Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1

CAPÍTULO 27 - KATE

Eu já entendi tudo, Iam está chateado com a minha decisão de não rolar sexo entre nós quando voltássemos para casa. Mas porra, me deixar a ponto de gozar e sair como se não fosse nada, foi um golpe baixo. Assim que Iam saiu da cozinha me dando boa noite, lamentei o fato de não ter uma arma, ou qualquer coisa capaz de retalhar todo aquele rostinho bonito dela, e o corpo também, e o cassete também. Que saco, quanta mentira, apenas queria uma arma para coagi-lo a se enterrar dentro de mim, daquele jeito que eu gosto.

Vocês estão pensando: "Ai sua burra, vai pro quarto dele e monta no garanhão." Só que as coisas não são tão fáceis assim. Além dos motivos já citados que vocês já estão carecas de saber, tem mais uma coisinha que ainda não sabem. Eu sou a rainha do orgulho, e jamais iria atrás de Iam implorando que ele me coma, jamais entenderam? Prefiro ficar aqui, morrendo de tesão que fazer uma coisa dessas. E ele sabe muito bem disso. Por isso essa reação da parte dele em me deixar na mão, para me punir.

Acabo indo para o meu quarto, bufando de tanta raiva. Juro para vocês que Iam me paga por isso. Me deito na cama me recusando a me saciar pensando nele. Viro para um lado e para outro sem conseguir dormir, já é dia claro quando finalmente o sono me pega.

Acordo em um sobressalto olhando para os lados na tentativa de reconhecer onde estou, então um lampejo de realidade me toma e a ficha cai. Estou no quarto de hóspedes do apartamento de Iam, e ontem, ele me deixou louca só para em seguida me deixar na mão. Deito novamente na cama e quero gritar, mas me forço a levantar e tomar um banho.

Ouço barulhos vindo do andar de baixo e logo trato de descer as escadas, assim que chego na sala, noto que o barulho vem da cozinha. Me dirijo até lá, mas meu coração quase salta pela boca quando o meu cérebro registra a cena a minha frente.

Iam está fazendo alguma coisa no fogão. "Ok, e daí, grande coisa, o cara sabe cozinhar ué." É o que estão pensando, mas sabem aquela história, apressado come cru? Então, como eu ia dizendo. Iam fazendo alguma coisa no fogão. Usando apenas uma toalha enrolada em sua cintura. Se eu estou de boca aberta? Pode apostar. Se minha boca está salivando, apostem um pouco mais porque vocês ganharam, na certa. Assim que ele nota a minha presença, se vira para mim esfregando na minha cara todo aquele peitoral esculpido por um Deus muito sacana e mostra aquele sorrisinho filho da puta.

- Com fome? – Fico um tempo sem reação, só minha mente que responde secretamente altas sacanagens. "ah meu bem, muita fome desse tanquinho dos deuses." "Nossa, tudo isso me alimentaria por um ano." Ao notar que não respondi, ele levanta uma das sobrancelhas. – Estou falando do café da manhã.

- Aah... claro. – Digo tentando sair do meu transe.

- Bem, temos panquecas, bacon, ovos e frutas. – ele diz ao se virar novamente para o fogão. – O que deseja senhora Carter? –" Aaah meu bem, desejar mesmo, desejo muitas coisas." Engulo em seco e me sento na bancada.

- Ovos e bacon está ótimo para mim. – Digo e fico ali apenas observando a cena. Devo dizer que com toda a certeza do mundo, essa cena ficara guardada no meu livrinho das dez cenas mais lindas da minha vida. – ann, Iam, você quer que eu ajude em alguma coisa enquanto você coloca uma roupa? – Pergunto rezando com todas as minhas forças para que tudo isso seja apenas a coincidência de que ele saio do banho, desceu para fazer o café e eu apareci. Só isso, pena que duvido muito.

- Oh, não se preocupe, estou bem à vontade aqui. – ele diz inabalável.

- Ok, você quer ficar só de toalha zanzando pela casa. – Digo sem querer acreditar nesse castigo.