POV. THOMAS

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- Ao que tudo indica, você não é capaz nem mesmo de seduzir um homem inconsciente, que bela aliada eu fui arrumar. – Digo enfurecido para a incompetente loira que agora está a minha frente andando de um lado para o outro com sua carta de demissão em mãos. – Porra, eles chegaram de mãos dadas hoje pela manhã. Ou seja, você não prestou para nada Vallary.

- Alto lá! – Ela grita. – Eu fiz tudo como o combinado, entreguei para a incompetente da sua amiga a ampola com a droga, como combinamos, a culpa não é minha que aquela imbecil tenha usado uma dosagem cavalar que apagou o Iam. – Ela diz enquanto me encara. – Mas de todo o modo, essa Katherine é muito trouxa mesmo. Ela me pegou na sala dele, sem roupa, ele estava abotoando a calça, como ela pode achar que não rolou nada? – Ela se questiona, como se falasse com ela própria e não comigo.

- Eu não sei caralho, só o que sei é que você falhou. Você deveria ter transado com o imbecil do Iam e gravado todo o ato. – Esbravejo.

- Que porra de vídeo eu iria gravar? Eu transando com um defunto? Porque era isso que Iam parecia na noite passada, um verdadeiro defunto. E agora, olhe que beleza, fui demitira porra. – Ela grita. – Mas não pense que vai ficar por isso mesmo, você vai ter que me ajudar.

Penso por alguns instantes em uma nova solução para os meus problemas. O plano era perfeito, drogar Iam, fazer com que ele venha para cá com a idiota da Vallary, os dois transando e ela gravando tudo. Ele certamente alegaria que estava sob efeito de alguma droga, o que é claro, melhoraria ainda mais meus argumentos. Era perfeito! Ainda por cima, eu contava com a ajuda da idiota da Katherine para ficar contra Iam, mas a imbecil acredita em tudo o que ele fala, e hoje pela manhã, chegaram juntinhos a empresa, como um lindo casalzinho de livros românticos.

Mas eu não aceito perder tudo assim, não mesmo. Preciso achar uma nova solução para tirar a presidência de Iam. E é então que uma luz surge na minha cabeça. É claro! Como não cogitei essa possibilidade antes!

- Vallary, minha querida, acho que tem um modo de fazermos que você fique rica do jeito que sempre quis e eu é claro, com a presidência que me pertence por direito.

- E o que é que vamos fazer agora, que ainda não fizemos? – Ela pergunta esboçando total tédio.

- Vamos ter que te engravidar, minha querida. – Digo já me levantando e indo em direção a ela.

- Você bebeu o que? Porque eu engravidaria? – Não suporto esses ataques de burrice dessa mulher.

- Sua idiota, você passou a noite com Iam, e na teoria ele não lembra de nada, e ninguém esteve naquela sala para saber o que aconteceu. Então você pode perfeitamente ter engravidado do Iam. – ela fica séria ao me encarar.

- Você esqueceu que além de não ter acontecido nada porque Iam estava praticamente morto, existe uma coisinha chamada DNA hoje em dia, que comprovaria facilmente que ele não seria o pai de um provável filho meu. – ela diz já sacando que não necessariamente ela precisaria do esperma do meu querido priminho.

- Quanto ao DNA, deixe pro minha conta, eu vou providenciar, mas agora... – Digo ao chegar perto um pouco mais. – Precisamos dar um jeito de colocar um filho na sua barriga. – Falo enquanto coloco uma mecha de seu cabelo para trás da sua orelha. Mas logo vejo ela dando dois passos para trás.

- Nem fodendo que eu vou ter o desprazer de ter um filho seu. – Ela diz me olhando com desprezo. Que ridícula. – Vou dar meu jeito, se é de um filho que preciso para ficar bem de vida, e você me garante que esse DNA seja favorável a mim, terei um filho então. – Ela diz e sem se despedir, sai da minha sala rumo ao elevador.

Preciso apostar todas as minhas fichas nesse novo plano, é a minha última chance de me apoderar dessa construtora. Mas caso isso não aconteça, já tenho alinhavado em um golpe que arruinará com essa merda de empresa. Vou acabar com a credibilidade da construtora, leva-la a falência, e ainda por cima, ficar podre de rico.

Mas antes disso, preciso me certificar de todos os modos possíveis, que tudo dará certo, a começar pela idiota da Vallary. Ontem mesmo o detetive que contratei, me trouxe uma pasta referente a tudo que seja possível de se saber sobre Vallary. Não posso ser pego de surpresa, por isso, gosto de ter todos argumentos ao meu lado. Parece que a vadia mantêm um namoro a algum tempo com um cara, já tentou dar o golpe em alguns outros, mas nada de grande relevância sobre sua vida. Dou uma olhada novamente na foto do sujeito, deve ser ele o pai do filho da vadia. Eu poderia muito bem engravidá-la, confesso que imagino que fosse até bem gostoso, mas foda-se, melhor assim, quanto menos vínculos, melhor.

Agora é só dar tempo ao tempo, e esperar a nova visitinha de Vallary a construtora, mas dessa vez, para informar sobre a chegada do mais novo herdeiro Carter ao mundo.


Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora