POV Lauren Jauregui
Quando eu era criança e estava morando com os meus avós, em menos de uma semana lá eu prometi à mim mesma que faria de tudo para agrada-los. Não queria dar trabalho para com as pessoas que me acolheram de bom grado, para não ficar naquele clima chato e se sentir um alguém que estava sufocando quem estivesse ao seu redor. Essa promessa não se restringiu apenas aos meus avós, se estendeu aos meus pais também, mesmo já estando mais velha quando os vi depois de anos, eu não queria correr o risco de ser chamada de aberração depois de tudo. Até hoje sei que não sou uma pessoa tão segura de si, e ultimamente apesar de eu estar com boas intenções sobre o que vem acontecendo ao meu redor, nada vem dando certo.
Depois do ocorrido no hospital onde soube da gravidez da Camila, riscos que nosso filho estava enfrentando, e sobre a latina não estar tão bem, eu tive que voltar para casa. Quando a Taylor me ligou para falar do nosso pai, eu fui vê-lo não só preocupada, mas nervosa comigo mesma. Graças a Deus ele não foi parar no hospital, e até conversamos sobre o que vinha acontecendo ultimamente, foi estranho mas eu sentia falta de deitar com a cabeça no colo dele e o ter afagando o meu cabelo. Eu decidi que pediria o teste de DNA para o meu filho com a Ariana, mas fui aconselhada pela Normani para não avisar ninguém, e sim levar a ruiva pra fazer alguns exames normais por conta da gravidez, e então já colocar o teste nesse meio.
Como assim a Normani? Bom, da casa do meu pai fui direto para o hospital veterinário e fiquei na sala do mesmo, deixando que o braço direito do meu velho continuasse no comando enquanto eu ainda tinha que ver algumas coisas. Então aproveitei para deixar claro que o Chris não entraria naquele hospital, e liguei para a Mani praticamente em um pedido de socorro. A minha melhor amiga não hesitou em ir me ver, e como sempre parecia ter algo para me contar, então depois que falei do ocorrido de hoje, em relação ao Christopher e a Clara, ela não se aguentou.
Flashback on
Tinha acabado de servir um café para a minha amiga e voltei a sentar na poltrona do meu pai, ficando de frente para a negra. Eu não me sentia confortável em sentar ali, mas o Mike sempre alegou que era nosso e eu deveria começar a me familiarizar.
– Então ela pediu um tempo e eu agradeço a Deus por não ter falado lá em casa que a mais nova está grávida. Ah agradeço também por não ter falado sobre esse tempo no nosso relacionamento, senão o Christopher com certeza teria jogado várias coisas na minha cara... -Murmurei estalando devagar os dedos das minhas mãos, logo ajeitando o rabo de cavalo alto, desviando o olhar para a Mani.
– Ainda bem mesmo que você não fez isso. Olha, eu não aguento mais... sei que você é lerda e a culpa disso não é sua. Mas não deixe a cobra da sua mãe e seu irmão dobrarem você! -Franzi o cenho em reação às palavras da mesma, a tendo me olhando como se se segurasse para não xingar de todos os nomes a dona Clara e o Chris.
– Como assim dobrar? -Perguntei realmente confusa com aquele tipo de fala, e logo bebi um pouco do café que eu também servi pra mim.
– Desde pequena a Clara sempre ficou colocando coisa na sua cabeça para que você fosse assim... fácil de ser enganada quando teria de agir com o coração. Você sempre quer o bem porque tem medo de dar errado e as pessoas te xingarem de aberração. -Fechei os olhos com força após ouvi-la, já negando rapidamente com a cabeça. Por que ela tinha que falar aquela palavra?
– Mani... -Eu iria reclamar mas a tive me interrompendo, dizendo que ela precisava falar mais algumas coisas.
– Eu não quero te contar tudo o que sei agora, mas nesse momento peço por favor para que você tome cuidado com o que fala dentro de casa. E que leve a Ariana amanhã mesmo para fazer os exames, isso tem que ser rápido Lo, e em segredo. -Normani depois de se inclinar pra frente, segurou devagar as minhas mãos e falou tudo devagar.
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A Filha do Meu Padrasto
Fanfiction!!! Contém personagem intersexo !!! se não gosta, não LEIA !!! Meu nome é Lauren Jauregui, e essa com certeza é uma história bem louca sobre a minha vida. Primeiro porque, a infância de alguém nunca deveria ser um período conturbado, e a adolescênc...