CAPÍTULO 21 - IAM

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O Caribe é lindo de mais, um dos lugares mais lindos que já conheci na vida. Isso que já viajei por vários lugares nesse mundo a fora, mas o Caribe, definitivamente estará para sempre entre meus lugares preferidos, sobre tudo quando cada paisagem que meus olhos enxergavam, serviam apenas de pano de fundo para o elemento mais bonito que Deus colocou na terra. Kate apenas de biquíni.

Kate é minha amiga, mas que Deus me perdoe, mas não sou cego. Sempre a achei uma menina linda, mas porra, desde a sexta-feira a palavra gostosa não sai da minha cabeça quando penso nela. Mas agora, estamos aqui a quase duas semanas, e o visual certo desses dias foram biquininhos extremamente pequenos, e eu tenho estado fodido todos esses dias.

Logo que chegamos aqui, me surpreendi ao pegar Kate literalmente me secando com os olhos assim que saia do banho, tentei descontrair a situação insinuando que ela estaria me avaliando, mas imaginei que ela me daria uma de suas respostinhas espertas, o que não ocorreu, me levando a constatar que de fato, ela gostava do que via. Decidi que estava na hora de esclarecermos os acontecidos de sexta-feira, mas antes que ela ficasse constrangida, tratei de puxar toda a responsabilidade sobre o que aconteceu para mim. Kate só está nessa situação por minha culpa, nada mais justo eu ser culpado por nosso engalfinhamento também. Selamos a paz novamente e decidimos aproveitar ao máximo nossa viajem.

E tudo ia muito bem, até o maldito sarau, onde eu como o filho da puta que sou, não consegui resistir a proximidade dela. O perfume suave, a pele quente devido ao dia de sol, absolutamente tudo nela era convidativo. Eu tive que ir levando essa situação por todos esses dias, desejando deitar naquela cama ao lado dela todas essas noites, tocá-la como eu venho sonhando todas essas noites e não poder fazer nada disso.

Quando começou a tocar essas músicas latinas do caralho, parece que acende algum tipo de fogueira dentro das minhas veias, e combinado com a proximidade de Kate, sinto que meu sangue pega fogo. Havia tomado alguns shots de tequila, mas nada que me deixasse bêbado, muito ao contrário, estava anos luz longe de estar bêbado, mas Kate entendeu minhas investidas como mais um deslize motivado pela bebida, e simplesmente me empurrou para longe. Fiquei puto pra caralho, o que estava prestes a fazer, não tinha nada a ver com a tequila, fazia porque queria, mas no momento, preferi não falar nada, talvez ela estivesse certa, não deveríamos mesmo nos deixar levar por esse desejo absurdo que sinto por ela.

Tive uma noite de merda, voltei a sonhar com a noite de sexta-feira, só que nos meus sonhos, minha querida irmã não se fez presente com uma maldita estraga foda. E fazia com Kate tudo aquilo que tinha vontade. Mas já estava conformado que tudo isso, ficaria restrito apenas ao sortudo do meu subconscientes.

Acordamos cedo, pois Kate queria muito visitar um vilarejo vizinho ao resort. Já tentamos ir até lá outro dia, mas nos informaram que a estrada estava ruim, devido algumas chuvas que atingiram a região dias antes. O guia fez uma propagando enorme sobre o lugar, e Kate, como a excelente arquiteta que é, não hesitou em incluir o vilarejo ao nosso itinerário.

Assim que descemos para tomar nosso café da manhã, decido engolir o máximo que consigo do meu mau humor, Kate não tem culpa sobre minhas frustrações. Ou melhor, até tem, mas é algo involuntário. Nos sentamos em uma das mesas do salão e logo avistamos dona Ermena se aproximando da mesa.

- Bom dia meus queridos, como passaram a noite? – Ela pergunta muito solícita.

- Muito bem, obrigado por perguntar – Diz Kate, retribuindo a gentileza da senhora.

- Notei que vocês foram embora cedo da festa, algo desagradou vocês meus queridos? – Noto preocupação na pergunta de dona Ermena.

- De maneira alguma, Ermena. Apenas.. decidimos não nos demorar, pois, queríamos acordar cedo hoje para visitar o vilarejo que o guia de vocês nos indicou. – Responde Kate.

Um Casamento Quase de Mentira - Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora