Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1

CAPÍTULO 13 - KATE

Já se passou um mês que anunciamos nosso noivado. Aparentemente as pessoas estão felizes por nós, e parece que estamos conseguindo convencer a todos. Minha mãe está nas nuvens com a notícia que sua única filha irá se casar. Os pais de Iam, apesar das desconfianças, sempre falam com bastante expectativa sobre o grande dia quando estou por perto. Ella, diz cada vez que nos encontramos que não ganhou uma cunhada, e sim uma irmã. Me emociono com cada demonstração de carinho que recebo dos Carter.

Nesse mês, Iam caiu de vez nas graças do conselho após conseguir um contrato milionário para a construção de uma famosa rede de hotéis a se instalar em algumas das maiores cidades dos Estados Unidos. Os caras do conselho dizem que o sucesso de Iam nas negociações já é um reflexo de nosso futuro casamento, que por sinal, está próximo. Certamente esse contrato, elevará a construtora a padrões jamais visto, e Iam não cabe em si de tão feliz por sua conquista. E eu, é claro, estou radiante com o seu triunfo, sempre vou ficar feliz com a felicidade dele.

Minha mãe segue com seu tratamento. Já agendamos sua cirurgia, que por mim seria para ontem, mas ela não aceita nem que eu toque nesse assunto antes do meu casamento. Por decisão dela, irá ser operada algumas semanas após eu me casar, mas não abri mão de conversar com Lucas sobre isso. Ele ficou surpreso quando soube que eu iria me casar, mas me garantiu que adiar por mais duas ou três semanas a cirurgia da minha mão, não traria problemas. Já fui até o banco e como as notícias correm por essa cidade, antes mesmo de eu cumprimentar o gerente de contas, o mesmo estava me parabenizando pelo noivado com Iam. Fui tratada como se fosse a rainha da cocada preta, e meu crédito já foi pré-aprovado instantaneamente. Isso que ainda nem sou uma Carter, talvez quando me casar, eles até me deem o dinheiro ao invés de emprestar pelo modo que me tratam. Ok, isso foi uma brincadeira, ninguém dá dinheiro por ai, eu sei. Trocando por miúdos, estou confiante, conseguirei o empréstimo para pagar a cirurgia de minha mãe, ela está reagindo muito bem ao seu tratamento e logo estará curada.

Resumidamente o mês de agosto foi bastante tranquilo até, tirando um fato que devo confessar, está me tirando o sono. Os momentos em que Iam e eu precisamos demonstrar intimidade. Sei que já era para estar acostumada as trocas de carinho, os abraços e... bem, ... os beijos. Me sinto totalmente desconfortável com isso por um único motivo. Parece que a cada beijo que Iam me dá, eles ficam melhores.

Sempre tive Iam ao meu lado como um melhor amigo, até mesmo como um irmão, mas porra! Nunca consegui imaginar o que era a boca desse homem. Tem vezes que ele me beija, e fico imaginando o que mais aquela boca poderia fazer comigo. Esses pensamentos me deixam até vermelha, mesmo quando estou sozinha em meus devaneios, mas acreditem em mim, é praticamente inevitável.

Olhem aqui! Parem de ficar me vendo como uma santinha, que sei muito bem que Iam fica dizendo que sou, porque definitivamente, essa não sou eu. Eu sou mulher, e é claro que tenho minhas necessidades. Embora tenha certeza que Iam imagina que até virgem eu seja, fico imaginando a sua cara atônita se descobrisse que a um bom tempo não sou mais uma moça pura e virginal, como ele insiste de pensar. Nunca tive um namorado por assim dizer, aqueles que levamos em casa e apresentamos para os pais, no meu caso minha mãe. Mas já tive meus "rolos". Fala sério gente, tenho 23 anos de idade, o que vocês esperavam, uma freira??

Mauro era um dos caras mais gatos da faculdade, fiquei fiçurada por ele assim que o vi no meu primeiro dia de aulas quando entrei na faculdade. Ele estava a uns dois semestres a minha frente, e certo dia simplesmente sentou ao meu lado na cantina e me chamou para ir a uma festa que teria da galera da faculdade. Na tal festa começamos a ficar, e um mês depois, estava perdendo a minha virgindade com ele. Não foi algo romantizado como lemos nos livros, nem nada do tipo, na verdade, passei longe uns anos luz de goza como as pessoas querem que acreditemos quando contam sobre a sua fodástica primeira noite de amor nos livros. Para ser sincera, foi até bem desconfortável e dolorosa, isso que Mauro foi bastante carinhoso, mas parem para pensar, era como se o estado do Texas, que para quem ainda não sabe, é o maior estado do nosso país, quisesse entrar dentro de Massachusetts, que é o menor estado, se é que me entendem né gente, impossível não sentir uma puta dor do caralho. Até que depois da terceira, quarta vez eu fui pegando o jeito da coisa e começou a ser bom. Mais ou menos uns três meses depois, Mauro ganhou a tão sonhada bolsa para um intercâmbio que ele estava pleiteando e nosso lance termino. Depois dele, ainda conheci mais dois caras, mas nada importante, nada muito durável.