Denver.
Amanda saiu da sala de Mary atordoada. Não era bem daquele jeito que ela esperava dar a notícia, e o silêncio que veio em seguida foi pior ainda.
Já estava um pouco longe, mas ainda podia ouvir Minho gritando para Gally sair do meio do caminho.
-Não força a barra, Minho! Ela precisa de um tempo.- pode ouvir o amigo dizer.
-Tempo? Ela não precisa de tempo, ela precisa de alguém nesse momento!- ouviu Minho dizer irritado.
Mas Amanda queria mais do que tudo se esconder e nunca mais dar as caras. Queria sumir. O jeito que Newt a olhava agora... A matava cada vez mais por dentro.
Ela entrou no quarto e fechou com força a porta atrás dela. Encostou suas costas na parede do quarto e chorou tudo o que estava preso durante os ultimos anos. Tudo a dor que ela não havia se permetido sentir, ali, naquele momento, ela deixou.
E depois que enfim parou de chorar, Amanda decidiu que apartir daquele momento lutaria por somente um ser humano que mal havia nascido. Que lutaria por seu filho e só por ele. Por que nada mais importava.
{...}
Amanda acordou ouvindo batidas na porta. Não queria sair; não queria converar com ninguém. Queria ficar enfiada ali, naquele quarto, sozinha.
Se arrastou para fora do quarto e abriu a porta. Não ficou surpresa ao ver Brenda e Jorge parados ali.
-Mas que cara de acabada, hermana.- disse Jorge fazendo uma careta. Brenda a olhou e cruzou os braços. Amanda sabia bem o por que os dois estavam ali, então não disse nada.
-Te encontramos em cinco minutos no carro. Não se atrase.- disse Brenda antes de se virar e sair junto de Jorge.
Depois de se trocar, Amanda saiu do quarto e procurou por Brenda e Jorge, fazendo de tudo para não acabar encontrando com Minho ou Newt.
Ela encontrou Brenda e Jorge a esperando no lugar de sempre. Estavam apoiados sobre o capo do carro, conversando baixinho. Quando Amanda se aproximou, eles a olharam.
-Entre no carro.- disse Jorge e a entregou uma arma. -Vamos dar uma volta.
-Dar uma volta? Sei bem que não é isso que vamos fazer.- diz Amanda com um fraco sorriso que os dois retribuiram.
-Se sabe o que vamos fazer, deveria entrar no carro. Não devia desperdiçar uma oportunidade dessas. - diz Brenda.
-Então vamos logo.- diz Amanda abrindo a porta de trás e deixando o corpo deslizar pra dentro.
-Vamos lá, muchacha. Hoje você vai esquecer de todos os problemas.
{...}
Brenda e Jorge não a perguntaram nada; Não perguntaram o que estava acontecendo e nem sobre a gravides, que Amanda sabia bem que eles estavam cientes sobre.
Simplesmente continuaram a andar de carro, Amanda com uma arma em sua mão, somente esperando chegarem até o lugar para ela poder descontar toda sua raiva com tiros.
Não demoraram muito para chegar na casa abandonada e desceram do carro. Amanda destrava a arma, olhando ao redor para ver se não tinha ninguem por ali. Estavam sozinhos. Completamente sozinhos, exceto, talvez, pelos Cranks presos no poço dentro da casa.
-Não vamos demorar muito aqui. - disse Brenda. -Vamos voltar antes que alguem note que saimos.
-Eu só preciso atirar em alguma coisa.- murmurou Amanda.
Dentro da casa, podiam ouvir o barulho irritante que saia da boca dos cranks. Amanda deu um suspiro e se aproximou da beirada que levava ao andar onde estava cheio de cranks, todos tentando em vão escalar as paredes. Era um buraco sem saida, varios cranks abaixo deles.
Brenda e Jorge não disseram nada, só observaram enquanto Amanda atirava nos cranks, tentando se distrair da realidade com o barulho de tiro que saia de sua arma. Quando ficou sem balas para gastar, se virou para os dois atras dela.
-Podem perguntar. - ela disse dando de ombros. -Todos já sabem, não é?
-Que você está gravida? - diz Jorge e recebe uma cotovelada de Brenda. -Quero dizer, sabe do que?
Brenda da um longo suspiro e da um olhar solidario a amiga.
-Meio que todos já sabem sim, Amanda. - diz Brenda e Amanda suspira.
-Otimo. - murmura Amanda. Ela abre a boca para tentar dizer algo, mais o forte barulho de porta batendo faz com todos se virem, com armas em mãos.
Era o homem rato. Jason estava ali, com mais cinco homens atras dele, todos armados até o ultimo fio de cabelo. O olhar de Jason se encontra com o de Amanda e ele da um sorriso malefico.
-Bem, olá. Prontos para fazerem o que eu mando?- diz Jason e Amanda aponta sua arma para ele.
-Eu nunca vou fazer nada pra você! - ela grita e aperta o gatilho. Mas nada acontece. Ela estava sem balas. -Merda!
-Parece que isso não funcionou, não é? - diz Jason e os guardas atacam Brenda e Jorge que lutam contra eles com todas as suas forças.
Amanda se aproxima de Jason e tenta soca-lo, mas ele consegue desviar de seu golpe, prendendo a mão da garota e tentando enfiar sua faca no coração de Amanda, mas ela consegue desviar no ultimo segundo. A lamina afiada passa raspando por seu braço, fazendo um pequeno corte.
Amanda soca Jason no estomago e o chuta para longe dela, cambaleando um pouco para tras e quase caindo dentro do buraco de cranks. Ela consegue recuperar equilibrio e se afasta da beirada, tentando inverter de posicao com Jason, mas ele foi mais rapido que ela; deu um soco no rosto da garota e a empurou. Amanda se desequilibrou, perdendo o chao e caindo buraco a dentro com um grito.
-AMANDA! - ouviu Brenda gritar. Ela ainda estava viva; não havia sido devorada pelos cranks. Por pura sorte da vida, havia conseguido se segurar a beirada do buraco, e agora estava ali, pendurada, sem forças para se erquer, ouvindo o som dos cranks abaixo dela sedentos por seu sangue.
Uma mão envolveu o braço de Amanda e a puxou pra cima com força antes que ela caisse de vez dentro do buraco e fosse morta pelos cranks. Quando ela enfim encontrou o chão, olhou pra cima e se deparou com o Homem Rato a olhando. Ele que havia a tirado de la.
-Sabe, eu preciso de você viva.- disse ele. Brenda e Jorge haviam sido imobilizados pelos guardas. Estavam perdidos. -Vamos levar a garota aqui. Esses dois vocês podem soltar depois que sairmos daqui. Quero que mandem meu recadinho a Thomas: ele nunca vai vencer essa guerra.
Então, Jason da uma forte pancada na cabeça de Amanda e ela apaga.
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The Girl Who Wanted More • Maze Runner
FanfictionQuando as chamas Solares devastaram a Terra, com isso veio um virus, o Fulgor. Capaz de tomar conta da mente das pessoas as tornando insanas e violentas, o Fulgor se espalha por todo o lugar. E com isso, surgiu a CRUEL, que fariam de tudo para acha...