Eu te amo. — Gael encostou os seus lábios aos do Nicolas.

— Eu também te... — Nicolas tentou dizer, mas se engasgou. — Eu gosto de você. — Ele abraçou Gael novamente.

Laura estava avisando a sua equipe sobre a possível missão de emergência. Ela configurou o seu relógio inteligente para acionar o alarme em toda a Chernobyl caso precisasse de reforços. E todos os homens estavam cientes e preparados para uma próxima missão.

— Vamos, Nicolas! — Ela encarou o Gael sorrindo. — Desculpe. — Ela sussurrou.

— Não tem problema. — Gael largou o Nicolas se sentindo envergonhado.

— Eu volto para te buscar. — Nicolas prometeu.

— Tudo bem. Eu confio em você. — Gael consentiu.

Nicolas e a Laura foram para o térreo indo em direção ao estacionamento da Chernobyl e pegaram uma Ferrari F360 de cor amarela.

— Foi nessa belezinha aqui que eu estrangulei o meu ex-namorado. — Laura relatava o evento sorrindo colocando uma pá no porta malas e sentando no banco do motorista. — E eu admito que foi divertido.

Nicolas se acomodou no banco do passageiro ignorando o comentário. Laura pisou no acelerador e os dois foram em direção ao cemitério.

Em Jardim da Saudade de Paciência, ás 17:40.

O cemitério de Jardim da Saudade que ficava em Paciência no Rio de Janeiro era um lugar bastante calmo e relaxante devido a sua beleza. O local continha uma vegetação bem preservada e uma vista incrivelmente bela. A combinação desses elementos criavam uma atmosfera menos densa ajudando qualquer família a se sentir um pouco mais tranquila no ato de sepultar um ente querido. Nicolas e a Laura chegaram na lápide do Bartholomeu e com uma pá começaram a cavar a cova até chegar no caixão para encontrar o corpo dele. Nicolas sentiu a pá bater na madeira e com a ajuda da Laura retirou o caixão da terra. E como o cemitério estava fechado naquela hora, então foi fácil eles realizarem toda a ação sem serem percebidos ou interrompidos. O caixão estava trancado com cadeados.

— Mas, pra quê cadeados? — Nicolas ficou confuso, e mais ansioso para abrir o caixão e ver o corpo do seu pai.

— E vai saber o porquê, vamos abrir.

Laura pegou um machado e começou a quebrar os cadeados e parte da madeira do caixão também, mas ela conseguiu abrir. E os dois ficaram surpresos com o que viram.

— Cadê o corpo? — Nicolas ficou perplexo.

Na madeira do caixão estava escrito: "Eles tem que pagar" e mais nada. O caixão estava vazio.

— Isso não me soa bem. — Laura sentiu seu coração disparar devido a vários pensamentos que surgiram de repente em sua mente.

"Bartholomeu não pode está vivo, não pode!" Ela pensava tentando acreditar que ele estava realmente de fato morto. Bartholomeu na época do Antigo Éden era o soldado mais perverso entre todos. Assassinando até os membros de sua equipe. Ele era o mais próximo do Instrutor sempre transferindo as instruções para os novatos. E todos tinham medo dele inclusive a Laura.

— O que isso significa? — Nicolas tentou pensar na situação atual, mas algo tirou a atenção dele e da Laura. Eram passos, e de longe, mas conseguiram ouvir.

Eram sete homens mascarados que estavam se aproximando deles dois calmamente.

— Mas que droga! — Nicolas reclamou já segurando pela cintura o cabo da sua Colt 45.

— É o Éden. — Laura confirmou.

Eles dois ficaram parados no mesmo lugar deixando os homens se aproximarem. Laura e o Nicolas ficaram afastados uns cinco metros dos mascarados quando um deles o chamou atenção. Ele tinha uma máscara de caveira diferente dos outros que estavam com uma máscara branca sem boca e sem nariz apenas com furos nos olhos.

— Nicolas. — Laura sussurrou apreensiva.

— O quê?

— Aquele homem. — Ela encarava o que estava usando a máscara de caveira. — Ele é o instrutor.

Nicolas imediato sentiu a adrenalina correr nas veias. Finalmente o encontro entre ele e o Instrutor estava acontecendo. O instrutor nunca dava as caras nas ruas, e era impossível a sua identificação. Mas pelo visto Nicolas tinha uma chance única de acabar de uma vez com o chefe do Éden.

— Finalmente eu reencontrei vocês. — O homem com a máscara de caveira começou a falar dando dois passos à frente dos outros que permaneceram intactos.

Nicolas estava reconhecendo aquela voz que não soava muito estranho. Dessa vez a voz do Instrutor estava normal e não robótica como no telefone quando o ouviu pela primeira e última vez sobre uma instrução. Nicolas e a Laura não disseram uma só palavra e ficaram encarando os homens armados.

— Vocês vieram até aqui por causa da verdade. — O instrutor colocou as suas mãos sobre a máscara e começou a retirá-la. — E eu vos apresentarei o começo dela.

O instrutor retirou toda a máscara expondo a sua verdadeira face. Laura quando viu o rosto do Instrutor colocou as suas mãos para trás e acionou o alarme da Chernobyl pelo relógio inteligente sem ninguém perceber. O coração do Nicolas disparou reparando aqueles olhos castanhos, e aqueles cabelos grisalhos, e amaldiçoou intensamente a existência daquele homem.

— Pai? — Nicolas não queria acreditar no que estava vendo.

— Pai? — Nicolas não queria acreditar no que estava vendo

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