DEZESSEIS

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OOOOOOOOOOOOI RAINHAS. 

Como você estão? Espero que estejam bem... Bem lindas, bem gostosas e bem maravilhosas! Vocês viram que eu troquei a capa? Gostaram ou preferem a outra? — apesar que eu achei a outra bem tendenciosa em relação ao nosso belo triângulo (se é que ele existe ainda) amoroso — Estou adorando ler o comentários de vocês, e pensando seriamente em fazer uma blusa com o nome dos "team's". 

Enfim, minhas belas rainhas... Espero que gostem do cap!

Beijinhos, Eve.



   E nada.

   Não tinham arrepios, muito menos o nervosismo como quando eu e o bendito Fragoso nos beijamos. Eram só lábios parados e praticamente engessados. E assim como eu percebi, Marcel também abriu os olhos, nos separando.

   — Bem, eu...

   Interrompi ele, colando nossos lábios novamente, mas dessa vez foi pior que a primeira. Com a testa enrugada, me afastei o suficiente para encarar aquelas órbitas verdes e mais confusas que a minha. 

   — É como se nós não...

   — Encaixássemos. —  completei, franzindo o cenho. 

   Como algo tão esperado e almejado pode ter saído tão ruim?

   — Me desculpe, se foi algo que eu fiz — pediu, de maneira envergonhada e com as bochechas vermelhas. 

   Eu sorri, meneando a cabeça.  

   — Só nos faltou química.

   — E então, o q...

   Suspirei, erguendo a mão e apontando para a porta.

   — Acho melhor você ir embora. Obrigada pela noite, por tudo e peço perdão por isso — rodo o dedo, me referindo ao fracasso de segundos atrás — Nos vemos depois, certo? — tentei sorrir, juro. Porém é óbvio que o sorriso saiu estupidamente amarelo. 

   Marcel assentiu, já rodando a maçaneta.

   — Até, Joyce... — me movi para levá-lo até o elevador, no entanto, ele remexeu a mão quase em desespero. — Não! Quer dizer... Não precisa! — e saiu em disparada, em um pressa tão absurda que acabou deixando a minha porta aberta. 

Caminhei para fechá-la, com a cabeça tão cheia de devaneios que não percebi a silhueta encostada no canto direito do meu corredor. 

   — Guilherme?! O que está fazendo aqui? — arregalei brevemente os olhos.

   Apesar do sorrisinho debochado, a cara dele não era muito boa.

   — Observando o meu doce beijar outras bocas, provar outros corp...

   Revirei os olhos.

   — Me poupe, Fragoso. — peguei o braço livre que ele estendeu para fazer drama e o puxei para dentro do meu apartamento. — Acho que a expectativa tem o poder de ferrar qualquer coisa — resmunguei.

   Ele pegou o Nick no colo e eu meneei a cabeça

  — Cadê os olhões azuis do papai? — num gesto quase indêntico ao meu costumeiro, ele afundou o nariz no pescoço do Nick, espirrando ao soltá-lo no chão. O nariz afilado estava vermelho.  

  — Você é muito teimoso, sabe que é alérgico e ainda insiste em ficar cheirando o Nick! E além do mais, você mima ele demais! — reclamei, enquanto ia na pequena farmácia do banheiro, procurar o antialérgico. 

O Sabor Dos Seus Lábios - As Whiter'sOnde histórias criam vida. Descubra agora