Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1

CAPÍTULO 28 - IAM

Fazem duas semanas que Kate finalmente conseguiu perceber que não há a possibilidade de morarmos sob o mesmo teto e não nos tocarmos. Também, fazem duas semanas que estou tentando decifrar o que acontece comigo quando estou junto dela. Que poder super secreto Kate tem, que consegue atear fogo no meu juízo com um simples olhar.

As duas últimas semanas, foram as melhores da minha vida, sem dúvidas. Nós dois juntos somos puro fogo e nos entendemos como ninguém. Na segunda-feira pós o final de semana que voltamos da viagem ao Caribe, voltamos ao trabalho na construtora, e quando estamos trabalhando, praticamente, são as únicas horas do dia em que não estou enterrado nela. Eu sei que vocês estão aí pensando " Meu Deus que mentira" ou "Que cara convencido", mas se duvidam, perguntem para Kate, ela não tem tido do que reclamar, eu garanto.

Como eu ia dizendo, desde que voltamos, nossa vida tem sido um verdadeiro mar de rosas. Fico pensando se casamento é bom parecido com o que Kate e eu temos, não entendo do que o pessoal tanto reclama. Trabalhar o dia inteiro, e quando voltar para casa, ter uma gostosa para comer durante a noite toda, e ainda por cima, ter as melhores conversas, os melhores conselhos sobre as questões do trabalho e a melhor companhia? Não sei onde está a parte ruim.

Na semana passada, Kate finalmente apresentou seu projeto de final de curso, e como eu já previa, recebeu elogios de todos e acabou por se formar com louvor. Ela optou em não ter uma festa de formatura, como ela teria direito, disse que tinha motivos para isso. Não entendi o que ela quis dizer com isso, mas respeitei sua decisão, ao menos essa né. Porém, não abri mão de reunir toda a nossa família e os amigos mais próximos para comemorarmos mais essa vitória da minha amiga.

Apesar de tudo de bom que tem acontecido desde nossa volta, sinto que algo está errado. Kate tem andado estranha, sempre com um semblante preocupado e às vezes até mesmo dispersa. Logo após a formatura, anunciei que Kate seria uma das responsáveis pelas obras da unidade de Nova York da rede de hotéis que fechou contrato conosco. Sua felicidade foi eminente, mas percebi que seu sorriso não chegava aos olhos. Por várias vezes a confrontei e disse com todas as letras que sabia que algo estava acontecendo, mas ela negava sem exitar, dizendo que era coisas da minha cabeça. Preciso descobrir o que está acontecendo com ela.

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Estou em minha sala, imerso em trabalho, quando alguém bate na porta. Sem levantar a cabeça, digo para entrar. Não preciso olhar para saber de quem se trata, seu perfume inconfundível toma conta da sala inteira, denunciando sua presença.

- Muito trabalho? - Pergunta Kate assim que entra pela porta e se dirige até minha cadeira. Ela senta no meu colo e me beija.

- Humm, que saudade desse beijo gostoso. - Digo abraçando sua cintura com um dos braços, enquanto minha outra mão, vai até sua nuca. Aprofundo um pouco mais nosso beijo e estou pronto para jogá-la sobre a mesa e tirar toda aquela roupa dela.

- Nem pensar, sabe as regras. - Ela diz me fazendo bufar em sinal de reprovação. Na segunda-feira que voltamos a trabalhar, Kate veio até minha sala, e eu como o perfeito viciado que eu virei, tentei transar com ela assim que Kate passou pela porta. Mas ela foi incisiva quando apenas me notificou que nossas fodas estariam totalmente reservadas a nossa casa. O que me deixou bastante irritado, já que uma das minhas novas fantasias passou a ser comer Kate por todo o escritório. Fala sério, não me julguem, é excitante pra caralho, acreditem.

- Você nem sabe sobre o que estou pensando. - Digo ao beijar o vale entre seus deliciosos seios.

- Se eu não sei sobre o que está pensando, não sei quem poderia então. - Ela diz aos risos. Continuamos conversando e nos beijando quando de repente, Valary entra em minha sala sem nem se quer bater.