Eu havia deixado o Fragoso dormindo, até porquê, enquanto eu descansei durante dois dias, ele estava lá, me esperando acordar e terrivelmente preocupado. Ele não queria ir dormir, dizendo que teria sonhos com uma garotinha com meus olhos e cheia de namorados.
Mas no fim, o cansaço venceu.
— Você sabe que eu não sou nada sua! — ouvi Eva rosnar no corredor perto do almoxarifado. — Sabe muito bem o que eu quero de você, então... Saia da minha maldita sala e me deixe em paz! — murmurou, rindo de forma exagerada. — Antes de viajar eu fui me despedir e o que eu encontro? Aquela vadia ruiva no seu colo e você muito animado! Então, vá se foder, Rafael! Se eu confiei em você, isso foi em um passado bem distante. Foi um erro aceitar esse emprego. — a escutei soltar o ar com toda força e o barulho de algo sendo arremessado me fez pensar se eu não deveria dar outro celular á ela.
— Eva? — chamei, dando de cara com a minha xerox com nariz vermelho e o rosto molhado. Ainda sem permissão, apenas entrei no lugar, fechando a porta em seguida. — Você está bem?
Ela balançou a cabeça.
— Só estou arrependida de ter me deixado levar por um sentimento besta e não esquecido de ser pragmática em relação àquele homem. — suspirou, passando a mão no rosto, me lançando um olhar antes. — Você tem algum maluquice esquisita? — perguntou, mudando de assunto do nada.
Eu dei de ombros, tentando não contrariá-la.
— Eu... — tentei pensar em algo. — Eu sou bem maluca, na verdade. Converso com meu cachorro, passei anos estudando sobre sexo sem nem ter feito, tenho uns surtos de carência... — apontei. — Os meus pais adotivos eram super protetores e eu ambiciosa, o que resultou em mim, perdendo a virgindade e dando meu primeiro beijo com vinte e sete anos. — ergui a sobrancelha.
Eva assoviou, rindo alto.
Pelo menos eu a fiz rir.
— Quer dizer que minha irmã era pura?
Foi minha vez de rir.
— Fisicamente, já mentalmente... — rimos.
— Eu perguntei... — respirou fundo, como se tomasse coragem. — Porque tenho umas crises de pânico, como se tivesse presenciado algo pesado... — se sentou em uma maca que estava jogada no canto da sala. — Foi assim que conheci o Rafael.— parei um pouco pra relacionar os nomes e e ouvi rir. — Sim, é o irmão do Samuel. Não me pergunte como as coisas entre nós sempre acabam entre família.
— É por isso que está na Luxus?
Ela suspirou, negando.
— Não, mas a verdade é uma longa e perigosa história, você acabou de sair de um sequestro, não vou te meter nisso. Eu fui treinada pelo Keller antes da Emma. — falou. — Sei me cuidar. — piscou.
Suspirei, olhando-a com tédio, não era nenhuma burra, sabia bem o que aquilo queria dizer.
— Você está investigando o sumiço do seu pai e irmão.
Eva me olhou.
— Nosso pai e nosso irmão. — era inegável a nossa semelhança, se não fosse alguns pequenos traços e os olhos claros da Eva, poderia dizer que éramos a mesma pessoa. — Também foi difícil para mim, mas Antony conseguiu me achar e a mãe da Emmy me criou no exterior, ficando bem longe da filha... Enfim, como trocaram seu sobrenome e te mandaram para cá, pensávamos que, infelizmente, tivesse sumido junto com eles.
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O Sabor Dos Seus Lábios - As Whiter's
AléatoireASSIM COMO MAR CALMO NUNCA FEZ BOM MARINHEIRO, SÃO OS INVESTIMENTOS DE RISCO QUE FAZEM OS EMPRESÁRIOS DE SUCESSO. O que uma mulher bem sucedida que venceu vários preconceitos por ser jovem e acima do peso, conseguindo chegar ao cargo de Supe...