CAPÍTULO 1.32: Gás Venenoso

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— Cadê o Messias? — Nicolas chegou correndo no local de encontro com a Laura.

— Ele não voltou. — Ela informou de cabeça baixa.

— Como assim ele não... — O portão principal foi acionado a abertura fazendo um enorme barulho cortando a conversa entre o Nicolas e a Laura.

Diferente dos outros campos de experiência este continha realmente um aspecto de um galpão enorme abandonado. Laura suspeitou que aquilo poderia ser mais um teste. Os dois pegaram as suas armas e entraram naquele local misterioso. Eles só precisaram dar alguns passos quando viram a cena que assustou o Nicolas. Gael estava preso a alguns metros fora do chão com os seus braços e pernas presos a correntes. Em sua cabeça estava uma máscara de gás com um tubo que descia e se interligavam a outros semelhantes e se conectavam juntos a um cilindro enorme com um adesivo de caveira indicando perigo.

— Aquilo é VX. — Dizia Laura indicando o cilindro cheio de gás venenoso o mais mortal já encontrado pelo homem. Se uma pessoa saudável inalasse aquele gás, seja lá a quantidade que fosse, morreria em questão de segundos devido a uma parada cardíaca.

— 10 minutos e 45 segundos para a autodestruição. — Soou a voz robótica por toda a Esfinge.

Laura seguiu na frente do Nicolas quando ela acionou uma armadilha que fez um objeto de metal pesado chocar em seu ombro fazendo-a bater contra a parede. Ela desmaiou no momento que caiu no chão. Nicolas foi tentar socorrê-la quando presenciou o palhaço saindo por de trás de uma máquina com um machado tentando golpeá-lo, mas Nicolas se esquivou. Em seguida Pablo bateu com o cabo do machado na cabeça do Nicolas, e ele caiu no chão fazendo-o perder a sua Colt 45.

— E o seu pai ainda acreditava que você poderia comandar o Éden. — Pablo riu.

"Meu pai?" Nicolas pensou. Como Pablo conhecia o seu pai, se ele jamais contou sobre o Bartholomeu para ele? Na realidade nenhum membro do seu grupo sabia da história do seu pai. Nicolas fazia questão de não lembrar dele, pois todo o seu sofrimento começou com o seu pai psicótico fazendo de tudo para que o seu filho não virasse gay. Nicolas se virou, e voltou a encarar o Gael, e percebeu que no cilindro continha um cronômetro. E estava indicando 2 minutos e 20 segundos. Era o sistema informando a futura liberação do gás venenoso para os tubos que se prendiam na máscara do Gael.

— Como você sabe do meu pai?

Pablo começou a rir ainda segurando o machado se aproximando do Nicolas para atacá-lo.

— Você não é tão burro assim, senhor Nicolas. Eu não fui convocado atoa. Eu não tive iniciação atoa.

Nicolas sempre se questionou do porquê as instruções não permitiam a iniciação do palhaço como se o Pablo já estivesse feito antes do Nicolas saber. Pablo entrou para o Éden sem fazer absolutamente nada. Enquanto Erick e o Boltér tiveram as suas iniciações normalmente. Nicolas sempre achou isso muito estranho, mas na época ele não questionava as instruções.

— Você não foi iniciado porque as instruções eram claras. A nossa missão era resgatar você e te manter no grupo.

— Resgatar? — Pablo ria ironicamente. — Nicolas, por favor, as instruções só lhe indicou onde eu estava e você e a sua ralé me mostraram o caminho pra retornar pra casa.

Pablo tentou golpear o machado em Nicolas que se esquivou novamente virando o seu corpo de lado. Nicolas pegou pelo braço do Pablo e o empurrou em sua direção dando um soco em seu rosto fazendo ele cambalear para trás. Agora Pablo estava sem o machado e só tinha as suas mãos para se proteger.

— Aquele maldito Bartholomeu. Foi ele que criou tudo isso. — Pablo limpava com as mãos a boca sangrando. — Ele me ameaçou de morte se eu não fizesse o que o instrutor mandasse. É claro, eles eram uma espécie de amigos.

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