CAPÍTULO 7 - KATE

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Será que ainda estou dormindo e não percebi? Esse dia está muito estranho. Tenho impressão que um Iam totalmente insano acaba de entrar pela porta da minha sala e me pediu para casar com ele. Mas é claro, isso só pode ser um sonho bem estranho. Na vida real isso nunca iria acontecer. Acho que eu entendi errado. Ele deve ter dito "Kate, você caça comigo? " Ok, isso também seria estranho, não apenas pelo convite, mas também porque Iam não caça nada, bem, nada além de periguetes por aí né. Então para terminar com a dúvida ou talvez acordar desse sonho meio esquisito pergunto. – Desculpa Iam, mas não entendi, o que você quer?

- Quero que você se case comigo. – E ele repetiu isso. Com certeza não vamos caçar. Nem estou sonhando, porque acabei de beliscar a parte de dentro do meu braço para ter certeza que não era a segunda opção.

- Iam, você andou se drogando? – É a única coisa que vem em minha mente deparada com o que ele acaba de me pedir.

- Não! Não uso essas coisas, você sabe. Estou totalmente lúcido e preciso que você case comigo. – Ele diz, e sinto um pouco de desespero em sua voz.

- Ok, não estou entendendo absolutamente nada. Você chega aqui igual a um furacão e me pede para que me case como se estive me pedindo uma caneta emprestada. Está entendendo a loucura dessa situação toda. – Ele para e pensa no que acabo de dizer. Então senta na poltrona a frente da minha mesa e começa a me contar sobre desde o flagra que seu pai deu nele e na biscate da secretária (que vontade fiquei de dizer "Eu te avisei", mas me contive, e vocês também, não digam nada, contenham-se), também contou sobre conselho, a reunião, a tal nova regra de que o presidente seja casado, as provocações do filho da puta de Thomas e tudo mais.

- Escuta Kate, estou desesperado, você entende minha posição. Estou a ponto de perder tudo o que tenho. Não consigo conversar com meu pai, além aquele filho da puta, que fica no meu encalce me provocando, me induzindo ao erro a todo o tempo, não aguento mais. Só você pode me salvar. Você é a única pessoa que confiaria para pedir uma coisa dessas.

- Iam... – Ele pede que eu espere que ele termine de falar, então me calo.

- Kate, entenda, não vamos realmente nos casar. Vamos fingir, como se fosse um teatro, a diferença é que teremos que morar por um ano na mesma casa, e parecermos um casal, não só amigos. Você é perfeita. Não posso perder tudo o que tenho Kate, não posso. – Meu Deus, me parte o coração ver Iam nessa situação. Embora ele esteja colhendo consequências do que plantou, sei que ele precisa de ajuda, e confia em mim para procurar essa ajuda. Mas por outro lado, é muita loucura o que ele está me propondo. Ele quer que eu engane a família dele, a minha mãe, que são as pessoas que mais amo nesse mundo. Quer que engane o conselho, não consigo nem imaginar os problemas que isso nos traria caso alguém descobrisse essa farsa. Ele fica me observando, esperando que eu falei algo.

- Iam, você sabe que eu te adoro, faço qualquer coisa por você, nunca disse não para qualquer coisa que tenha me proposto. Mas isso que está me pedindo é demais. Você entende que está me pedindo para mentir para a tua família, para minha mãe, jamais conseguiria fazer isso. Os amo demais para enganá-los.

- Kate, estou desesperado. Você é a única pessoa...

- Iam, isso é loucura, pelo amor de Deus, se escute falando. – Corto o que ele tenta me dizer.

- Porra, se nem com você posso contar, já perdi tudo mesmo. – Ele começa a gritar nitidamente nervoso. – Achei que éramos amigos, mas pelo visto não somos porra nenhuma. Só quero que saiba que se fosse você em meu lugar, não pensaria duas vezes e aceitaria.

- Iam, me escute...

- Porra nenhuma. Você é igual eles. Igualzinha. Quer ajuda-los a me destruir.

Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora