Alguns Anos Atrás
Complexo CRUEL
Quando seu mundo desaba, o que você faz? Você chora? Você luta? Você se rebela? Você enfraquece? O que você faz?
Quando Amanda realmente percebeu a imensidade daquela situação, ela ficou parada, estática. Foi como se tivessem lhe dado um tapa na cara, qual ela não esperava.
Teresa estava parada ao lado da irmã, dizendo aquelas palavras que Amanda mal acreditava ser verdade. Não podia ser.
-Amanda, você me ouviu? Venha comigo. Não vão mandar você para o labirinto com os garotos.- repetiu Teresa. Minho se recuperou mais rápido que Amanda, de choque sua expressão foi para uma raiva sem fim. E ele culpa Teresa. Ele culpava Thomas. Ele culpava a CRUEL.
-Ah, então agora tem mais essa?-disse ele, a raiva clara em sua voz. - Vocês, os privilegiados, a elite da cruel, não vão para o labirinto, e agora vem aqui tirar nossa amiga da gente? Ótimo, isso é sensacional!-diz Minho. No fundo, Amanda sabia que ele só estava com medo. E ela não queria deixar o amigo sozinho lá. Nem Alby, ou Newt, ou mesmo seu patético amigo Gally. Que de todos, era o que mais estava aterrorizado.
-Minho...-diz Teresa tentando por a mão no ombro do garoto. Ele se esquiva.
-Não me toque, Teresa!-ele diz, cuspindo as palavras na cara da amiga.
-Minho tem razão.- diz Alby. -Queríamos acreditar que vocês eram como nós, mas acho que estávamos enganados esse tempo todo.
-Teresa, você pode ajudar eles... Me ajudar. Ajude meus amigos, por favor.- Implora Amanda a irmã. Mas a garota a olha friamente
-Sinto muito, não há nada que eu posso fazer. Agora, vamos Amanda. Ou você vai por bem, ou vai por mal.
-Eu não vou a lugar nenhum!- diz Amanda, seu orgulho maior do que qualquer outra coisa. -Eu vou pro maldito labirinto de vocês junto com meus amigos! Por que, diferente de vocês dois, -diz a garota apontando para Thomas e Teresa. -eu sempre fui sincera com eles. E eu os considero de verdade. E agora, vocês estão os mandando para aquela droga de labirinto, como se fossemos todos ratos de laboratório!
-Eu vou te dar mais uma chance, Amanda.- disse Teresa, uma calma que irritava a garota.
-Não vou a lugar nenhum.- disse ela, batendo o pé e se pondo ao lado de Minho.
-Ótimo, então. -disse Teresa. Ela saiu ali de perto, e Thomas ficou parado, encarando os amigos, sem saber o que fazer.
-O gato comeu sua língua, Thomas? Você não precisa fazer as vontades de Teresa. Pode muito bem nos ajudar.- disse Amanda cruzando os braços.
-Eu sinto muito, mas eu não posso.- disse o garoto de uma forma um tanto estranha.
Teresa volta acompanhada de dois Guardas. Isso não vai prestar, pensou Amanda. Minho olha pra amiga, um certo desespero no olhar.
-Endoidou, Teresa?-diz Amanda ríspida.
-Pare de ser mal agradecida, Amanda! Foi difícil conseguir que abrissem uma exceção a você e a deixassem ir para o labirinto somente depois e não na fase inicial! Para de ser ingrata.- solta Teresa, fazendo a irmã arregalar os olhos. Como ela pode fazer isso? Não ter pensado nos amigos um segundo sequer?
-Não me lembro de ter pedido sua ajuda, Teresa.- fala Amanda.
-Não ligo. Peguem ela, ela não pertence mais a esta sala.- disse Teresa aos guardas.
Os dois se aproximaram de Amanda, e a garota recou para trás, até bater sobre a parede branca e gelada. Ela não tinha para onde fugir, e todos os olhares ali estavam voltados para ela.
Minho tinha medo em seu olhar, Alby, confusão. Mas foi o olhar de Newt que partiu a garota. Era completo horror, dor. E ela sabia que o garoto não queria que a levassem.
-Me solta!- disse ela assim que um dos guardas tocou em seu pulso. -Me solta ou eu vou... Eu vou...
-Vai o que, garota? -desafia o guarda. Ela olhou pra rosto dele, e depois olhou pra seu pulso como quem diz "vai me soltar ou vou ter que te provar?". Mas o guarda não a soltou.
Então, Amanda o mordeu com toda força que conseguiu. Um grito de dor ecoou pela sala, e o guarda enfim a soltou, cambaleando pra trás segurando seu braço.
A garota cospe no chão, o sangue do homem misturado com sua saliva. Minho da um sorriso, divertimento em seu olhar, como se dissesse "essa é minha garota!".
O outro guarda veio em direção dela, a arma posta em mãos, mas a garota foi mais rápida. Deslizou pelo chão passando pelo guarda, e se pondo de pé outra vez, o chutou com força no chão, sua arma caindo ao outro lado da sala.
-Já chega dessa palhaçada, Amanda!- berrou Teresa. -Pare agora, ou você vai descobrir o real significado de dor!
-Ah, vou, Teresa?- desafiou a irmã.
O guarda que a garota havia mordido agora vinha em sua direção, seus rosto vermelho de raiva. Ele empurra Amanda e a pressiona contra a parede, apertando cada vez mais a garota. Ela geme de dor, e em uma das brechas que o guarda abriu, Amanda o da um chute bem em seus, "países baixos", como diria o amigo. O guarda cai no chão, gemendo de dor. Amanda ri.
E então, uma dor percorre todo o corpo da garota. Uma dor que ela nunca havia sentido antes. Era como se tivessem cutucando seu cérebro com uma faca. Cada músculo de seu corpo doía. Cada pedaço do seu cérebro era como se fosse explodir. Ela cai no chão, sem conseguir se mexer.
No momento em que Newt e Minho começam a sair de seus lugares para ir ate a garota, mais guardas entram ali, os segurando. Minho chutava, batia, gritava, mas era em vão. Havia 4 guardas para segurar Newt, e seis seguravam Minho. Nada do que os dois fizessem ia adiantar.Quando finalmente a dor passa, Amanda não consegue se mexer, sua visão embaçada. Ela sente dois guardas a erguerem pelos braços, e começaram a arrastar a garota para fora da sala. Os outros garotos assistiam a cena toda como se fosse um filme de cinema. Ninguém tentou mais nada para impedir.
A última coisa que Amanda se lembra de ter visto antes de apagar completamente, foi do olhar desesperado e cheio de tristeza de Newt. E essa foi a última vez que ela viu o garoto que amava.
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The Girl Who Wanted More • Maze Runner
FanfictionQuando as chamas Solares devastaram a Terra, com isso veio um virus, o Fulgor. Capaz de tomar conta da mente das pessoas as tornando insanas e violentas, o Fulgor se espalha por todo o lugar. E com isso, surgiu a CRUEL, que fariam de tudo para acha...