TREZE

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Pela primeira vez, em toda minha vida, eu tinha os lábios de outra pessoa sob os meus.

E tinha sido eu que havia tomado a iniciativa.

Uma onda de nervosismo percorreu minha espinha e me fez congelar, deixar minha boca imóvel e abrir os olhos, encontrando um Guilherme perplexo. Será que ele não tinha gostado?

Eu já estava prestes a me afastar quando, de uma maneira deliciosa, ele enroscou os dedos no meu cabelo, me olhando. Os olhos amarelados, um pequeno sorrisinho de canto se formando, o perfume... Ele era pura apelação.

- Tenha calma... - beijou minha bochecha e deslizou os lábios sob os meus, me fazendo ter o impulso de querer puxá-lo para mim, no entanto, Guilherme beijou a outra bochecha demoradamente, depois o queixo, para, no fim, estacionar na minha boca. Ele sorriu. - Só me siga, meu doce...

Novamente, nossas bocas se encontraram, dessa vez, entreabri os meus, um pouco receosa, e, com ternura, ele ergueu meu queixo, ditando um ritmo vagaroso, porém intenso. A mão escorregou, contornando minha cintura.

Meu nervosismo foi dissipando e aos poucos, comecei a tentar seguir ele.

Inclinei minha cabeça, brincando calmamente com a língua do Guilherme, enquanto minhas mãos apertavam a parte interna da sua coxa. Recebi um óbvio gemido de aprovação. Essa era a vantagem de saber onde são as possíveis zonas erógenas masculinas.

O beijo era mais íntimo que qualquer coisa que eu já tenha visto ou pesquisado. E não era só pela troca infinita de saliva e todo DNA em jogo, mas sim, pela particularidade de acompanhar a outra pessoa. Não ultrapassá-la, não tentar ser mais "perito" nessa arte.

É o cuidado de saber se encaixar e deixar o momento lhe levar.

Parecendo ler minha mente, ele desgrudou nossos lábios, tomando fôlego e me encarando.

- Apenas se entregue. - não tive tempo de falar mais nada, fui tomada outra vez, porém desta, era estupidamente mais arrebatadora. Guilherme devorava meus lábios como se eles fossem a coisa mais deliciosa que já tivera provado em toda sua vida. E eu não fiquei atrás, retribui todo seu tesão, agarrando em seu ombro e puxando os fios negros.

Meu corpo pendeu para trás, descansando sob o lençol Egípcio. Automaticamente, minhas pernas arrodearam o quadril dele e, continuei imersa em seus toques que exploravam toda lateral do meu corpo. Guilherme apertou firmemente minha coxa, grunhindo contra meus lábios.

Os beijos desceram para o meu pescoço e eu arfei baixinho, era um dos meus pontos fracos. E querendo mostrar que também sei brincar, enfiei minha mão embaixo da camisa pool, deslizando minhas unhas naquele abdômen maravilhoso.

Surpreso, ele contraiu, sorrindo e respondendo com uma boa mordida que vai deixar marca. Eu ri do breve ato de possessividade e puxei aquele bendito tecido que me impedia de ver os bícpes dele por completo.

Guilherme ajudou, jogando-a em algum canto do meu quarto - até suspeito que pode ter sido na cabeça do Nick - para me abraçar com vontade. Aproveitei o momento para beijar o pescoço dele e apenas escorregar os dentes sob a pele sensível, contendo a vontade de fincar os dentes. E tentando não ficar entorpecida com aquele perfume.

Ele abraçou-me com mais vigor e senti sua "animação". Como quem não quer nada, deslizei os dedos até o botão e zíper da bermuda, que não demorou muito para tomar o mesmo rumo da camisa. Ficando apenas com uma boxer preta.

O Sabor Dos Seus Lábios - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora